sexta-feira, 10 de março de 2017

SÍMBOLOS NO TEMPLO DO REAA.

RESPOSTA EM FEV/2017 
Em 29/11/2016 o Respeitável Irmão Marco Nascimento, Loja José Caravér, 101, REAA, Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, Oriente de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, solicita o seguinte esclarecimento: 
SÍMBOLOS NO TEMPLO DO REAA.
Em conversa com meus Irmãos, nos deparamos com uma interrogação, "quantos Símbolos há em um Templo Maçônico do REEA?".
Será que algum livro há a descrição de todos e com as interpretações de cada um dadas pelo Autor?
Se o Irmão puder nos ajudar ficamos imensamente agradecidos.
Outro ponto que nos chama a atenção e que não encontramos uma boa definição são aquelas portas que ladeiam a entrada do Templo que são apenas figurativas. Se também o Irmão puder nos esclarecer onde poderemos encontrar na literatura maçônica.
CONSIDERAÇÕES.
Bem meu Irmão, é só contar os ditos conforme se apresentam de acordo com o Ritual em vigência na Obediência. Há que se observar nesse pormenor o que são as Joias Fixas, Móveis, Ornamentos e Paramentos da Loja de acordo com o Grau Simbólico bem como a decoração de Aprendiz, Companheiro e Mestre (aí existem particularidades simbólicas).
Não se pode esquecer o conjunto alegórico que se apresenta na decoração do Templo em geral (abóbada, Colunas Zodiacais, Colunas Solsticiais B e J, Pavimento, Estrela e Espada Flamejante, Painel, etc.).
Há também o instrumental de trabalho associado aos artífices da construção e aqueles próprios da liturgia do Rito, dentre outros.
Assim, acredito que o Irmão pode fazer essa verificação, pelo que eu recomento a obra Rito Escocês Antigo e Aceito - História, Doutrina e Prática do saudoso Irmão José Castellani. Esse livro, sem dúvida é o que há de melhor na literatura maçônica brasileira relacionada ao REAA\ e certamente irá auxiliar na sua questão (vide nele extensa bibliografia para pesquisa).
Quanto à interpretação desses símbolos, fugindo das ilações, que não são poucas por aí, oriento ao estudante que antes de acreditar nas "carochinhas", que primeiro procure estudar a doutrina do Rito, levando sempre em conta sua origem francesa e sua vertente deísta associada às Leis da Natureza. Recomendo que essa empreitada leve em conta a autenticidade de uma Instituição que tem aproximadamente oitocentos anos de história (ela não é milenar) e a organização do escocesismo simbólico a partir de 1804 na França - não confundir idade da Maçonaria como um todo com a idade de um rito que a compõe.
Enfim, para todos os símbolos e alegorias maçônicas existem interpretações verdadeiras e sem licenciosidade. Há símbolos que são específicos de um Rito e outros que são parte integrante de Maçonaria em geral.
Então, contar quantos símbolos depende da linha de conduta estudantil que será adotada. A questão é de autenticidade, sem ufanismo e miscelânea de procedimentos.
Se eu comento isso é devido à colcha de retalhos que fizeram do REAA\, sobretudo na Maçonaria tupiniquim - prefiro não comentar esse assunto, já que os nossos rituais deixam muito a desejar, isso além desses tais grupos de orientação ritualística que existem por aí aos montes na Internet aonde cada um, sem critério e sem uma grade acadêmica, vai dando a sua opinião como se esses pareceres fossem verdadeiras relíquias da sabedoria - ledos engano.
Ainda na sua questão no que diz respeito às portas que ladeiam a porta do Templo, como não possuo nenhuma foto, ou gravura a esse respeito, posso lhe afirmar que no REAA\ elas não existem - pelo menos como alegoria ou mesmo como símbolo. No espaço do Templo simbólico escocês somente existe uma porta que é centralizada e fica no extremo do Ocidente, servindo ela para o ingresso a partir do átrio e retirada do recinto em direção ao átrio. Ladeiam essa porta (que é única) apenas duas Colunas Vestibulares (vestíbulo) que devem ficar genuinamente no átrio. Assim, na liturgia e decoração do REAA\ essas duas portas mencionadas na sua questão não deveriam existir.
T.F.A.
PEDRO JUK    jukirm@hotmail.com

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