Em 28/03/2017 o Respeitável Irmão
Onivaldo Mioto, Loja Universitária de Cascavel, REAA, GOB-PR, Oriente de
Cascavel, Estado do Paraná, formula através do meu blog http://pedro-juk.blogspot.com.br a
seguinte questão:
FOGO VOTIVO
Faço o questionamento a respeito do
fogo e votivo, que horas apagar no encerramento da sessão. Pode ser na
sequência do apagar da luz do altar do Venerável?
CONSIDERAÇÕES.
Em hipótese alguma
existe esse tal de “fogo votivo” no REAA\. Não existe nele
nada relacionado ao adjetivo que mencione algo ofertado em cumprimento de voto
ou promessa quando as Luzes litúrgicas são acesas ou apagadas.
Penso que o Irmão
está se confundindo devido a uma luz auxiliar que pode estar acesa no caso das
Luzes litúrgicas ainda serem velas em lugar de lâmpadas elétricas. Assim, ela,
sem significado algum, serve apenas para auxiliar no acendimento das Luzes
litúrgicas e a sua presença é opcional.
Vale a pena
salientar que as Luzes litúrgicas são apenas aquelas que ficam dispostas e
acesas conforme o Grau de trabalho da Loja sobre o Altar ocupado pelo Venerável
Mestre e mesas dos Vigilantes.
Essa vela dita
“votiva”, que alguns ainda insistem em mencionar, como foi dito, é apenas uma
vela auxiliar que serve de suporte para acender as Luzes litúrgicas, se for o
caso – vide a página 23 dos Procedimentos Ritualísticos REAA, edição 2016 –
Aprendiz Maçom do GOB/PR, pois eu tive o cuidado de nele explicar muito bem o
que é e para que serve essa vela auxiliar.
Além disso, em
hipótese alguma é prevista a “chama ou fogo votivo” nos rituais de Aprendiz,
Companheiro e Mestre do REAA em vigência do Grande Oriente do Brasil.
Assim, como
explicado nos Procedimentos Ritualísticos, essa vela acesa só seve para acender
outras, evitando assim que o oficial responsável, a bem da boa geometria
litúrgica, não precise ficar naquele momento procurando isqueiro sou fósforos
para cumprir sua missão. Cumprida essa função, o Mestre de Cerimônias simplesmente
apaga a chama auxiliar, pois ela não serve para mais nada - digo isso citando
como exemplo as Lojas que adotam lâmpadas elétricas para as Luzes litúrgicas,
pois nesse caso, por razões óbvias, nem mesmo se faz uso de nenhuma vela
auxiliar. Se alguma Loja proceder ao contrário estará cometendo ilícito contra
o ritual.
Infelizmente alguns
Irmãos, talvez pela permanência de um Altar dos Perfumes que não serve para
nada no simbolismo do REAA, ainda tentam reviver costumes anacrônicos de
rituais ultrapassados que costumeiramente enxertavam práticas de outros ritos
no escocesismo.
Devo ratificar que
no REAA não existe cerimônia específica para o acendimento de Luzes. O que
acontece no ritual é que elas são simplesmente acesas e apagadas sem nenhuma
reverência, ofertas, e pronunciamentos. Por aí se vê que esse tal de “fogo
votivo” nem mesmo existe no Rito em questão.
Só para ilustrar
essas barbaridades ritualísticas que aconteciam no passado, houve tempos em que
algumas Lojas adotavam sobre a porta de entrada dos seus Templos, na sua parte
interna, uma lanterna vermelha acesa definindo-a como uma luz divina, fato que
mais se parecia mesmo era com a porta de algumas zonas do baixo meretrício. Tudo
isso em nome do achismo e da invenção como se os nossos Templos servissem para
esse tipo de manifestação prosélita. Felizmente isso não acontece mais, embora vez
por outra alguns Irmãos ainda insistam em ressuscitar certas carcaças de
dinossauros.
Dando por
concluído, no que diz respeito a sua questão, ratifico que se a sua Loja ainda
adotar velas para as Luzes litúrgicas, assim que o Mestre de Cerimônias
terminar de acender as Luzes, ele apaga a vela auxiliar (que não é fogo votivo
nenhum) sem qualquer cerimônia.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAIO/2017
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