Em 01/02/2017 o Respeitável Irmão
Breno Roland Neto, Loja Sublime Harmonia, 2.605, REAA, GOSP-GOB, Oriente de
Limeira, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:
LOJA EM FAMÍLIA NO TEMPO DE ESTUDOS
Gostaria de solicitar informações sobre um questionamento que surgiu no
último ERAC (68º ERAC) que participei no dia 11 de junho de 2017, no Oriente de
Itirapina, São Paulo.
Os Irmãos da A\R\L\S\ Aurora Limense apresentaram um trabalho muito interessante, cujo tema
era "Tempo de Estudos", e em certo trecho do trabalho, foi
dito pelos Irmãos que "dependendo
da necessidade de aproveitar o tempo disponível ou apresentação com projeção de
slides (muito comum hoje em dia) e até permitir um debate mais frutífero e
dinâmico, a critério do Venerável Mestre, a sessão ritualística pode ser
suspensa e coloca-se a "Loja em Família".
Ao final da apresentação, foi aberto tempo para debates e perguntas aos
Irmãos que apresentaram o trabalho. Nesse momento um Irmão, que não me recordo
o nome, disse que estava errado termo "loja em família" e que isso
não existe. Após a manifestação desse Irmão, nenhum outro Irmão fez mais
comentários. Fiquei na dúvida, pois já ouvi várias vezes a expressão colocar a "loja
em família".
Qual seu entendimento?
CONSIDERAÇÕES.
Em se tratando do
Rito Escocês Antigo e Aceito, “loja em família” é termo inexistente. De fato
essa prática não está prevista no Ritual.
Num caso em que o
tempo de estudos mereça debates e tempo alongado, bem como outros dispositivos,
recomenda-se a realização de sessão especial que atenda apenas essa finalidade - RGF,
Art. 108, § 1º, II, Sessão Ordinária de Instrução.
Se para uma Sessão de
Instrução não existe uma orientação ritualística específica, então nela talvez até
possa fazer sentido a suspensão dos trabalhos ritualísticos à moda de uma loja
em família. Afinal, se não existe regra para ela, obviamente não há o que
proibir.
Já numa Sessão
Ordinária Regular, § 1º, I do Art. 108, cuja qual possui um ritual em vigência que
a regule, me parece não existir previsão para se colocar a Loja “em família” no
Tempo de Estudos. Note que no ritual existe uma recomendação que o período não
exceda há quinze minutos salvo em casos específicos. É bem verdade que nele
também esteja previsto “exposição e debate”, mas não orienta sob nenhuma
hipótese que a exposição e o debate sejam feitos com a “loja em família”. O
debate num caso desses segue o giro da palavra mediante autorização para se
pronunciar.
Uma sugestão: se a
instrução demandar de aparatos ou de tempo alongado com debates, então que o
Venerável, com antecedência, marque uma reunião extraordinária exclusiva para
instrução sem abertura ritualística. Não abrindo a Loja no modo de costume,
nada impede que outros procedimentos possam ser adotados.
Eu particularmente
não vejo problema em se suspender os trabalhos para debates durante a instrução
em uma Sessão Regular, entretanto imediatamente os “puristas de plantão” certamente
se arvorariam em nome da peripatética maçonaria latina arrogando o famoso jargão
“onde está escrito”. Assim, penso que o melhor mesmo é seguir o que está
previsto nos nossos rituais, destacando que neles não está prevista a “loja em
família”.
T.F.A.
PEDRO JUK
SET/2017.
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