Em 01.12.2017 o Respeitável Irmão
Mahatma Gandhi Salh, Loja Universitária Panamericana, 3.324, Rito Brasileiro,
GOB-PR, Oriente de Foz do Iguaçu, apresenta a seguinte questão:
SAUDAÇÃO NO USO DA PALAVRA.
Infelizmente ainda não tive o prazer de
pessoalmente conhece-lo. Aproveitando, gostaria de tirar uma duvida referente a
Ritualística.
Em nossa Loja praticamos o Rito Brasileiro. Minha
dúvida e de mais alguns irmãos esta referente ao pedido da palavra.
Na saudação aos irmãos, qual seria a ordem correta
para fazer esta saudação? Antes de proferir a palavra.
No ritual esta mal colocada ou tenho uma
interpretação errada. No começo diz que devemos saudar Venerável Mestre e autoridades,
demais Luzes e irmãos. Na Palavra a Ordem e Bem Geral do Quadro em Particular diz que devemos saudar Luzes,
autoridades e demais irmãos.
CONSIDERAÇÕES.
À bem da verdade
sabe-se perfeitamente que o Rito Brasileiro foi criado acompanhando bem de
perto a liturgia do Rito Escocês Antigo e Aceito. Infelizmente o Rito Escocês
na época – e ainda hoje – foi muito descaracterizado na sua prática por
influência de outros Ritos, sobretudo numa Maçonaria ainda rudimentar num
Brasil do século XIX. Assim, o Rito Brasileiro acabou adotando muitas
contradições por conta de um escocesismo deturpado e feito uma “colcha de
retalhos”.
Independente desses
pormenores, o uso da palavra por um obreiro segue determinadas normas comuns à
vertente francesa de onde a Maçonaria brasileira é filha espiritual.
Nessa vertente é
regra geral que nas Colunas (exceto os Vigilantes em alguns casos) o usuário da
palavra fale à ordem e, antes de proferir o seu pronunciamento, siga um
protocolo respeitoso (que na verdade não é saudação) mencionando genericamente
por primeiro as Luzes da Loja, em seguida as autoridades presentes e por fim os
demais Irmãos. Não existe a necessidade de se nominar um a um durante a menção
protocolar.
No que diz respeito
ao que menciona o Ritual do Rito Brasileiro, parece que ele se equivoca ao
tentar no primeiro caso separar o Venerável Mestre das demais Luzes, inserindo
entre eles as autoridades. Isso não passa de pura firula, pois os primeiros
mencionados no protocolo sempre serão os detentores dos malhetes por serem eles
os dirigentes da Loja. Assim, a melhor forma é aquela adotada na Palavra a Bem
da Ordem, ou seja, Luzes, Autoridades e demais Irmãos. É simples, prático e
objetivo, portando de bom senso.
Destaque-se que as
Luzes da Loja correspondem aos cargos de Venerável Mestre, Primeiro e Segundo
Vigilantes.
Para que se evitem
manifestações dos “puristas”, bem como daqueles que dão mais valor ao molho do
que à carne, devo, ao concluir, esclarecer que as minhas colocações a respeito
sugerem apenas a autenticidade maçônica, portanto não existe da minha parte nenhuma
intenção de desrespeitar ritual em vigência. O meu parecer tem a intenção de apontar
para o que é correto, ou pelo menos para o que deveria ser correto.
T.F.A.
PEDRO JUK
MARÇO/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário