ROTEIRO PARA PALESTRA
NA LOJA D. PEDRO II, 1433 – ORIENTE DE GUARATUBA - PR
- PRIMEIRA
PARTE
BREVE
RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA MAÇONARIA
a) Origens e o período operativo;
b) Período especulativo – declínio das
confrarias;
c) A Moderna Maçonaria – Os Antigos e os
Modernos.
- SEGUNDA
PARTE
PRIMÓRDIOS
DA MAÇONARIA NO BRASIL – BREVE RELATO HISTÓRICO
ANTES
DA FUNDAÇÃO DO GOB.
a) 1796
- Fundação do Areópago de Itambé – raias da Paraíba
com Pernambuco Frade Carmelita Arruda Câmara – não era Loja (ideias
libertárias). Ênfase: o Areópago não era uma Loja Maçônica.
b) 1797
– Fundação da Loja Cavaleiros da Luz na Povoação da
Barra na Bahia a bordo da Fragata La Preneuse e o Comandante Larchier (há questionamento oriunda da
academia francesa de história sobre essa afirmativa – alguns exegetas mencionam
que essa fragata nunca esteve em águas territoriais brasileiras...).
c) 1800 – Maçonaria Regular - Fundação da Loja União que em seguida vira Reunião – Rio de Janeiro.
d) 1801 – Instalação no Rio de Janeiro da Loja Reunião sob os auspícios do Grande
Oriente da Ilha de France – Monsieur Laurent
- (Ilhas Maurício –
Oceano Índico – colonização francesa – Rito Moderno).
e) 1802 – Fundação na Bahia da Loja Virtude e Razão (vida efêmera).
f) 1803 – Fundação em Niterói (Grande Oriente
Lusitano – Rito Adonhiramita) das Lojas
Constância e a Filantropia.
g) 1807 – Ressurge na Bahia a Virtude e Razão Restaurada, seguida
pela Humanidade e outras mais... Em
Pernambuco surge a Restauração, a
Patriotismo e a Guatimozim. Muitas
Lojas se espalham pela Bahi
a, Pernambuco e Rio de Janeiro. Conde dos Arcos, inimigo da Maçonaria, inicia perseguição.
h) 1813 – Três Lojas da Bahia e uma do Rio de
Janeiro tentam fundar uma Obediência (Grande Oriente Brasileiro).
Tentativa frustrada – não progrediu. Alguns autores desapercebidos querem
afirmar equivocadamente ter sido esse o primeiro Grande Oriente no Brasil.
i) 1815 – Instalação da Loja Comércio e Artes na Rua Pedreira da Glória, RJ. Essa Loja se
manteve independente – não aderiu ao Grande Oriente da França e nem ao
Lusitano. Já com intenção de fundar uma Obediência eminentemente brasileira com
fins políticos e sociais – Independência do Brasil.
j) 1817 – Eclode a Revolução Pernambucana
na intenção de separação de Portugal.
k) 1818
– Em face à Revolução
Pernambucana surge o Alvará Imperial de 30/03/1818 proibia o funcionamento das
sociedades secretas. As Lojas eram
fechadas, inclusive a Comércio e Artes,
mas os maçons continuavam a trabalhar as escondidas. Clube da Resistência
à Rua da Ajuda, José Joaquim da Rocha.
l) 1821 – Secretamente é reinstalada a
Loja Comércio e Artes na Idade do Ouro.
Destaque-se o ambiente agitado – sedição das tropas portuguesas, juramento
de D. João VI à Constituição Portuguesa, embarque da família real de retorno a
Lisboa. Após a reinstalação da Loja Comércio
e Artes houve grande número de adesões, sobretudo pelos acontecimentos políticos
pré Independência. Fato marcante
como o desmembramento da Loja Comércio e
Artes, União e Tranquilidade, Esperança de Niterói. Da identificação dessas
Lojas surgem as cores do GOB (vermelho, branco e azul).
m) 1822 – Dia do Fico (09/01/1822)
obra puramente maçônica.
DEPOIS
DA FUNDAÇÃO DO GOB.
a) 1822 - 17/06/1822 fundação do Grande Oriente Brasílico pelas três Lojas
Metropolitanas (cores do GOB). Adotou o rito dos sete graus. Grão-Mestre
Bonifácio. Iniciação em Agosto de 1822 do Príncipe Regente – Elevação e
Exaltação. Acontecimentos protagonizados por Bonifácio, Ledo e a Prince
sa. Independência
do Brasil em 07/09/1822. Em seguida Pedro I passa a ser o Grão-Mestre. Escaramuças
entre Ledo e Bonifácio. Fechamento do GOB pelo Grão-Mestre D. Pedro I em
21/10/1822. O Apostolado de Bonifácio. Surgiu em junho de 1822 e foi
encerrado 05/07/1823.
b) 1824 – Eclode a Confederação do Equador
– Frei Caneca (república e separação do Império). Todos os líderes são
enforcados e o maçom Frei Caneca é fuzilado (ninguém quis ser o seu carrasco).
c) 1830
- Fundação do Grande Oriente do Passeio (Rua do
Passeio) e seria instalado em 24/06/1831 por maçons oriundos do GOB.
d) 1831 - Abdicação de D. Pedro I em
07/04/1831.
e) Reinstalação do Grande Oriente do
Brasil em 23/11/1831. A partir daí icorre o fortalecimento do GOB e do Grande
Oriente do Passeio com criação de Lojas e mudanças de Obediências entre elas. Exemplo:
em 1837 a União Paranaguense instalada no GOB em 12/06/1837.
f) 1832 - Supremo Conselho para o REAA
(Montezuma). Mescla de ritos entre o Passeio e o GOB – Rito Moderno e Escocês.
Em 1834 aparecem os reguladores para os Ritos Moderno e Escocês.
g) 1839
- Inicia-se o
declínio do Passeio – questões políticas, tutoria de Bonifácio e sua prisão,
envolvimento de Lojas de ambos os lados, o Passeio começava a perder Lojas.
h) 1841 - Reconhecimento ao GOB do Grande
Oriente da França. Em 1842 caía a
constituição de 1839 - por ser mais liberal e atraente trouxe para o GOB muitas
Lojas do Passeio (acentuava-se a sua queda). Em 1842 o Grande Oriente do
Brasil passava a ocupar o Palácio do Lavradio.
i) 1852
– Extingue-se o Grande
Oriente do Passeio e em 1861 o GOB absorve suas Lojas.
j) 1863 – Por questões políticas nas eleições
do GOB, aparece a primeira cisão e é provocada por Saldanha Marinho,
afastamento de mais de 1500 maçons. Era criado o Grande Oriente dos
Beneditinos, ou do Vale dos Beneditinos, 16/12/1863. A partir daí o GOB
ficaria conhecido como o Grande Oriente
do Lavradio enquanto que a dissidência
como o Grande Oriente dos Beneditinos. Aparecimento de inúmeras Lojas nos dois
Grandes Orientes (atentar para esse fato na fundação das Lojas especialmente
no Paraná). Em 1872 o Grande Oriente de Saldanha Marinho também ficaria
conhecido como Grande Oriente Unido.
k) 1883 – Em 18/11/1883 o Grande Oriente
Unido funde-se como o Grande Oriente do Brasil (que mantém o seu nome). Grande
articulador foi o Grão-Mestre do GOB – Francisco Cardoso Junior (mais tarde se
fixaria no Paraná como primeiro presidente do Estado pós-proclamação da
república).
COMENTÁRIOS A PARTE.
l) 1927
– Cisão do Grande
Oriente do Brasil por Mário Marinho Béhring e a criação das Grandes Lojas
Estaduais Brasileiras (CMSB).
m) 1973 – Cisão no Grande Oriente do Brasil –
Athos Vieira de Andrade e no Paraná Enoc Vieira dos Santos, a criação dos
Grandes Orientes Independentes (COMAB).
- TERCEIRA
PARTE
PRIMÓRDIOS
DA MAÇ\
PARANAENSE – BREVE RELATO HISTÓRICO.
A
PARTIR DE 1837 COM A FUNDAÇÃO DA PRIMEIRA LOJA NO PARANÁ.
3.1.
Aspectos que merecem atenção
a)
Reinstalação
do Grande Oriente do Brasil em 23/11/1831 (José Bonifácio).
b)
Instalação
do Grande Oriente Brasileiro – Passeio 24/06/1831.
c)
Grande
Oriente Brasileiro – Passeio. Encerra as suas atividades em 1852.
d)
Grande
Oriente Beneditinos inicia suas atividades em 16/12/1863. Em 1872 passa a se
denominar Grande Oriente Unido e em 18/11/1883 funde-se com o GOB.
e)
Durante
a existência da primeira cisão as Obediências ficaram conhecidas com Grande
Oriente dos Beneditinos, depois Unido e o GOB como o do Lavradio.
f)
19/12/1853
desmembramento da 5ª Comarca, depois 10ª de São Paulo e instalada a Província
do Paraná.
g)
15/11/1889
– Proclamação da República.
3.2.
CRONOLOGIA DAS PRIMEIRAS LOJAS NO
PARANÁ.
a) 1837 – Loja União Paranaguense. Fundada na Vila de Paranaguá (ainda na
5ª Comarca de São Paulo) em 21/03/1837, cadastro 38 do GOB. Praticou
o REAA e foi instalada em 12/06/1837. Principais
fundadores foram: José Joaquim da Cunha Viana, Manoel Antonio Pereira Filho e
Manoel Francisco Correia Junior. Construiu
seu templo na Rua da Misericórdia, hoje Rua José Leocádio. Funcionou por 11 anos, até 1848, adormecendo em seguida.
b) 1845 – Loja Fraternidade Corytibana. Fundada na Vila de Curitiba (ainda
na 5ª Comarca de São Paulo) em 01/04/1845, cadastro 75 do GOB.
Praticou o REAA e foi instalada em 15/09/1846. Por preconceitos
religiosos e perseguições numa cidade que não
contava com mais de 10.000 habitantes, funcionou por 16 anos e em 1861
abateu colunas.
c) 1847 – Loja Conciliação Morreteana. Fundada na Vila de Morretes (ainda
na 5ª Comarca de São Paulo) em 15/06/1847, cadastro 81 do GOB.
Praticou o REAA. Não tenho a data da sua instalação. Dadas as dificuldades da época, funcionou por 14 anos e foi dada
como adormecida também em 1861.
d) 1850 – Loja Candura Coritybana. Essa Loja não possui registro da sua
fundação e há probabilidade de que tenha sido fundada no início da década de 50
do século XIX. Segundo o historiador
maçom Francisco Negrão (Loja Fraternidade Paranaense) em artigo publicado em
1932 sobre a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, nele menciona que membros
de uma Loja Maçônica denominada Candura Coritybana, em sessão realizada em 07/11//1855
resolveram oferecer à Santa Casa o prédio do seu Templo à Rua Direita
(atualmente Rua 13 de Maio), bem como os móveis, demais bens e numerário.
Provavelmente porque a Loja resolveu encerrar as suas atividades. Consta que a
Irmandade da Santa Casa resolveu aceitar a oferta. Pela falta de registro não há como se apurar a qual Potência essa Loja
pertenceu (GOB ou PASSEIO). O único registro é que um Irmão de origem alemã
pertenceu a essa Loja. Esse irmão, de nome Theodor Paul Gaspar era hoteleiro e
residente em Curitiba (conforme Hercule Spoladore). É bastante provável que essa Loja tenha sido constituída por
Irmãos estrangeiros que fundaram a Loja, mas não se submeteram a nenhuma
Obediência. De retorno aos seus países de origem, doaram o patrimônio à Santa
Casa de Misericórdia de Curitiba.
e) 1859 – Loja Fraternidade Paranaguese. Fundada em 1859 em Paranaguá (após
a Instalação da Província do Paraná [1853]) e recebeu a Carta
Constitutiva em 01/02/1860 do GOB (LAVRADIO), cadastro nº 137. Fundada por Irmãos que pertenceram à
extinta Loja União Paranaguese. Permaneceu em atividade no REAA até 1861
quando Saldanha Marinho se tornou dissidente do GOB com o Grande Oriente do
Vale dos BENEDITINOS, a Loja passou por problemas internos e acabou adormecendo
2 anos após a sua fundação.
f) 1864 – Loja Perseverança de Paranaguá – Fundada no período provincial por
19 Irmãos remanescentes das duas Lojas anteriores em 05/05/1864. Recebeu
a Carta Constitutiva no REAA em 14/06/1864 do Grande Oriente dos Beneditinos
(Saldanha Marinho). Quando ela foi incorporada ao GOB ela recebeu o
cadastro 159. Foi a Loja mais importante no período da Província no Paraná. Em
1867 iniciou o movimento abolicionista comprando alforria para os escravos e
promovendo campanhas contra a escravidão. No Paraná foi a primeira Loja que se
decidiu pela compra de alforria de filhas de escravos. Em 1877 recebeu do
Grande Oriente dos Beneditinos (Unido) a Carta Capitular. Em 1887 todos o
quadro da Loja foi fundador do Clu
be Republicano. Em 1891 já incorporada ao GOB
recebeu o título de Brande Benemérita assinado pelo Grão-Mestre Deodoro da
Fonseca. Em 21 de janeiro de 1922 um incêndio consumiu as suas dependências
quando se perdeu preciosa documentação. Salvou-se, dentre alguns, a primeira
ata por estar fora das dependências do prédio sinistrado. A Loja Perseverança
encontra-se até hoje em franca atividade na Cidade de Paranaguá.
g) 1869 – Loja Estrela de Antonina. Fundada na Vila de Antonina na Província
do Paraná, sob os auspícios do Grande Oriente do Vale dos Beneditinos
(Unido) em13/04/1869 no REAA. Adormeceu em 1876 e foi reerguida, agora pelo
GOB, em 1899 que recebeu deste o cadastro nº 190. Cessou novamente os seus
trabalhos no ano de 1907 e voltou aos trabalhos em 1911. Durante a Primeira
Grande Guerra abateu colunas novamente, sendo novamente reerguida pelo GOB em
23/07/1921 e permanece em atividade até hoje. Em 1º de junho recebeu a sua
Carta Capitular. Em 1973 por ocasião da cisão no GOB se tornou dissidente e
transferiu-se para o Grande Oriente do Paraná (Independente) da COMAB.
h) 1871 – Loja Modéstia – Fundada
em Morretes sob os auspícios do Grande Oriente dos Beneditinos, em 22/06/1871.
Teve a Carta Constitutiva em 12/10/1871 e regularizada em 27/12/1871 no Rito
Adonhiramita (primeira Loja do Paraná nesse rito). Em 20/10/1872 recebeu a
sua carta Capitular Noachita. Em 07/10/1898 tendo como Venerável o Irmão Rômulo
José Pereira a Loja aprovou a mudança do Grande Capítulo Noaquita para o
REAA. Em 23/06/1900 recebe o título de Benemérita por serviços prestados,
sendo Venerável o Irmão Heráclito Gomes, tendo o quadro na ocasião o número de
98 obreiros que trabalhavam em Templo próprio à Rua dos Mineiros (atualmente
Santos Dumont). A Loja acabou adormecendo definitivamente no ano de 1939 na
questão Getúlio Vargas quando do início da Segunda Grande Guerra. A Loja doou
suas dependências ao Hospital de Morretes e alguns dos seus documentos
e
alfaias encontram-se sob a guarda da Loja Cardoso Júnior em Curitiba. A Loja
Modéstia iniciou o padre Vicente Guadinieri o que lhe custou uma punição das
autoridades eclesiásticas e foi transferido de Morretes para Palmeira onde,
após ter abandonado as vestes sacerdotais, veio a pertencer ao quadro da Loja
Conceição Palmeirense.
i) 1872 – Loja Philantropia Guarapuavana. Na fundação dessa Loja existe uma
questão contraditória. Segundo a Loja, ela teria sido fundada em 28/08/1851 por
existir um livro (em poder da Loja) que contém um registro de obreiros – essa é
uma questão afirmada pela Loja. Segundo o Irmão Kurt Prober (em quem eu prefiro
acreditar) ela realmente teria sido fundada em 1872 no Grande Oriente
Unido (Beneditinos) e recebeu sua carta constitutiva no REAA em 16/12/1872.
Essa Loja veio definitivamente ao GOB após o ano de 1883 (fusão dos Beneditinos
com o Lavradio). Realmente, antes dessa data não há documentação alguma que
comprove a sua regularização no GOB. Entendo que devido à documentação
primária no GOB, a Loja tem que ser considerada apenas a partir de 1872, já que
o documento que menciona o ano de 1851 é de poder da Loja e não está registrado
no GOB. Indubitavelmente em 1851 existiam atividades de maçons que pertenciam à
elite campeira na cidade de Guarapuava o que pode ter havido inciativa para se
fundar uma Loja, todavia ela não aparece nos registros oficiais, senão após
1872. Destaquem-se as atividades dos caminhos que vinham do sul para Campinas e
vice-versa.
A
partir daí outras Lojas seriam fundadas até a Proclamação da República,
sobretudo no Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Unido), cuja Obediência
dissidente de Saldanha Marinho se extinguiria em 1883 tendo as suas Lojas sido
absorvidas pelo GOB.
Até a
Proclamação da República, no Estado do Paraná, menciona-se ainda:
a) Loja 27 de Dezembro – REAA, fundada em Curitiba à 27/12/1873;
b)
Loja Estrela do Paraná – REAA,
fundada em Ponta Grossa à 12/09/1874;
c) Loja Virtude de Campo Largo – REAA, regularizada em Campo Largo à
12/12/1874;
d)
Loja Santo Antonio da Lapa – REAA,
regularizada na Lapa à 18/03/1875;
e)
Loja Apóstolo da Caridade – REAA,
fundada em Curitiba à 05/11/1875;
f) Loja Concórdia IV – REAA, fundada em Curitiba na língua alemã em
24/01/1877.
As demais do Século XIX seriam
fundadas após a Proclamação da República. Seu rol pode ser consultado na obra
de autoria do Irmão Hercule Spoladore – História da Maçonaria Paranaense no
Século XIX, assim como na obra do Irmão Kurt Prober em Achegas para a História
da Maçonaria Paranaense.
- QUARTE
PARTE
APONTAMENTOS SOBRE A LOJA D. PEDRO II
Sobre a Loja, o que
se pode apurar nesse curto espaço de tempo é consta no livro “Achegas para a
História da Maçonaria” de autoria do saudoso Irmão Kurt Prober, sem dúvida um
dos autores mais autênticos e que possuiu, senão a maior, uma das maiores
bibliotecas particulares sobre a Maçonaria Brasileira, o seguinte:
- na página 99 no
índice das Lojas, página 89 consta como Loja dissidente da Grande Loja e teve a
sua fundação em 07/06/1954 (minha observação – fundada ou instalada?).
- Ainda no mesmo
livro à página 48, consta o seguinte:
“ Quase simultaneamente ainda se fundaram em 1954 mais
quatro lojas no Paraná, que, todas elas tiveram o seu Breve Constitutivo
aprovado na mesma Sessão do Conselho Federal da Ordem do Grande Oriente do
Brasil em 10/01/1955. 1) A primeira deve ter sido a Loja Dom Pedro II, no
Oriente de Guaratuba, que teve o seu funcionamento provisório autorizado por
Ato nº 6 de 07/06/1954 do Grande Oriente do Paraná, e que recebeu o seu Breve
Constitutivo, Cadastro nº 1433, que foi fornecido por protocolo nº 104.479, em
maio de 1955 para o REAA. Essa Oficina recebeu pouco tempo depois um terreno da
Prefeitura Municipal de Guaratuba em que chegou a lançar “Pedra Fundamental”,
entretanto, os seus trabalhos nunca chegaram a ser “regularizados” pelo GOB,
nunca tendo funcionado legitimamente. Teve vida efêmera. Como Fenix das cinzas,
porém, repentinamente reapareceu como Loja Dom Pedro II nº 19, sob a jurisdição
da Grande Loja do Paraná, tendo como data de fundação 23/04/1966, certamente a
data em que foi reerguida (veja nota adicional à página 95)....”
Ainda na mesma
página:
“Novamente adormeceu, e já em março de 1971 Enoch Vieira
dos Santos, Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná estava fazendo força para
reergue-la, mas pelo jeito, cozinhou em água morna, só a reinstalando após a
Dissidência, onde agora parecia vivinha, tendo como endereço a Prefeitura
Municipal, ex-dona do terreno. De passagem se diga que D. Pedro II não foi
maçom”.
Por fim, na página 95
in NOTAS ADICIONAIS DE ÚLTIMA HORA,
consta:
“Loja Dom Pedro II de Guaratuba. Consta que em 1974 o
Grande Oriente Dissidente (Grande Oriente do Paraná) conseguiu reerguer as
colunas dessa Oficina, e ... ‘que na segunda metade deste ano o Irmão Plínio
Teixeira estava desenvolvendo os trabalhos iniciais...’. Tornara-se Venerável
da Loja o Irmão Diógenes Caetano dos Santos (prefeito local). Por isso certamente
o endereço da Loja no Anuário do Colégio de 1976 era: Prefeitura Municipal”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.
Achegas
para História da Maçonaria Paranaense – Kurt Prober –
História
da Maçonaria Paranaense no Século XIX – Hercule Spoladore.
Os
Maçons na Independência do Brasil – José Castellani.
História
do Grande Oriente do Brasil – José Castellani e William Almeida de Carvalho.
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