Em 16/05/2018 o
Respeitável Irmão Paulo Assis Valduga, REAA, GORGS (COMAB), Oriente de São
Borja, Estado do Rio Grande do Sul, solicita as seguintes informações:
UTILIZAÇÃO DA FAIXA DO MESTRE.
Gostaria de maiores esclarecimentos sobre a faixa
de Mestre Maçom, seu uso e costumes, uma vez que parece que foi, aqui no Rio
Grande do Sul, abolida pelas três Potências, uma vez que ninguém mais a usa
(embora os Mestres Instalados adorem estar magnificamente adornados...).
CONSIDERAÇÕES.
A faixa do Mestre é uma indumentária herdada da Moderna Maçonaria
francesa que adotava na época o uso da espada como penhor de igualdade entre os
seus membros. De modo genérico, na sociedade francesa do século XIX, o uso da
espada era um modo distintivo utilizado por aqueles que pertenciam à nobreza.
Assim, a Maçonaria, por não reconhecer distinções mundanas no seu meio,
passou a utilizar o uso da espada como uma espécie de identidade igualitária
entre os seus membros, não importando fossem eles da nobreza ou não.
Desse modo, era costume de que o maçom ao portar uma espada a trouxesse
junto ao seu corpo na altura do quadril esquerdo e presa em um talabarte de
couro que ia vestido a tiracolo da direita para a esquerda, tendo na sua
extremidade inferior uma bainha para acondicionar a arma branca.
Como os costumes em qualquer sociedade sofrem adaptações ao longo dos
tempos, à maioria dos ritos franceses aboliu a obrigatoriedade do uso da
espada, entretanto, em alusão ao talabarte e a bainha, manteve como tradição nos
seus lugares, uma faixa de tecido debruado nas bordas e vestida a tiracolo da
direita para esquerda, trazendo consigo, no lugar da bainha, uma joia
distintiva apensa - nesse caso a joia do Mestre Maçom.
Desse modo, a faixa e a respectiva joia distintiva, no caso do REAA que
é um rito de origem francesa, continuam sim a fazer parte dos paramentos do
Mestre Maçom, além do seu avental.
Apenas a título de ilustração, no caso do GOB, a faixa do Mestre traz ainda
junto a joia um pequeno dispositivo preso que é uma argola de metal, cuja
finalidade é a de servir de suporte para a espada no lugar da bainha, sobretudo
àqueles oficiais que a tem como instrumento de trabalho - Cobridores e Expertos,
por exemplo.
Por fim, quanto ao uso da faixa parecer abolido, isso nada mais é do que
um ato de desmazelo e desrespeito de alguns para com o ritual. Por certo se o
ritual, obviamente, estiver prevendo a utilização dessa tradicional
indumentária. Ao que parece é que a questão não é de “uso abolido”, mas sim de
desrespeito para com os usos e costumes da Maçonaria – provavelmente pelo
desconhecimento do seu significado.
P.S. Veja também
outra resposta sobre esse tema publicado no Blog do Pedro Juk em 07 de junho
próximo passado.
T.F.A.
PEDRO JUK
JULHO/2018
Prezado Ir Juk !
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho, apenas uma pequena correção a sigla correta da potência é GORGS, em o "e"
Obrigado. Já está corrigido.
ExcluirMuito bom!!! Se não mantermos nossas tradições e nem respeitar nosso manual, concordo que é desmazelo e desrespeito para com a ordem, tenho a faixa e quando não estou ocupando cargos faço questão do uso da mesma..
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
ExcluirQue ranço em relação aos mestres instalados por parte do irmão que formulou a questão...
ResponderExcluirÉ a opinião dele.
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