Em 10/08/2018 o Respeitável Irmão
Emilson Alano de Carvalho, Loja Energia e Luz, 3.130, REAA, GOB-SC, Oriente de
Tubarão, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimentos para o que segue:
SE DIRIGINDO À LOJA NO USO DA PALAVRA
Estou com uma missão de minha Loja,
que trabalha no REAA (GOB), para apresentar estudo sobre a forma correta de
cumprimentar/saudar as autoridades e demais presentes no momento do uso da
palavra a bem da ordem ou do quadro em particular, ou na palavra relativo ao
ato.
Li sua argumentação e resposta (2017)
no blog em que você escreve:
(...) estando à Ordem,
assim procede mencionando protocolarmente por primeiro: “Luzes da Loja,
demais Dignidades, Autoridades (sem descrevê-las uma a uma), meus
Irmãos”.
Pergunto. Se houver
a presença do GMG ou GME como deve ser nominado... VM, 1º e 2º Vigilantes, ou
GM/GME, VM, 1º e 2º Vigilantes?
Isso é aplicado
independente de rito?
Agradeço tua
contribuição e esclarecimento.
CONSIDERAÇÕES.
Na
realidade não existe uma regra rígida para essas menções protocolares comuns
antes do uso da palavra. O que existe mesmo é bom senso. Precisamos realmente
nos preocupar é com a essência da Maçonaria, ou seja, a de aprimorar o homem para
consertar o mundo.
Quando
aludo ao “bom senso”, o faço para que os Irmãos ao usarem da palavra não fiquem
desnecessariamente a mencionar uma a uma as autoridades presentes, sobretudo
por se levar em conta que muitos poderão usar a palavra, o que tornaria uma
Sessão inapropriadamente alongada pelas inúmeras citações nominais.
Regra
mesmo nesse caso é a de que por primeiro sejam mencionadas protocolarmente as
Luzes da Loja, pois são eles os detentores do malhete na ocasião - em suma, são
os dirigentes da Loja.
Assim,
nada impede que o usuário da palavra, após ter mencionado as Luzes da Loja e
demais Dignidades, mencione, por exemplo, antes das outras Autoridades, o Soberano
Grão-Mestre e o Eminente Grão-Mestre se eles estiverem presentes. Tem sido
muito comum e de boa geometria que nesse momento se peça licença a uma das
Autoridades para se dirigir às demais.
Também
é bom que se diga - para não se tornar redundante - que tanto o Soberano
Grão-Mestre Geral, assim como o Eminente Grão-Mestre Estadual, são Autoridades.
Em síntese, eles fazem parte das Autoridades presentes.
Ratifico,
não existe nenhuma normativa rígida para essa concepção protocolar. O
importante mesmo é se tomar cuidado para não produzir um rol interminável de
nomes e cargos antes de se usar a palavra. Um canteiro de obras (a Loja) exige
discernimento e praticidade na execução dos trabalhos, e para tal assim um
maçom deve se comportar. No mais, a liturgia maçônica não vive de enfeites e
penduricalhos, mas vive sim de objetividade e resultado.
Quanto
à aplicação desse costume nesse ou naquele Rito, é algo muito relativo, pois
esses modos protocolares são muito mais particularidades das Obediências com
seus regulamentos e costumes consuetudinários do que propriamente de uma estrutura
ritualística de um Rito específico. Nesse sentido, cada situação se apõe por si
só.
Concluindo,
volto a frisar; a essência do trabalho maçônico está no resultado apurado e não
nas manifestações de exterioridade. Vale muito mais o propósito de um
pronunciamento do que os enfeites que o antecedem.
T.F.A.
PEDRO JUK
NOV/2018
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