Em 06/11/2018 um Respeitável Irmão da Loja
Arautos da Paz, 2.517, GOB-MG, REAA, Oriente de Campestre, Estado de Minas
Gerais, apresenta a seguinte questão:
SAUDAÇÃO AO CRUZAR O EIXO
Venho solicitar orientação ritualística quanto ao Sinal
(Saudação) ao cruzar a Loja (sul-norte), deve se fazer o Sinal? Faz uma parada
rápida e formal? Ou cruzamos normalmente? Isso tem gerado discussões e debates.
Eu, em pesquisas e estudos penso que não se faz o Sinal, mas gostaria de uma
posição através da orientação ritualística par sanar de vez esta dúvida.
CONSIDERAÇÕES:
Conforme
menciona o Ritual de Aprendiz em vigência do REAA\, nele a sua
página 42, saudações em Loja somente serão feitas ao Venerável Mestre quando da
entrada e saída do Oriente, ou às Luzes da Loja quando da entrada formal (pela
Marcha do Grau). Ainda, quando do ingresso ou saída do Oriente, estando o
Obreiro portando (segurando) um objeto de trabalho, ele fará nessa ocasião apenas
uma parada rápida e formal.
Por conta dessa
explanação, então não mais está prevista a saudação ou parada rápida e formal na
oportunidade em que se cruze o equador (eixo longitudinal do Templo).
Destaque-se que no Oriente não existe circulação.
Sobre esse
costume, eu já expliquei inúmeras vezes que saudação ao cruzar o equador é prática
superada e que fora haurida dos tempos em que não havia desnível e nem
balaustrada separando o Oriente do Ocidente na sala da Loja.
Na realidade isso
se deu antes da implantação das hoje já extintas Lojas Capitulares.
Naqueles tempos, por não haver ainda desnível e balaustrada de separação dos
ambientes no Templo do escocesismo simbólico, era costume que sempre que alguém
em circulação passasse por sobre o eixo fizesse uma parada para saudar o Delta.
Vieram então as Lojas Capitulares e com elas a demarcação do Oriente. Extintas
mais tarde essas Lojas, o Oriente no simbolismo acabou elevado e separado, com
isso a circulação horária ficou restrita apenas ao Ocidente (entre colunas) ao
tempo em que se extinguiam as saudações ao Delta, ou mesmo ao Venerável, quando
se cruzasse o equador.
Nesse
particular, como prevê o Ritual em vigência no GOB, a saudação ficou limitada
apenas ao Venerável Mestre, mas só quando da entrada e saída do Oriente, ou às
Luzes da Loja após os passos do grau.
Infelizmente, alguns
ritualistas ainda procuram reviver essas práticas antigas, mas que pelas
circunstâncias atuais não mais fazem sentido. Lembro que costumeiramente o
irretocável, competente e saudoso Irmão José Castellani era um defensor dessa
prática, mas o Ritual não mais menciona esse costume.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAR/2019
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