sexta-feira, 15 de março de 2019

SAUDAÇÃO AO CRUZAR O EIXO DO TEMPLO - REAA


Em 06/11/2018 um Respeitável Irmão da Loja Arautos da Paz, 2.517, GOB-MG, REAA, Oriente de Campestre, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

SAUDAÇÃO AO CRUZAR O EIXO

Venho solicitar orientação ritualística quanto ao Sinal (Saudação) ao cruzar a Loja (sul-norte), deve se fazer o Sinal? Faz uma parada rápida e formal? Ou cruzamos normalmente? Isso tem gerado discussões e debates. Eu, em pesquisas e estudos penso que não se faz o Sinal, mas gostaria de uma posição através da orientação ritualística par sanar de vez esta dúvida.

CONSIDERAÇÕES:

Conforme menciona o Ritual de Aprendiz em vigência do REAA\, nele a sua página 42, saudações em Loja somente serão feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente, ou às Luzes da Loja quando da entrada formal (pela Marcha do Grau). Ainda, quando do ingresso ou saída do Oriente, estando o Obreiro portando (segurando) um objeto de trabalho, ele fará nessa ocasião apenas uma parada rápida e formal.
Por conta dessa explanação, então não mais está prevista a saudação ou parada rápida e formal na oportunidade em que se cruze o equador (eixo longitudinal do Templo). Destaque-se que no Oriente não existe circulação.
Sobre esse costume, eu já expliquei inúmeras vezes que saudação ao cruzar o equador é prática superada e que fora haurida dos tempos em que não havia desnível e nem balaustrada separando o Oriente do Ocidente na sala da Loja.
Na realidade isso se deu antes da implantação das hoje já extintas Lojas Capitulares. Naqueles tempos, por não haver ainda desnível e balaustrada de separação dos ambientes no Templo do escocesismo simbólico, era costume que sempre que alguém em circulação passasse por sobre o eixo fizesse uma parada para saudar o Delta. Vieram então as Lojas Capitulares e com elas a demarcação do Oriente. Extintas mais tarde essas Lojas, o Oriente no simbolismo acabou elevado e separado, com isso a circulação horária ficou restrita apenas ao Ocidente (entre colunas) ao tempo em que se extinguiam as saudações ao Delta, ou mesmo ao Venerável, quando se cruzasse o equador.
Nesse particular, como prevê o Ritual em vigência no GOB, a saudação ficou limitada apenas ao Venerável Mestre, mas só quando da entrada e saída do Oriente, ou às Luzes da Loja após os passos do grau.
Infelizmente, alguns ritualistas ainda procuram reviver essas práticas antigas, mas que pelas circunstâncias atuais não mais fazem sentido. Lembro que costumeiramente o irretocável, competente e saudoso Irmão José Castellani era um defensor dessa prática, mas o Ritual não mais menciona esse costume.


T.F.A.

PEDRO JUK


MAR/2019

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