Em 01/08/2019 o Respeitável Irmão Frederico Emílio Germer, Loja Herbert
Jurk, 2.818, REAA, GOB-SC, Oriente de Timbó, Estado de Santa Catarina, solicita
esclarecimentos para o que segue:
CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA.
No novo site de Ritualística, do REAA, questão 30.
Circulação e Saudação, item V.3 está descrito: Na mesma Col\ não
há circulação. Gostaria de clarificar essa questão. Se, por exemplo, o Mestre
de Cerimônia precisar, devidamente autorizado, ir até o assento do cobridor
interno ou do mestre de harmonia, e retornar ao seu lugar, este o fará
diretamente, sem circulação através do eixo do templo?
CONSIDERAÇÕES.
Circulação em Loja no REAA se dá apenas no Ocidente
da Loja e segue a marcha diária do Sol (sentido horário). Os deslocamentos
horários seguem a regra de se circular somente quando se passa de um para outro
hemisfério.
Isso se dá porque o espaço da Loja representa simbolicamente
um segmento retangular sobre o equador do globo terrestre, cuja linha
imaginária do equador, tal qual no planeta Terra, divide o ambiente em dois
hemisférios. Assim o espaço do Templo é orientado na sua largura de Norte ao
Sul e no seu comprimento do Ocidente (Oeste) para o Oriente (Leste). As duas
Colunas Vestibulares B∴ e J∴ marcam, tal como na esfera terrestre, a passagem dos trópicos de Câncer
ao Norte e de Capricórnio ao Sul.
As paredes ocidentais Norte e Sul são conhecidas
como Topos do Norte e do Sul respectivamente. Neles se situam as seis Colunas
Zodiacais relativas ao lado Norte e as outras seis relativas ao lado Sul.
Quem estiver parado sobre o eixo imaginário do
Templo, no centro da porta de entrada, olhando para o Oriente, vislumbra à sua esquerda
um espaço que vai até a divisa com o Oriente. A esse espaço denomina-se Coluna
do Norte. O mesmo espaço, porém, à direita, denomina-se Coluna do Sul.
Dado a essa topografia e seguindo o giro dos
ponteiros do relógio existe uma regra para se cruzar o equador do Templo. Do
Sul para o Norte, obrigatoriamente se cruza o eixo pelo espaço mediano que fica
entre a frente do Painel e a porta de entrada. Do Norte para o Sul,
obrigatoriamente se cruza o eixo pelo espaço mediando que fica entre a
retaguarda do Painel e o limite com o Oriente.
Assim, a circulação dextrogira só existe quando se
passa de um para outro hemisfério – do Norte para o Sul, próximo ao limite com
o Oriente, do Sul para o Norte, próximo à porta de entrada no extremo do
Ocidente.
Já no mesmo hemisfério (mesma Coluna) não há
padronização para tal. Nesse espaço anda-se normalmente indo e voltando sem ter
que fazer o dextrogiro em torno do Painel. Na verdade, a regra é a que ninguém
precisa dar uma volta ao mundo para parar no mesmo lugar.
Também não existem circulações em torno das mesas
dos Vigilantes.
Quanto ao Oriente, nele também não existe
padronização de circulação, entretanto segue-se a regra de que para nele se
ingressar é preciso antes passar pela Coluna do Norte, enquanto que para dele se
retirar, obrigatoriamente se vai em direção da Coluna do Sul. Em síntese, no
Oriente se entra pelo Nordeste e dele se sai pelo Sudeste.
Ainda em relação ao Oriente, é bom que se diga que
não existe também nenhum impedimento de passagem entre o Altar mor (onde fica o
Venerável) e o Altar dos Juramentos. Se for o caso, o trânsito é livre por esse
espaço – tanto pela frente do Altar dos Juramentos como pela sua retaguarda.
Concluindo os comentários, circulação só existe no
Ocidente quando se passa de uma para outra Coluna. Na mesma Coluna não existe
circulação. Tomando como exemplo as suas colocações na questão, o Mestre de
Cerimônias vai até o Cobridor Interno e retorna ao seu lugar sem precisar
passar pelo Norte. Do mesmo modo, se o seu deslocamento se der até o Mestre de
Harmonia, ao retornar ele volta diretamente ao seu lugar. Isto é, não existe
giro porque o Mestre de Cerimônias não passou para outra Coluna.
T.F.A.
PEDRO JUK
NOV/2019
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