Em
09.07.2020, por ocasião da palestra sobre Ritos, Rituais e Ritualística o
Respeitável Irmão Edson Carlos Flessak, Loja Cavaleiros de Aço Sudoeste, 4.506,
REAA, GOB-PR, Oriente de Marmeleiro, Estado do Paraná, fez a seguinte pergunta.
DESFAZER O SINAL
É
permitido que o Venerável Mestre autorize a dispensa do Sinal no uso da
palavra?
COMENTÁRIO.
fica constantemente a autorizar dispensa do sinal àqueles que estiverem fazendo o uso da palavra.
É
verdade que dispensar alguém do sinal é uma prerrogativa do Venerável Mestre,
contudo o que ele não pode é fazer disso um ato corriqueiro na Loja. Antes de
tudo o Venerável Mestre deve se utilizar do bom senso para avaliar a real
necessidade dessa dispensa, antes de agredir a disciplina litúrgica de um Rito
que traz nos seus usos e costumes, por exemplo, a obrigatoriedade de que em se
estando em pé em Loja aberta, fica-se à Ordem, isto é, com o Sinal de Ordem do
grau composto.
Vale
a pena mencionar que estar á Ordem significa estar pronto, preparado, ou à
disposição pelos instrumentos imprescindíveis na construção (Esq∴,
Nív∴ e Prum∴). Todo esse
significado pode ser encontrado no contexto simbólico dessa postura corporal.
No
caso de necessidade premente de se permanecer sem sinal, então o Venerável
Mestre poderá esporadicamente autorizar alguém a desfazer o Sinal, como por
exemplo, ter às mãos um texto para leitura. Reitero, mas sem fazer disso uma
atitude corriqueira e sem necessidade. Enfim, o Venerável deve ter discernimento
para tal.
Vale
a pena mencionar que é também de péssima geometria a atitude daqueles que pedem
a dispensa do sinal. Essa percepção deve ser do Venerável que avalia a
necessidade ou não de dispensa de sinal.
Outro
aspecto é o disciplinar os discursos e falas prolixas de conteúdo rançoso e repetitivo
que nada contribuem para a beleza dos trabalhos, mas que infelizmente às vezes podem
ser vistos e ouvidos nas Lojas. Lembro que permanecer com o sinal por muito
tempo é desconfortável. Desse modo, o desconforto abrevia os intermináveis “blá,
blá, blá” (conversa desprovida de conteúdo) e o Secretário agradece por não ter
que anotar as deletérias bazófias proferidas por alguns quando do uso da palavra.
Medindo-se
pelo bom senso, a composição do sinal, além da sua importância no contextual simbólico
da disciplina, também ajuda a conter os palavrórios cavos e desnecessários.
Concluindo, lembro que bom
senso é um conceito utilizado na argumentação que está estritamente ligado às
noções de sabedoria e de razoabilidade, e que define a capacidade média que uma
pessoa deve possuir para adequar regras e costumes a determinadas situações.
T.F.A.
PEDRO
JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
FEV/2021
No Rito de York do GOB não se faz o uso da palavra com o sinal feito. Desfaz antes de falar sem a necessidade de autorização do Mestre da Loja.
ResponderExcluirAtente para o texto e observe que eu não generalizei, contudo deixei claro que existem ritos que ficam à Ordem no momento da fala. Note também que o consulente pertence a uma Loja do REAA. Esse rito traz no seu costume o ato de se ficar à Ordem quando se está em pé. No Craft sabemos perfeitamente que essa prática não existe. Nele, aqui muito conhecido como York, o protagonista em pé, simula o p., faz o Sin. desfazendo-o pelo Sin. P. e se coloca de modo respeitoso para falar. Diferente da maioria dos ritos latinos, no York não se dica à Ordem para usar a palavra. No Rito de York não é uma questão de ser autorizado ou não, mas de uma prática não utilizada. T.F.A.
ExcluirSim, vi que o texto se referia ao REAA, fiz o comentário somente para ilustrar a diferença. Fraterno abraço.
ResponderExcluirGrato pelo comentário e obrigado pela visita e participação. Fraterno Abraço.
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