Em 13/04/2021 o Respeitável Irmão Nivaldo Antônio Longo, sem mencionar o nome da sua Loja e Obediência, REAA, Oriente de Oriente de Monte Alto, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento:
RITUAL PARA ACENDIMENTO DE VELAS
Sobre as velas na Maçonaria, tem o ritual específico no acender e apagar?
Pode ser acesa com qualquer tipo de chama, tipo fosforo, isqueiro, etc., ou se
deve acender uma fora dos altares, e com essa acender as fixas? Se o Irmão
puder me ajudar, antecipo minhas eternas gratidão, e se tiver uma matéria sobre
o assunto me envie no e-mail.
CONSIDERAÇÕES.
As luzes referidas na questão são tratadas no
REAA como luzes litúrgicas. Estas se situam na Loja sobre o altar ocupado pelo
Venerável Mestre e sobre as mesas dos respectivos Vigilantes. Vigilantes, não
ocupam altares, mas mesas.
A propósito, altar no simbolismo do REAA é só o principal, onde fica sólio, e a su
a extensão que é conhecida como Altar dos Juramentos, a despeito de que existe ainda o Altar dos Perfumes, móvel que de fato não serve para nada e acabou permanecendo, depois da consagração do espaço, indevidamente no templo.No REAA o acendimento dessas luzes não possui
nenhum cerimonial especial, até porque originalmente essas luzes eram acesas
antes do início dos trabalhos em número compatível com o grau em que a Loja
iria ser aberta, e apagadas depois do encerramento. Posteriormente, por cópia e
enxerto de outro rito, inventaram uma cerimônia de acendimento dessas luzes no REAA.
Atualmente, muitos rituais, como é o caso dos do GOB, já extirparam esse
enxerto e as luzes, em que pese ainda serem acesas durante os procedimentos de
abertura dos trabalhos, não possuem mais nenhuma conotação esotérica.
De modo geral, em sendo as luzes litúrgicas
lâmpadas elétricas, cada titular acende a sua, em sendo velas, o Mestre de
Cerimônias, sem qualquer formalidade ritualística as acende, geralmente se
utilizando de uma vela auxiliar para facilitar o procedimento. Concluído o
acendimento, a chama auxiliar é imediatamente apagada.
Como as luzes são acesas e apagadas durante os
procedimentos de abertura e encerramento dos trabalhos, sem qualquer conotação
esotérica ou iniciática, estipulou-se, por questão de padronização, que elas
sejam acesas na ordem hierárquica dos titulares e apagadas com um abafador de
modo inverso, somente isso.
A propósito, a chama auxiliar foi adotada para
facilitar a missão do Mestre de Cerimônias, de tal modo que ele não precise
ficar naquele momento procurando fósforos, isqueiros, etc.
Como dito, as luzes litúrgicas identificam as
Luzes da Loja (Venerável Mestre e os Vigilantes) e relatam o esclarecimento que
acompanha o aprimoramento do Iniciado no seu grau. Nada mais além disso.
Rituais do REAA que porventura mencionem outras
práticas ritualísticas para essa ocasião, além do comentado, certamente estão
ferindo a originalidade dos trabalhos e estabelecendo elementos contraditórios à
liturgia do rito em questão.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
OUT/2021
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