O Respeitável Irmão Daniel L. Sales, Loja Brasil, 953, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:
PALAVRA SEMESTRAL.
Recentemente, eu realizei uma visita a uma loja do GOB(BA), REAA, no Oriente de Salvador e lá achei um procedimento bem diferente em comparação ao praticado na minha loja, Loja Brasil 953 – GOB-RJ, REAA.
No início da etapa da Abertura Ritualística, o Cobridor Interno depois de abrir a porta d
o templo, ele permanecia bloqueando a porta e solicitando a Palavra Semestral de cada Irmão, então cada irmão fornecia a palavra ao seu ouvido direito e ele liberava a entrada. Já procurei no RGF e no ritual, mas não encontrei uma explicação, então tenho três perguntas para o Irmão:
1.
Há conformidade com o REAA do GOB este
procedimento descrito?
2.
Qual seria o momento de solicitar a
palavra semestral de um visitante?
3.
Já escutei falar dentro da minha Loja que
nunca deveria informar a palavra semestral, pois teria o risco de informar a Palavra
Semestral para uma Loja não habilitada (Art. 112-RGF).
Então, é obrigação minha informar a Palavra Semestral
na ocasião de visita de minha Loja?
CONSIDERAÇÕES.
O procedimento descrito na sua questão é altamente
irregular, pois não está previsto nem no Ritual em vigência e nem no Sistema de
Orientação Ritualística presente na plataforma do GOB-RITUALÍSTICA.
É mesmo lamentável que o Orador, como Guarda da
Lei dessa Loja não tenha tomado ainda as providências para extirpar essa
invenção que me é aqui relatada.
Concernente às suas questões numeradas,
acredito que a primeira já está respondida, pois esse procedimento, dessa
forma, não existe.
Quanto a sua segunda questão, a Palavra é
solicitada pelo 2º Experto se estiver diante de um Irmão desconhecido, resguardadas
as condições de que ele seja da mesma Obediência da Loja, já que a Palavra
Semestral normalmente é própria de uma só Obediência. Às vezes é até possível existir
algum tratado prevendo a troca de Palavras Semestrais entre Obediências. Assim,
quando o visitante desconhecido se apresentar, no ato do telhamento em lugar
reservado, o examinador pede-a ao examinado.
Em relação a sua pergunta número três, não
procede, pois a Palavra é justamente para conferir a regularidade do visitante.
Ora, se ele não puder transmiti-la a ninguém, então a Palavra Semestral serve
para o quê? Não faz sentido essa “estória” de não a revelar quando solicitada
num telhamento.
Quanto a uma Loja ser irregular é obrigação do
visitante se acercar de prudência para não visitar uma Loja espúria.
Nesse sentido, um visitante quando recebido por
uma Loja da sua Obediência, se inquirido pelo examinador sobre a Palavra
Semestral, por óbvio deverá informa-la como penhor da sua regularidade.
É bem verdade que pelo avanço tecnológico,
atualmente muitas Lojas e Obediências lançam mão da cartões digitais que, em
tempo real, esclarecem de pronto a regularidade de um Irmão, contudo a velha prática
da Palavra Semestral, criada em 1.777 pelo Grande Oriente da França, ainda se
mantém firme nas tradições maçônicas da Maçonaria Latina. O que é desnecessário,
no entanto, é não inventar procedimentos.
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação Ritualística –
GOB/PODER CENTRAL
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2021
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