Em 03.06.2022 o Respeitável Irmão Eduardo Amaral Gomes, Loja Estrela Betinense, 2120, REAA, GOB-MG, Oriente de Betim, Estado de Minas Gerais, formula as questões seguintes:
PANCADAS NA PORTA
1 –
Quando na abertura da Loja o 1º Vigilante pergunta ao Cobridor Interno se o
Templo está coberto, no REAA, este responde com 3 pancadas na porta, com a
espada, de modo
ternário? Estas 3 pancadas são independentes do Grau em que a
Loja esteja atuando, ou 1 pancada somente? Ou pancadas do Grau em que a Loja
esteja atuando?
2 –
Quando um Irmão retardatário chega e a porta está fechada, este dá 1 pancada, 3
pancadas ou pancadas do Grau em que provavelmente a Loja esteja atuando, na
porta pelo lado de fora?
3 –
Quando houver Cobridor Externo, desejando este entrar no Templo, dará quantas
pancadas na porta pelo lado de fora? E como o Cobridor Interno responderá às
pancadas, pelo lado de dentro?
CONSIDERAÇÕES.
- As pancadas na porta são dadas de
acordo com o grau em que a Loja estiver trabalhando. Note que no Ritual há
duas situações nesse pormenor. Uma delas é estando a postos o Cobridor
Externo. Nesse caso, o Cobridor Interno, sem se armar, dá na porta com o
punho cerrado da sua mão direita as respectivas pancadas do grau pelo lado
de dentro. De imediato, o Cobridor Externo repete a bateria, o que significa
que há cobertura. Desse modo, o Cobridor Interno comunica ao 1º Vigilante conforme
previsto.
A outra possibilidade (a mais comum) é a
de que não esteja presente o Cobridor Externo. Nesse caso, agora armado, com a
espada em ombro-arma, o Cobridor Interno se retira do Templo e faz a verificação.
De retorno, após ter fechado a porta, nela dá com o punho da espada a respectivas
pancadas do grau e logo a seguir comunica ao 1º Vigilante conforme previsto.
Destaco que todas essas orientações
oficiais em vigência se encontram no SOR – Sistema de Orientação Ritualística
do GOB (Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral). Confira na plataforma do GOB
RITUALÍSTICA que se encontra na página oficial do GOB.
- Procedimentos relacionados àqueles que chegam
atrasados para os trabalhos não constam no ritual, justamente para não se regularizar
o ato de se chagar atrasado.
Nesse
interim qualquer bom ritual não traz em nenhuma das suas páginas esse assunto,
pois admiti-lo oficialmente seria um desrespeito àqueles que rigorosamente chegam
no horário marcado pelo calendário aprovado pela Loja.
Todavia
não há como negar que em algumas circunstâncias o atraso existe. Nesse caso, então
“recomenda-se” que não estando presente o Cobridor Externo, o
retardatário, não importando o grau em que a Loja estiver trabalhando, deve dar
na porta do Templo as três pancadas universais (do Aprendiz). De resto a Loja
deve proceder na forma convencional para se admitir, ou não, a entrada de alguém.
Vale
lembrar que se o momento não for propício para o ingresso, o Cobridor Interno deve
repetir a tríplice bateria, o que nessa conjuntura significa que o atrasado deve
aguardar. Recomenda-se nessa ocasião a não execução de qualquer outra bateria, a
exemplo do imaginoso e inexistente “alarme” ou mesmo baterias subsequentes de
outros graus. Depois de identificado o retardatário, em linhas gerais cabe ao
Cobridor Interno ou ao 2º Experto comunicar o grau em que a Loja está
trabalhando, depois de se certificar se o retardatário tem qualidade para
ingressar.
- Nesse caso o Cobridor Externo deve aguardar o
momento certo para ingressar, pois no caso do GOB, o ritual de Aprendiz do
REAA (aplica-se também aos dois outros graus) é claro nesse particular.
Portanto,
não está previsto nenhum pedido do Cobridor Externo para entrar. No momento
adequado, conforme previsto no ritual e sem nenhuma “batucada” na porta, o
Cobridor Interno o convida para entrar.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2022
Ir Pedro Juk,
ResponderExcluirem sua resposta no ítem 2, e levando em consideração os "usos e costumes", eu pergunto:
quando disse que o Cobridor Interno dá a tríplice bateria para que o retardatário aguarde - não seria apenas uma pancada? Pois, pelo que se praticava há muito, quando o Cobr Int repetia com a mesma bateria, era para informar que a Loja trabalhava em outro grau! Porém, entendo que para não ter as ditas "trocas de baterias", o Cobr dá apenas 1 pancada - aguarde - e o Diac. vai ao encontro e verifica a possibilidade deste retardatário participar.
Saudações. Tfa
Caríssimo Irmão, como eu disse, não há nada de oficial nessa questão. Então procuro seguir as orientações que recebi da época do Castellani e do Xico Trolha. Eles sempre alegavam que essa bateria única não existia, até porque é uma batida profana. Em se estabelecendo a bateria de Aprendiz, evitam-se outras. Bem, nada disso é oficial, Também entendo que no REAA, quem faz verificações é o 2º Experto, justamente por ser um Irmão expert e do Sul, seu lugar é estratégico para a saída sem circulação. Já os Diáconos, somente atuam no REAA como partícipes da alegoria da transmissão da palavra que, nessa ocasião, nada tem a ver com telhamento. Fora da essência iniciática, conforme as Obediências, eles servem também à Guarda de Honra do Pavilhão, contudo, nada de iniciático ou esotérico nisso. Se somam nesse mister ao Mestre de Cerimônias porque estrategicamente tem seus deslocamentos facilitados na formação e desfazimento dessa escolta. T.F.A.
Excluir