Em 16.06.2022 o Respeitável Irmão Hemerson Pegoraro, Loja XV de Novembro, 1998, REAA, GOB-SC, Oriente de Caçador, Estado de Santa Catarina, apresenta o que segue:
TRAJE MAÇÔNICO, APRESENTAÇÃO ENTRE-COLUNAS E O SINAL
Não
consegui localizar no regulamento do GOB, onde fala das vestimentas adequadas,
em relação ao uso de sapatos pretos,
Pois
em nossa Loja, temos alguns Irmãos que chegam com um sapa tênis preto ao invés
de
um sapato social preto.
Existe
algo neste sentido do regulamento?
Outra
dúvida: quando o Mestre de Cerimônia vai chamar um Irmão para apresentar um
trabalho, quer seja aprendiz, companheiro ou mestre.
Normalmente
ele (MC) vai com o bastão, e o Irmão que é chamado, deverá levantar-se e fazer
o Sinal, desfazer e ir, ou somente levantar-se e segue o MC?
Esta
dúvida, tenho, porque já presenciei isso em visita a outras Lojas.
CONSIDERAÇÕES.
No que diz respeito ao traje maçônico, o mesmo é orientado conforme o
rito praticado pela Loja. Nesse caso, as orientações a respeito encontram-se
nos respectivos rituais. No ritual do REAA essas orientações encontram-se no
ritual de Aprendiz, página 33 e também no SOR - Sistema de Orientação
Ritualística (Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral) que se encontra na
plataforma do GOB-RITUALÍSTICA, página oficial do GOB na Internet.
Em relação à apresentação de peça de arquitetura, não é exigido que a
mesma seja feita (apresentada) entre-colunas. A priori sugere-se que cada um
faça a apresentação do seu lugar, evitando-se assim deslocamentos
desnecessários pelo recinto.
Caso a preferência da Loja seja por apresentação entre colunas, então o
Mestre de Cerimônias, munido do seu bastão, deve ser o condutor até o destino em
que se fará a apresentação – no caso, no extremo do Ocidente, entre-colunas.
Nesse sentido, o Irmão que fará apresentação simplesmente acompanha o
seu condutor seguindo-o até o destino, isto é, não faz sinal ao levantar. No
destino, se coloca imediatamente à Ordem e em seguida se dirige à Loja na forma
de costume. Ao concluir, desfaz o sinal e segue novamente o seu condutor. Chegando
de retorno, imediatamente retoma seu assento sem antes repetir o sinal. O
Mestre de Cerimônias, por sua vez retorna ao seu lugar.
Caso a apresentação seja do seu lugar, o que é o mais recomendável, não
haverá condutor. Assim, o apresentador depois de ter sido autorizado fica à
Ordem, se dirige à Loja na forma de costume e faz a apresentação. Concluída a
leitura, simplesmente desfaz o sinal e senta novamente.
Em qualquer das situações (do seu lugar ou entre-colunas) o Venerável
Mestre deve avaliar a necessidade de o apresentador desfazer o sinal para melhor
conforto durante a apresentação.
Caso essa avaliação seja positiva, o Venerável Mestre, após ter o protagonista
se dirigido formalmente à Loja (mencionando genericamente às Luzes, autoridades
e os demais), autoriza o apresentador a desfazer o sinal, oportunidade em que
ele então segura a peça escrita com as duas mãos e procede à leitura. Concluído
o mister, volta à Ordem e, conforme o lugar em que ele se encontrar, desfaz o
sinal e senta, ou desfaz o sinal e acompanha o seu condutor.
Ao concluir vale mencionar que essas atitudes de se fazer e desfazer o
sinal, bem como se dirigir à loja na forma de costume, nada têm a ver com
saudação maçônica. Vide as únicas ocasiões em que ela é de fato uma saudação
feita pelo sinal na página 42 do ritual de Aprendiz do REAA em vigência, e no SOR.
Lembro que saudação maçônica é feita em Loja sempre pelo sinal, contudo nem
sempre compor e fazer o sinal significa saudação.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2022
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