Em 24/10/2022 o Respeitável Irmão Tacachi Iquejiri, Loja Luz de Outubro, 2081, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, faz a seguinte pergunta:
ORGANIZAÇÃO DE SESSÃO ADMINISTRATIVA
Gostaria de saber qual é o procedimento a adotar na
realização de uma sessão administrativa em uma Loja, no Rito Escocês Antigo e
Aceito. A dúvida surge em virtude do Art. 108 do RGF, §1º, III, considerar uma
sessão administrativa como sessão ordinária e o ritual de aprendiz, em sua
parte II - sessão Ordinária instruir a forma de sua abertura e procedimento ao
longo da sessão.
CONSIDERAÇÕES.
Segundo o RGF as sessões das Lojas são Ordinárias, Magnas e
Extraordinárias. No que diz respeito às Sessões Ordinárias elas podem ser Regulares,
de Instrução, Administrativas, de Finanças, etc. Ao todo somam-se nove sessões
Ordinárias subtituladas.
Nesse contexto, que de fato parece um pouco confuso, a sessão Ordinária mencionada
nos respectivos rituais do GOB é aquela subtitulada no RGF como Ordinária “Regular”.
Nesse sentido, o que me parece que de fato precisa ser corrigido é o título descrito no ritual, ou seja, mudando o nome Sessão Ordinária para Sessão Ordinária Regular.
Na verdade, essa Sessão Regular é aquela que outrora fora consagrada
como Sessão Econômica.
Ocorre, entretanto, que indevidamente esse título acabou sendo suprimido
porque os seus algozes “acharam” que o vocábulo “econômico”, nessa conjuntura, era
algo ligado a finanças, economia, etc. Contudo, não se aperceberam esses “entendidos”
que “econômica” se referia a uma sessão menos longa na sua duração do que as Magnas
de Iniciação, por exemplo.
Desse modo, nesse contexto o título Sessão Econômica, se refere a uma sessão
objetiva e prática, sem a amplitude ritualística encontrada em outras sessões.
Assim, fazer o quê? O estrago foi feito e o negócio é se adaptar a essas
contradições da melhor maneira possível. Afinal há outros exemplos dessas
interferências lamentáveis como a indevida extição do título “balaústre”
substituindo-o simplesmente por “ata”, isso como se uma sessão maçônica fosse a
mesma coisa que uma reunião de um clube de serviços; outro, o consagrado “aumento
de grau, ou de salário” foi substituído por colação de grau, isso como se a
Maçonaria fosse uma espécie de escola de normalistas, e por aí vai.
Comentários a parte, no tocante aos diversos subtítulos de trabalhos que
atualmente fazem parte de uma Sessão Ordinária, alguns deles não dependem de
liturgia e ritualística. É o caso de uma Sessão Ordinária Administrativa que,
diferente de uma Sessão Ordinária Regular, não possui ritual próprio, pois os
assuntos que levaram à sua realização são plurais.
Geralmente as Sessões Ordinárias Administrativas são convocadas quando a
matéria é polêmica e com muitos debates. Nesse sentido, de modo disciplinado e
organizado, não há liturgia para giro da palavra, algo que é comum nas Sessões
Ordinárias Regulares.
Uma Sessão Ordinária Administrativa não depende de ser realizada dentro
da sala da Loja com abertura e encerramento ritualístico. É suficiente que ela seja
realizada em um ambiente coberto, mas sem nenhuma ritualística ditada por um
ritual. Há ritos que determinam a suspensão dos trabalhos ritualísticos para
esse fim em uma Sessão Ordinária Regular, mas esse não é o caso do REAA.
Outra característica de uma Sessão Ordinária Administrativa é a de que
ela terá sua ata aprovada no final dos trabalhos administrativos. A sessão deve
ocorrer obedecendo a pauta pela qual ela fora convocada.
Basicamente é isso.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
MAR/2023
Excelente explicação meu irmão Pedro Juk.
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