Em 01.12.2022 o Respeitável Irmão Jânio Naicin, Loja Canoas III Milênio, 470, REAA, GORGS, Oriente de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul, formula a seguinte questão:
CIRCUNVOLUÇÃO ESOTÉRICA
Ao cumprimentá-lo fraternalmente, recorro novamente ao Caro Irmão para
tentar, digamos, "elucidar" uma situação ritualística que vivenciei.
Visitando uma Loja em outro Oriente, do mesmo Rito, constatei que os Irmãos
M∴ de CCer∴ e Hosp∴ ao realizarem suas circunvoluções, respectivas, "passavam"
pelas cadeiras vazias do Templo e agiam como se lá estivesse
"sentado" alguém, oferecendo o "saco de coleta", ao final
da Sessão questionei alguns Irmãos sobre tal "procedimento ritualístico"
e fui informado que trata-se da "parte esotérica da loja", pois
ninguém pode garantir que não haja "algum Irmão ali sentado".
No Ritual em uso atualmente no GORGS não há nada a respeito, na minha
opinião, se me permite, é mais uma "invencionice" atrelada ao Rito.
Mas para dirimir a dúvida decidi recorrer ao Irmão.
CONSIDERAÇÕES
É meu Irmão, de fato morro e não vejo tudo. Na verdade, isso seria
cômico se não fosse trágico para a nossa verdadeira ritualística, tão sofrida pelas
invencionices e enxertos.
Agora, segundo alguns, graças a parte “esotérica da loja” (sic) fantasmas,
almas de outro mundo, e outros do gênero também ingressam nos trabalhos maçônicos.
Nada contra às crenças de cada um, contudo a Maçonaria não é palco para proselitismos religiosos ou de crenças individuais. Nesse sentido, em respeito à crença de cada um, cada maçom deve procurar expor e praticar a sua religiosidade, sua fé e os seus credos nos espaços apropriados para tal, nunca nos templos maçônicos, onde professar a crença em Deus é o suficiente para que os membros da Sublime Instituição construam um mundo melhor para a humanidade.
Infelizmente, contudo, tem horas que alguns Irmãos parecem ter voltado às crendices da Idade Média (noite dos mil anos) e, ao invés de combater as trevas, a ignorância e a superstição, ao contrário, apregoam ideias que se ocultam nas sombras.Ora, ora, ora... Isso é uma atitude imprópria para os canteiros da
Maçonaria. A prova é que os nossos rituais não apregoam esses absurdos.
A propósito, os “videntes” poderiam nos explicar, por exemplo, como
fazer a conferência das bolsas nesses casos. Afinal, os “fantasmas”
materializam óbolos ou propostas e informações, ou essas contagens fazem parte
dos costumes do além. Seria bom também saber, nesse caso, se a Loja possui livro de
presenças para Irmãos do “outro mundo”. Afinal, eles aparecem para votar nas
deliberações da Loja?
Sem mais comentários... Lembrando Stanislaw Ponte Preta e o seu famoso FEBAPA
(Festival de Besteiras que Assola o País), parece que a Maçonaria também acaba
de ganhar o seu FEBEAMA (Festival de Besteiras que Assola a Maçonaria).
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
ABR/2023
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