Em 01/02/2023 o Respeitável Irmão André Pepino, Loja Cavaleiros de Salomão, 2355, GOB-PR, REAA, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, faz a pergunta seguinte:
LIVRO DA LEI E O CANDIDATO
Estamos nos preparando para iniciar um mulçumano em nossa Loja agora em março e estamos com algumas dúvidas que contamos contigo para suportar a gente (somos REAA).
1) Na iniciação, temos 2 iniciados. Ele
(mulçumano) e um outro cristão. Neste caso, no momento do juramento, cada um
faz o juramento em seus respectivos livros (i.e.: Alcorão e Bíblia)? Ou devemos
adotar apenas 1, mas impactando na crença do outro?
2) Após a iniciação, fica facultativo escolher
qual o livro da lei a ser usado, ou devemos usar
o livro da lei em que a
maioria presente segue, ou ainda, seria possível ter os 2 livros da lei abertos
ao mesmo tempo?
CONSIDERAÇÕES
Na cerimônia de Iniciação,
conforme previsto no Ritual de Aprendiz do REAA, página 17, a Bíblia deve estar
presente. No entanto, se houver candidato não cristão, ele tem o direito de
prestar o seu juramento sobre o Livro da Lei da sua religião – Alcorão, Vedas,
Torá, Bhagavad Gita, etc.
Diante dessa possibilidade, sem
retirar a Bíblia do centro do Altar dos Juramentos, disponibiliza-se ao lado o
Livro da Lei condizente com a religião do candidato para que ele possa prestar
a sua obrigação.
Nesse caso, como o candidato é muçulmano, disponibiliza-se o Alcorão (do árabe “al-qurãn” que significa “a leitura”) que é o livro sagrado dos maometanos e onde se encontram as revelações feitas por Alá ao profeta Maomé.
Nessa condição, o outro livro
sagrado disponibilizado não deve estar aberto, bastando para tal que ele esteja
disponível para o candidato prestar o seu juramento na forma de costume.
Nas sessões ordinárias
(econômicas) não é obrigatória a exposição de outro Livro da Lei além da Bíblia,
no entanto, havendo Irmão de outra religião e for esse o seu desejo, é possível
colocar outro Livro ao lado da Bíblia sobre o Altar, todavia fechado, pois não
há leitura de nenhum outro trecho se não o mencionado no ritual.
A despeito desses comentários,
vale lembrar que a Maçonaria não é uma religião. A bem da verdade o Livro da
Lei não está presente na Loja para dogmas e pregações, mas para que o maçom tenha
diante de si o seu código de ética e moral.
Ao concluir, recomenda-se que
a Loja comunique aos padrinhos e sindicantes que prestem os melhores
esclarecimentos possíveis ao candidato sobre detalhes que envolvam a sua prática
religiosa e a liturgia maçônica. É oportuno lembrar que existem religiões que
não admitem a genuflexão entre os seus membros.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
MAI/2023
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