Em 11/05/2023 o Respeitável Irmão Otávio Alvares de Almeida, Loja Deus e Fraternidade, 51, REAA, GLEB (CMSB), Oriente de Cruz das Almas, Estado da Bahia, apresenta a dúvida seguinte:
PRIMEIRO VIGILANTE DE FRENTE PARA O VENERÁVEL.
Há muito tenho a curiosidade de saber o porquê
do 1º Vig ser o único obreiro que senta de frente para o Venerável Mestre.
Também por que na verificação se os obreiros
são Maçons na Sessão de Companheiro saem os dois Vig conferindo quando nas de
Aprendiz e Mestre apenas o 1º Vig?
Aguardando o seu pronunciamento
CONSIDERAÇÕES
Especificamente sobre os lugares dos dois Vigilantes, o 1º fica à noroeste
voltado para o Oriente e
o 2º ao Meio-Dia voltado para o eixo do templo.
A justificativa para os Vigilantes assim se situarem é porque o 1º, a noroeste,
representa o ocaso do Sol, isto é, oposto ao Venerável Mestre que fica no lugar
da aurora. O Venerável Mestre e o 1º Vigilante ficam voltados um para o outro
porque ambos, respectivamente, se relacionam com o nascer e o poente do Sol. Já
o 2º Vigilante, do
meridiano do Meio-Dia, tem a função de observar essa
transição. Desse modo, ele vê do topo do Sul, à sua frente e a direita, o
nascer do Sol, vê também o seu ápice no zênite, e finalmente à sua esquerda, o poente.
Nessa conjuntura, vale relatar que o REAA é um rito solar e os limites
do seu templo correspondem aos quatro pontos cardeais – Leste/Oeste no seu comprimento,
e Norte/Sul na sua largura. O templo é a oficina onde trabalham os maçons. Sob
essa óptica, o seu piso (pavimento mosaico) representa um segmento retangular da
superfície da Terra situado sobre o equador. O céu é a abóbada.
Graças a isso é que o Venerável e os Vigilantes, como as Luzes da Loja,
têm seus lugares distribuídos nos extremos do Sul, do Leste e do Oeste.
Vale notar que no Ocidente, além dos Vigilantes, também há Oficiais distribuídos
de frente para o Oriente (Expertos, 2º Diácono, etc.), e outros voltados para o
eixo do templo (Mestre de Cerimônias, Chanceler, Tesoureiro, etc.).
No que diz respeito à verificação nas Colunas, obviamente que ela é
simbólica e denota o exercício da prudência. Assim, no grau de Aprendiz apenas
o 1º Vigilante do seu lugar faz a verificação em ambas as Colunas, Já no Grau
de Companheiro e de Mestre, observando maior prudência, cada Vigilante percorre
a sua Coluna e individualmente faz a verificação. Esses exames relembram o
passado operativo onde primitivamente os construtores se protegiam dos cowans.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
OUT/2023
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