Em 03.08.2023 o Respeitável Irmão Marcelo Guazzelli, Loja Fraternidade VII, REAA, GORGS (COMAB), Oriente de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a dúvida seguinte:
ORADOR, CHANCELER E TESOUREIRO
No REAA algumas funções em loja parecem distorcidas
ou misturadas, gerando alguma confusão entre os irmãos. Considerando o correto
e histórico, não levando em conta os rituais: O Chanceler é o responsável por
saudar os irmãos aniversariantes e seus familiares ou essa função seria do
Orador?Da mesma forma, quem anuncia o valor arrecadado no
Tronco? O Tesoureiro ou o Orador? Certo de suas considerações, como de costume,
antecipadamente agradeço.
CONSIDERAÇÕES
Sob o ponto de vista da originalidade, isto é, não se levando em conta o
que expressam de modo discordante alguns rituais, no REAA o é do Chanceler o ofício
de anunciar quem são os aniversariantes da semana.
A vista disso, o Chanceler tem a missão é “anunciar”, ficando a saudação
aos aniversariantes, e também aos visitantes, por conta e ofício do Orador, que
apresenta esses cumprimentos de modo sucinto no momento em que ele dá as
conclusões como Guarda da Lei.
No tocante ao Tronco, quem de fato deveria conferir o produto seria o
Orador, anunciando em seguida ao Venerável Mestre o resultado da coleta.
Registre-se que originalmente o Hospitaleiro encarrega-se de fazer a
coleta, enquanto que o Orador, como subscritor da lei, é quem confere o valor
apurado, debitando-o depois à tesouraria para crédito da hospitalaria da Loja.
Isso se explica porque historicamente era o Guardião da Lei quem recebia
e pesava os metais preciosos destinados a ajudar as viúvas e necessitados da
Loja. Uma característica dessa performance é que as doações, geralmente
recebidas moedas em metais preciosos, eram pesadas à vista de todos na mesma
reunião em que ocorrera a coleta. Com isso o Guarda da Lei, diante dos demais
demonstrava a lisura no trato com o produto arrecadado.
Sem nenhuma pretensão de desrespeitar rituais, vale registrar que muitos
ritualistas, por mero desconhecimento da história, acabariam alterando a ordem dos
trabalhos dando o ofício de conferir o Tronco ao Tesoureiro. Graças a isso, foi
que essa prática, mesmo que contraditória, acabou se tornando consuetudinária em
muitos rituais, ou seja, em vez de o Orador conferir e informar, essa missão
passou diretamente para o Tesoureiro.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2023
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