Em 22.08.2023 o Respeitável Irmão Gime Lessa Cardona, Loja Obreiros de Macaé, 2075, REAA, GOB-RJ, Oriente de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, faz as perguntas seguintes:
USO DA PALAVRA NO ORIENTE E ABORDAGEM NA CIRCULAÇÃO
Terminei meu período de Veneralato no mês de junho onde tentei adotar e
adaptar nossa ritualística de acordo com o SOR. Mas, 2 pontos não consegui
explicação além da live que assisti do irmão onde falava:
· Os
irmãos que estão no Ocidente falam de pé e à ordem, os irmãos do Oriente se
desejarem falar de pé fazem uso da palavra de pé e a ordem, mas se desejarem,
fazem uso da palavra sentados. Por gentileza, o irmão pode me enviar essa
explicação da nova orientação?
· Segundo,
há em nosso estado, uma orientação que se faça a circulação do Saco de
Propostas e do Tronco de Beneficência onde nos é dito que o trono de Salomão é
indivisível, mas em nosso ritual não fala nada sobre isso. O irmão pode me
orientar melhor?
CONSIDERAÇÕES
No caso do uso da palavra no Oriente, de fato nada mudou. O que existe é
que foi inserida uma orientação sobre como se deve proceder quando do uso da
palavra naquele espaço em Loja do REAA.
Graças a isso é que sob a óptica iniciática os ocupantes do espaço oriental
(somente Mestres) podem falar sentados, exceto quando o ritual determinar que
se fale em pé. Todavia, se por deferência (como a grande maioria faz) alguém no
Oriente preferir falar em pé, então deve se colocar à Ordem.
O Oriente da Loja é o lugar reservado apenas a aqueles que alcançaram a
plenitude maçônica, uma das características dos Mestres Maçons.
Como espaço diferenciado note-se que no Oriente também não existe
telhamento, já que tudo o que ali se organiza é de responsabilidade do
Venerável Mestre. Vale lembrar que iniciaticamente o Oriente é o lugar da Luz, o
que faz com que algumas práticas da liturgia maçônica se diferenciem daquelas
praticadas no Ocidente – esotericamente explica-se como o mundo espiritual
(Oriente) e o material (Ocidente).
Quando ao giro da bolsa, efetivamente o Irmão não encontrará nada sobre
o tal “trono indivisível”, simplesmente porque isso não passa de uma mera invenção.
O que de fato existe é a regra de que no REAA, durante o giro das
bolsas, primeiramente faz-se a abordagem nos seis primeiros cargos descritos no
ritual e no SOR. Esses seis primeiros cargos, somados ao cargo do Mestre de
Cerimônias se constituem no número mínimo de sete Mestres indispensáveis para
se abrir uma Loja, no caso uma do REAA.
Assim, não importando quem esteja ocupando as duas cadeiras de honra situadas
ao lado direito e esquerdo do trono, a ordem de abordagem no giro segue em
primeiro as Luzes da Loja (Venerável, 1º e 2º Vigilantes), depois o Orador, o
Secretário e o Cobridor Interno. Tão-somente após terem esses seis cargos sido
abordados é que o titular retorna ao Oriente para prosseguir com a coleta,
então começando pelos ocupantes das duas cadeiras de honra.
Essa "estória" de trono indivisível não passa de uma
justificativa capenga para tentar explicar uma prática incorreta.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
FEV/2024
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