Em 12/06/2017 o Respeitável Irmão
Flávio Augusto Batistela, Coordenador Estadual de Comunicação e Imprensa GOSP-GOB,
Loja Solidariedade e Firmeza, 3052, REAA, Oriente de Dracena, Estado de São
Paulo, formula a seguinte questão:
O ATO DE SE AJOELHAR. COM QUAL JOELHO?
Meu Irmão, mais uma vez recorro a sua sabedoria maçônica para sanar uma
dúvida: Na iniciação, no momento em que o candidato é levado ao Altar dos
Juramentos, ainda vendado, para fazer o seu juramento, o mesmo é orientado a
ajoelhar-se com o joelho esquerdo. Em outra ocasião, após receber a Luz, o
mesmo é levado novamente ao Altar dos Juramentos, para ser sagrado (não sei se
seria esse o termo correto) pelo Venerável Mestre como Aprendiz Maçom. Nessa
oportunidade, o mesmo ajoelha-se com o joelho direito. Qual a simbologia ou
qual o objetivo de ajoelhar-se com joelhos diferentes nessas oportunidades?
Qual o objetivo, na primeira vez que o mesmo ajoelha, deve estar com um
compasso na mão esquerda apontado para o peito?
CONSIDERAÇÕES.
O correto no simbolismo do REAA\ seria o seguinte. O Aprendiz em
genuflexão apoia o joelho esquerdo no chão, o Companheiro o direito e o Mestre
Maçom, ambos os joelhos.
Alguns autores
querem formalizar essas intercalações de genuflexão associando-as às Colunas
que os Aprendizes ocupam na Loja iniciaticamente. Assim, sob essa óptica, a
genuflexão esquerda (de frente para o Oriente) corresponderia a Coluna do
Norte, à direita a Coluna do Sul e com ambos os joelhos corresponderia as duas
Colunas, já que o Mestre, em primeira análise, pela plenitude alcançada é
senhor de todos os quadrantes da Loja, ou possui livre trânsito nas Colunas e
no Oriente.
Eu particularmente
entendo que isso é mera especulação, pois essas genuflexões quando feitas,
ocorrem junto ao Altar dos Juramentos que fica no Oriente. Ora, o Oriente é um
quadrante da Loja e nele não existem Colunas no Norte e do Sul, senão um superficial
aspecto de orientação que é nordeste e sudoeste do Oriente.
No mais, cabe
lembrar que no Oriente não existe circulação, o que comprova nele a
inexistência de espaços denominados Colunas Norte e Sul.
Pela óptica da
razão, penso que as diferenças das genuflexões conforme cada um dos Graus
Simbólicos simplesmente se dá para diferenciar os procedimentos ritualísticos,
obviamente que isso só acontece em bons rituais que cumprem a exigência da
Arte, pois muitos deles, infelizmente, continuam a apresentar contradições ou
falta de clareza na forma de se executar, o que geralmente acontece por falta
de atenção dos ritualistas ou mesmo por simples erro de impressão.
Quanto ao Compasso aberto no máximo até
90 graus que vai empunhado pela mão esquerda com uma das pontas apoiadas no
lado esquerdo do peito do protagonista e a outra voltada para cima,
simbolicamente a que vai ao peito denota a certeza de que doravante o coração
do iniciado será regido pela justa medida, enquanto que a outra apontada para o
alto busca representar, conforme a sua fé, a ligação que o Iniciado tem com o Arquiteto
Criador.
Para essa alegoria,
nunca se deve utilizar o Compasso que constitui uma das Luzes Emblemáticas.
Nessas ocasiões o Arquiteto (Decorador) deve providenciar e colocar
estrategicamente antes outro instrumento para essa liturgia.
Dando por concluído,
veja também “Formas de Genuflexão” no Blog do Pedro -Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br –
Perguntas e Respostas – julho/2017.
T.F.A.
PEDRO JUK
AGO/20017.
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