segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O ATO DE SE AJOELHAR. COM QUAL JOELHO?

Em 12/06/2017 o Respeitável Irmão Flávio Augusto Batistela, Coordenador Estadual de Comunicação e Imprensa GOSP-GOB, Loja Solidariedade e Firmeza, 3052, REAA, Oriente de Dracena, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:

O ATO DE SE AJOELHAR. COM QUAL JOELHO?


Meu Irmão, mais uma vez recorro a sua sabedoria maçônica para sanar uma dúvida: Na iniciação, no momento em que o candidato é levado ao Altar dos Juramentos, ainda vendado, para fazer o seu juramento, o mesmo é orientado a ajoelhar-se com o joelho esquerdo. Em outra ocasião, após receber a Luz, o mesmo é levado novamente ao Altar dos Juramentos, para ser sagrado (não sei se seria esse o termo correto) pelo Venerável Mestre como Aprendiz Maçom. Nessa oportunidade, o mesmo ajoelha-se com o joelho direito. Qual a simbologia ou qual o objetivo de ajoelhar-se com joelhos diferentes nessas oportunidades? Qual o objetivo, na primeira vez que o mesmo ajoelha, deve estar com um compasso na mão esquerda apontado para o peito?

CONSIDERAÇÕES.

O correto no simbolismo do REAA\ seria o seguinte. O Aprendiz em genuflexão apoia o joelho esquerdo no chão, o Companheiro o direito e o Mestre Maçom, ambos os joelhos.
Alguns autores querem formalizar essas intercalações de genuflexão associando-as às Colunas que os Aprendizes ocupam na Loja iniciaticamente. Assim, sob essa óptica, a genuflexão esquerda (de frente para o Oriente) corresponderia a Coluna do Norte, à direita a Coluna do Sul e com ambos os joelhos corresponderia as duas Colunas, já que o Mestre, em primeira análise, pela plenitude alcançada é senhor de todos os quadrantes da Loja, ou possui livre trânsito nas Colunas e no Oriente.
Eu particularmente entendo que isso é mera especulação, pois essas genuflexões quando feitas, ocorrem junto ao Altar dos Juramentos que fica no Oriente. Ora, o Oriente é um quadrante da Loja e nele não existem Colunas no Norte e do Sul, senão um superficial aspecto de orientação que é nordeste e sudoeste do Oriente.
No mais, cabe lembrar que no Oriente não existe circulação, o que comprova nele a inexistência de espaços denominados Colunas Norte e Sul.
Pela óptica da razão, penso que as diferenças das genuflexões conforme cada um dos Graus Simbólicos simplesmente se dá para diferenciar os procedimentos ritualísticos, obviamente que isso só acontece em bons rituais que cumprem a exigência da Arte, pois muitos deles, infelizmente, continuam a apresentar contradições ou falta de clareza na forma de se executar, o que geralmente acontece por falta de atenção dos ritualistas ou mesmo por simples erro de impressão.
Quanto ao Compasso aberto no máximo até 90 graus que vai empunhado pela mão esquerda com uma das pontas apoiadas no lado esquerdo do peito do protagonista e a outra voltada para cima, simbolicamente a que vai ao peito denota a certeza de que doravante o coração do iniciado será regido pela justa medida, enquanto que a outra apontada para o alto busca representar, conforme a sua fé, a ligação que o Iniciado tem com o Arquiteto Criador.
Para essa alegoria, nunca se deve utilizar o Compasso que constitui uma das Luzes Emblemáticas. Nessas ocasiões o Arquiteto (Decorador) deve providenciar e colocar estrategicamente antes outro instrumento para essa liturgia.
Dando por concluído, veja também “Formas de Genuflexão” no Blog do Pedro -Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br – Perguntas e Respostas – julho/2017.

T.F.A.

PEDRO JUK


AGO/20017.

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