segunda-feira, 4 de agosto de 2025

COLUNA "J" NA INSTRUÇÃO

Em 27.01.2025 o Poderoso Irmão Rodrigues Bueno Junior, Secretário Estadual de Orientação Ritualística, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a questão seguinte.

 

COLUNA J

 

Mais uma vez venho me recorrer dos conhecimentos do querido Ir para esclarecimento de uma dúvida pois, como Secr de Ritualística do GOB-SP tenho recebido diversas consultas e gostaria de sua orientação para que eu possa orientar os IIr de nosso Oriente de forma correta.

No novo Ritual de Aprendiz do REAA - 4. 2 - 2ª Instrução - pág. 191 consta o seguinte texto: "Porque o 2º Vig ao Meio-Dia, representante da BELEZA, da Col J, fiscaliza e mantém a estabilidade [...]”.

A dúvida é a seguinte:

Por ser uma Instrução para os Aprendizes, é correto soletrar (ou silabar) a palavra J que é a Pal Sagr do Grau de Companheiro? Por ter os 03 pontos depois do J, deduz-se ser a abreviação de J.

Como devemos proceder quando se ministra essa Instrução? Falar apenas a palavra J, sem soletrá-la ou silabá-la, isso é correto?

 

ORIENTAÇÃO

 

Como se trata de uma instrução a ser ministrada para Aprendizes, recomenda-se que na oportunidade ela seja apenas mencionada como "Coluna J", isto é, sem pronunciá-la por ssílab, nem por inteira, já que iniciaticamente esta palavra é uma conduta pertencente ao ideário simbólico do Grau de Companheiro Maçom.

Assim reitera-se, em instruções para Aprendiz, quando eventualmente aparecer a palavra J., o melhor é identificá-la apenas pela letra inicial "J".

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

AGO/2025

TRABALHOS NA PODEROSA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MAÇÔNICA

Em 25.01.2025 o Venerável Irmão José Bento de Oliveira, Deputado Estadual pela Loja Ordem e Progresso, 133, REAA, GOMG (COMAB), Oriente de Belo Horizonte, apresenta a questão seguinte:

 

TRABALHOS NA P A L MAÇÔNICA

 

Como Deputado vejo os Irmãos circulando nas Sessões da Soberana Assembleia Legislativa, como se estivesse em uma reunião de Lojas.

O Mestre de Cerimônias circulando com cajado, se o 1º ou o 2º Vice Presidente se ausenta do seu lugar para fazer uso da tribuna, logo outro Irmão já ocupa a cadeira do Irmão ausente (às vezes por minutos), dizendo que aquela cadeira não pode ficar vazia; o Presidente da Casa coloca a palavra "nas colunas do norte e sul"; o Mestre de Cerimônias anuncia a entrada do Presidente e conduz o Orador para a abertura do Livro da Lei. Enfim, isso é normal?

Na minha opinião reunião de Assembleia Legislativa não tem ritualística, o que é próprio das Lojas.

Gostaria de poder contar com a sua costumeira atenção, tirando-me estas dúvidas.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Eu desconheço qualquer ritual iniciático que seja especifico para os trabalhos das Assembleias Legislativas Maçônicas. Vale lembrar que um Poder não interfere em outro, portanto cada um segue as suas diretrizes.

Particularmente eu não vejo o plenário de uma Assembleia Legislativa Maçônica (poder legislativo) como fosse uma Loja Maçônica, esta última com seu rito que determina a liturgia dos seus trabalhos iniciáticos subordinados a uma Secretaria de Orientação Ritualística (poder executivo).

Nada impede, no entanto, que a Assembleia Legislativa Maçônica possua seu ritual (regimento) para ordenar o andamento dos seus trabalhos no plenário, todavia, sem qualquer vínculo ritualístico com os trabalhos litúrgicos e iniciáticos das Lojas pertencentes à Obediência.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

AGO/2025

LUGAR DOS VIGILANTES NO REAA

Em 23.01.2025 o Respeitável Irmão Antonio da Silva, Loja União Mocoquense, REAA, GOP (COMAB), Oriente de Mococa, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

 

LUGAR DOS VIGILANTES

 

Em qual Rito, o 1º vigilante fica defronte ao Venerável Mestre? Quando houve a mudança do Segundo Vigilante do sudoeste para o Sul?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Dos ritos mais conhecidos aqui no Brasil, o Rito de York (vertente inglesa) traz o 1º Vigilante literalmente no Oeste e de frente para o Venerável Mestre, enquanto que o 2º Vigilante ao Sul, fica sobre no meridiano do Meio-dia, voltado para o Norte.

O mesmo também ocorre com o Rito Schröder, onde o 1º Vigilante, balizado pela porta ocidental do Tapete, ocupa lugar no Ocidente e fica literalmente de frente para o Venerável, enquanto que o 2º Vigilante, no Sul, balizado pela porta meridional do Tapete, ali se coloca voltado para o Norte.

No caso do REAA, mesmo sendo de origem francesa, por circunstâncias históricas ele acabou adquirindo muitos costumes da vertente inglesa de Maçonaria (Anglo-saxônica). Um exemplo disso é a localização do 2º Vigilante sobre o meridiano do Meio-dia na Loja.

              Assim, tal como o Rito de York, e também o Schröder, o REAA traz originalmente o seu 2º Vigilante no Sul, e não a sudoeste como é comum na maioria dos ritos nascidos na França.

No REAA a localização dos Vigilantes se deve ao primeiro projeto de ritual para o seu simbolismo, então elaborado em 1804 na França. Nele, o 2º Vigilante já era colocado no Sul enquanto que o 1º Vigilante, no Ocidente, ficava a Noroeste, e não literalmente de frente para o Venerável Mestre como ocorre no Rito de York.

Nesse contexto vale mencionar que os ritos de origem francesa geralmente têm a porta de entrada e saída dos seus Templos localizada no meio da parede ocidental, por onde passa, no centro da mesma, a linha imaginária do equador, que simbolicamente divide a Loja em duas Colunas, a do hemisfério Norte e a do Sul.

Já no Rito de York, por exemplo, a porta de entrada tanto pode ficar no centro da parede Oeste, como a Noroeste, não havendo, neste particular, nenhuma regra rígida que fixe o local da porta de entrada da sala da Loja.

Em relação à porta dos templos nos ritos Moderno e Adonhiramita, ritos esses de origem francesa, a porta fica no centro da parede ocidental, entre os dois Vigilantes.

No caso do REAA, que também é filho espiritual da França, em detrimento das extintas Lojas Capitulares e do Grande Oriente da França, houve indesejáveis mudanças no seu ritual primeiro simbólico, das quais uma delas foi trazer o 2º Vigilante, do seu lugar original ao Meio-dia, para o Sudoeste, de costas para a parede ocidental e voltado para o Oriente, simétrico ao 1º Vigilante - este enxerto nada mais era do que uma cópia dz posição do 2º Vigilante no Rito Moderno.

Essa equivocada configuração iria durar até a extinção das Lojas Capitulares (início do século XX), oportunidade em que o 2º Vigilante acabaria voltando para o seu lugar primário, ao Sul, sobre o meridiano do Meio-dia para poder melhor observar a passagem do Sol – da aurora ao zênite, e deste ao seu ocaso - sendo condizente com o que alude os verdadeiros rituais do REAA.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

AGO/2025