quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

LITURGIA E RITUALÍSTICA - ELEMENTOS DOS RITUAIS DE 2024

Em 19.02.2025 o Respeitável Irmão Gilmar Dietrich, Loja Perseverança e Vigor, 2638, REAA, GOB-SP, Oriente de Rio Claro, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte

 

LITURGIA E RITUALÍSTICA

 

Gostaria de tirar algumas dúvidas sobre ritualística.

- Quando usamos da palavra, no Ocidente, devemos estar em pé e a ordem. Acontece que em algumas das falas, temos um lembrete, ou ainda, temos que fazer uma leitura de um documento, ou coisa parecida. Esses apensos, são considerados instrumento de trabalho e suficiente para desfazer o sinal? Se sim, o Venerável Mestre deve consentir o desfazimento do sinal? Qual é a maneira correta de se portar nessas situações.

- Outra situação ainda é que nas falas, sem portar nenhum objeto ou lembrete, ainda com o sinal de ordem (principalmente Grau 1), fica gesticulando com o braço, esquerdo. Em alguns
Irmãos, isso é impossível de controlar. Não seria mais coerente, ficar sem o sinal?

- Nas coletas, do saco de proposta e informação, ou no tronco de beneficência, normalmente em nossa Loja, é auxiliado, no caso do Mestre de Cerimônias, auxiliado por outro Mestre ou então pelo próprio Hospitaleiro, e vice-versa. Este procedimento pode ser adotado? Como fica a ritualística nesse caso? Ambos devem permanecer “entre colunas” ou no “eixo” no ocidente, no início e no final do giro?

- No ritual do Grau 2, consta em uma das passagens onde o Mestre de Cerimônias está com o candidato junto ao 2º. Experto, e logo em seguida precisa levar o candidato até o 2º. Vigilante para trabalhar na PP. Nesse caso eles devem fazer o giro, ou, podem ir direto?

 

CONSIDERAÇÕES:

1.    No caso de estar com as mãos ocupadas, o Ir que irá fazer a leitura deverá antes segurar os documentos e afins com a sua esquerda. Assim, com o Sin de Ord, por primeiro deverá se dirigir protocolarmente à Loja. Nesta condição, o Venerável Mestre, depois de ter o Ir se dirigido à Loja pela forma de costume, o autorizará a a desfazer o Sinal. O Ir que fará a leitura então deverá segurar o documento com as duas mãos para fazer a leitura. Concluída a mesma, o Ir voltará a tomar o seu assento imediatamente. Vale lembrar que nesta condição não se deve voltar ao Sin de Ord para logo desfazê-lo novamente, antes de se sentar.

Caso o Venerável Mestre, antes da leitura, não tiver se apercebido da necessidade de se dispensar o Sin, o próprio Ir que fará a leitura pedirá a dispensa ao Venerável.

2.    Os SSinde cada um dos três graus do simbolismo são sempre feitos, no REAA, com a mão direita, a despeito de que no grau de Comp também se faça uso da mão esquerda como complemento do Sin. Assim, eventuais gestos e movimentos (cacoetes) que porventura sejam feitos com a mão esquerda por parte de alguns IIr quando usam a palavra no 1º e no 3º Graus não alteram a essência do Sin. Obviamente, o recomendável é que no 1º e 3º Graus o braço esquerdo fique sempre caído e parado ao longo do corpo, todavia, se por hábito o Ir que estiver falando fizer alguma gesticulação com a mão esquerda, a mesma é perfeitamente tolerável. O que de fato não pode acontecer é uma inversão de valores, ou seja, se dispensar o uso consagrado do Sin para os IIr que têm o hábito de gesticular enquanto falam. Nesse caso é preferível sempre manter o Sin, do que dispensá-lo.

3.    Não está previsto, no ritual vigente, nenhum auxiliar para os titulares que circulam com a bolsa de propostas, ou de caridade. O ritual é claro quando menciona que é o Mestre de Cerimônias (apenas ele) ou o Hospitaleiro (apenas ele) que munidos da bolsa realizam, cada qual o giro para a coleta. Não existe nenhum auxiliar previsto e há nem ritualística para tal. Um ritual não será alterado para se adequar aos costumes de uma Loja que indevidamente se utiliza de práticas que não constam no ordenamento litúrgico. Ora, sem inversão de valores, são as Lojas que devem seguir o ritual, não ao contrário.

4.    Inicialmente, vale relatar que no REAA a pedra é titulada como Cúbica e não Polida. Dito isto, conforme consta no ritual de Comp(2024), nesta passagem ritualística o M de CCer∴, e o seu conduzido, já estão na Coluna do Sul, próximos ao 2º Exp. À vista disso, a Pedra Cúbica também se encontra na Coluna do Sul, junto ao lugar do 2º Vig. Logo, todos estão na mesma Coluna, e na mesma Coluna não existe circulação. Assim, o M de CCer, e o seu conduzido, sem circular, saem das proximidades do 2º Exp e se dirigem diretamente à Pedra Cúbica. A regra é de não se dar a volta ao Mundo para parar no mesmo lugar.

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

ESPADAS APONTADAS PARA O NEÓFITO

Em 02.08.2024 o Respeitável Irmão Volnei do Lago, Loja Estrela Caldense, GOMG (COMAB), REAA, Oriente de Poços de Caldas, Oriente de Minas Gerais, apresenta o que segue:

 

SEMICÍRCULO E ESPADAS

 

Ao visitar uma Loja aqui de Poços de Caldas em uma Sessão de Iniciação, percebi uma mudança na ritualística, qual seja o posicionamento dos Irmãos com as espadas apontadas para os Neófitos. Ao invés de formarem um semicírculo de frente para eles, estavam 6 seis irmãos, naturalmente, em linha na Coluna do Sul e outros 6 irmãos em linha na Coluna do Norte e com as espadas sim apontadas para os Neófitos. Me informaram que esse posicionamento é de origem e se presta a permitir que o(s) Neófito(s) tenham uma visão do Livro da Lei. Pergunto: isso procede? É de fato um posicionamento original do REAA?

 

              O correto para o REAA é que os Irmãos que apontam espadas para o Neófito fiquem na fileira da frente de cada uma das Colunas Norte e Sul. Ficam em pé, empunhando cada qual a espada com a mão direita na direção do(s) Neófito(s).

Quanto a quantidade de Mestres Maçons que apontam espadas no dispositivo, não existe número definido. Recomenda-se número par de Mestres distribuídos igualmente nas Colunas. O mais recomendado é que nunca seja menos do que seis Mestres Maçons - mínimo
de três para cada lado.

No REAA não se forma nenhum semicírculo com Irmãos armados de espadas e voltados para o(s) neófito(s). Este semicírculo é prática de outro Rito que indevidamente foi enxertado nos rituais do REAA. Assim, as espadas são apontadas pelos titulares, porém das cadeiras frontais nas Colunas Norte e Sul.

No que diz respeito ao REAA, logo que o Neófito recebe a Luz, a sua visão não deve ser coberta ou ofuscada por nenhum objeto ou obstáculo, de tal maneira que ele possa, neste momento, enxergar ao fundo, à sua frente, o Livro da Lei, o Comp e o Esq sobre o Alt dos JJur.

Na alegoria do “Faça-se a Luz”, o Iniciado no REAA recebe a Luz no extremo do Ocidente. Nesse instante, voltado para o Oriente, ele vislumbra ao fundo o lugar da Luz, objetivo final que todo o iniciado deve alcançar para obter a sua plenitude maçônica.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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FEV/2025

 

ALDRAVA E TERNO COM LISTRAS

Em 01.08.2024 o Respeitável Irmão João Jonas da Costa Júnior, Loja Estrela do Rio Formoso, 3036, REAA, GOB-MS, Oriente de Bonito, Estado de Mato Grosso do Sul, apresenta as questões seguintes.

 

ALDRAVA E TERNO COM LISTRAS

 

Estou com algumas dúvidas e preciso de sua orientação, por favor:

1. Podemos usar aldrava na porta do templo ou as batidas do grau tem que ser com a mão fechada apenas, sem qualquer tipo de dispositivo?

2. O terno e a camisa do traje têm que ser lisos ou podem ter listras na cor (terno com listras pretas e camisa com listras brancas)?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Aldrava[1] - Não vejo problemas, desde que nos momentos antevistos pelo ritual a bateria seja dada conforme o que nele estiver previsto - com o punho cerrado, ou com o punho da espada. Ocasiões em que não se façam necessárias estas observações, nada impede bater à porta se utilizando da aldrava.

Listras - Deixando de lado os excessos de preciosismo, se as listras forem discretas, pouco perceptíveis, é aceitável. No entanto, alerta-se: o mais recomendável é que a vestimenta seja literalmente preta ou azul marinho, como está previsto no Ritual.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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jukirm@hotmail.com

 

 

FEV/2025



[1] Aldrava - Argola ou maça de metal com que se bate às portas, chamando a atenção de quem está dentro.

AS LOJAS DE SÃO JOÃO

Em 01/08/2024 o Respeitável Irmão Helio Senra, Loja União Força e Liberdade, 272, REAA, GLMMG (CMSB), sem mencionar o Oriente, Estado de Minas Gerais, faz a pergunta seguinte:

 

LOJAS DE SÃO JOÃO

 

Pretendo fazer um trabalho sobre Telhamento e na resposta à pergunta "De onde vindes" gostaria de saber o porquê de as Lojas Maçônicas serem chamadas de Lojas de São João

 

CONSIDERAÇÕES:

 

             O título de Lojas de São João tem origem ainda nas Lojas Operativas ou de Ofício, quando as confrarias de construtores da Idade Média, sob influência da Igreja, comemoravam os Joões, Batista e Evangelista por correspondências às datas solsticiais de verão e inverno no hemisfério Norte. (épocas propícias para o trabalho e para o descanso).

Consulte o meu blog - http://pedro-juk.blogspot.com.br - Lá o Irmão encontrará várias respostas que eu dei a respeito desse tema. Pesquise sobre o significado do símbolo “círculo entre paralelas tangenciais verticais”.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - 

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FEV/2025

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

LITURGIA E RITULAÍSTICA - QUESTÕES RITUAL DE APRENDIZ 2024 - REAA

Em 01.08.2024 o Poderoso Irmão Charles Fabiano Machado, Secretário Estadual Adjunto para o REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta as dúvidas abaixo elencadas:

 

LITURGIA E RITUALÍSTICA DO REAA

 

Vou tirar mais umas dúvidas, embora eu já tenha minha convicção, mas prefiro ir pela opinião do nosso Secretário Geral de Orientação Ritualística.

Estou fazendo Seminários de Ritualística em todo o Estado, e pairam sempre dúvidas dos irmãos no Geral. Vou enumera-las e se o irmão puder responder ficaria agradecido.

1.    Terno preto de risca, pode?

2.    VVen Mestres têm assento no Oriente junto aos Mestres Instalados ou do lado das Autoridades?

3.    Ordem de assinatura da ATA: Secr - VM e por último Orad?

4.    Sinal de aprovação do REAA, mão reta para frente ou levantada?

5.    Vigilantes não devem mais usar avental e punhos, conforme SOR?

6.    Autoridade quando for trabalhar em Loja, a exemplo de um Deputado, usa seus paramentos ou o colar do cargo que for exercer?

7.    Ordem correta de saudação na hora da palavra estando presente um Grão-Mestre?

8.    Quanto o Tesoureiro anuncia o troco de beneficência, o Venerável Mestre anuncia logo em seguida ou deixa para o momento de sua fala?

9.    Quanto as substituições em Sessões ordinárias, 1º Vig substitui o Ven Mestre, 2º Vig substitui o 1º Vig, 2º Exp substitui o 2º Vig?

10.  Na mesma linha, quando ocorrem as substituições o substituto, substitui o cargo com os seus paramentos? No caso 1º Vig assume o cargo de Ven Mestre com os paramentos de 1º Vig, e assim sucessivamente?

Acredito que essa são os questionamentos que sempre vem à tona com mais frequência no Seminário, e para continuar com as instruções, acho que grande valia as respostas desse Irmão pelo seu elevado conhecimento.

 

ORIENTAÇÕES:

  1. Sem os excessos de preciosismo, sendo um terno preto ou azul-marinho com riscas bem finas e discretas, não existem óbices;
  2. Tanto faz, pois ambos, Venerável Mestre e Mestre Instalado, também são tratados como autoridade da Faixa 01;
  3. Venerável Mestre, Orador e, por fim, o Secretário, que assina depois de ter recebido de volta a Ata assinada pelas outras duas Dignidades.
  4. Mão espalmada para baixo no alinhamento antebraço que vai esticado horizontalmente à frente. Isto não é Sinal, mas um "gesto de aprovação". Ninguém faria Sinal sentado;
  5.  Os Vigilantes continuam usando os aventais próprios para Vigilantes, com o colar, a joia e os punhos. Estes paramentos constam no novo ritual de 2024. Isso foi melhor avaliado e optou-se por não mudar;
  6. Autoridade ocupando cargo se mantém com seus paramentos completos (avental, colar/joia). Veste por cima do seu colar, o colar correspondente ao cargo que ele estiver preenchendo naquela na Loja. É imprescindível o uso do colar do cargo ocupado em Loja. Tudo isso está previsto no Ritual 2024 de Aprendiz, REAA, página 214;
  7. Ao se dirigir protocolarmente à Loja (isto não é saudação), dirige-se por primeiro às Luzes da Loja (detentores do malhete), depois as Autoridades presentes, sem a necessidade de nominá-las individualmente, e finalmente, de modo genérico, “demais Irmãos”. Mesmo que o Grão-Mestre esteja ao lado do Venerável Mestre, o usuário da palavra deverá se dirigir primeiramente às três Luzes;
  8. É recomendado que ele fale nas suas considerações finais. O Tesoureiro deve pedir, em momento apropriado, ao Vigilante para informar o valor da coleta. Vale salientar que a coleta deve ser conferida e anunciada na sessão, sendo proibido deixá-la lacrada para posterior conferência;
  9. Sim, esta é a ordem de substituições nas sessões ordinárias;
  10. Na substituição das Luzes, o substituto usará os seus paramentos, vestindo apenas a joia do cargo de quem ele estará substituindo. O 1º Vigilante, com avental e punhos dele, ocupará o lugar do Venerável Mestre vestindo a joia de Venerável; o 2º Vigilante substituirá o 1º com os seus paramentos (avental e punhos) vestindo o colar com a joia do 1º Vigilante; o 2º Experto substituirá o 2º Vigilante com o seu avental de Mestre, usando o colar e a joia do 2º Vigilante.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

ESCLARECIMENTOS - NOVO RITUAL DE APRENDIZ, 2024

Em 14.02.2025, um Poderoso Irmão Secretário Estadual de Orientação Ritualística, GOB, REAA, pede esclarecimentos ao Secretário-Geral de Orientação Ritualística, para o que segue:

 

ESCLARECIMENTOS – RITUAL 2024

Tem algumas questões que tem surgido nesta edição do Ritual de 2024, que se possível, gostaria de receber a orientação do Irmão como nosso Secretário-Geral de Or Ritualística.

1) - Na pág. 19, consta que o “2º Exp” será o substituto do 2º Vig. Por questão de hierarquia, não seria o “1º Exp”?

2) - Na pág. 41, na Senha de Reconhecimento, a resposta correta não seria: MM IIr c t m “rrec” (saiu “r”).

3) - Também na pág. 41, no como realizar ou executar o “Trip Frat Abr”, não faltou estabelecer a *posição do Rosto ou da Face*?

4) - Na pág. 45, no primeiro parágrafo: Entrando em "em família", os “AApr, CComp e
MMestr
visitantes” darão entrada depois que entrarem os *Apr, CComp e MMestr da Loja?” Se a entrada é "em Família", não poderiam entrar simultaneamente, independente se são do Quadro da Loja ou Visitantes?

5) - Na pág. 48 na verificação se todos nas CCol são Maçons, os Irmão não deveriam ficar em Pé e a Ordem, “voltados pra o Oriente”?

Desculpe incomoda-lo com essas coisas pequenas, porém entendo importante falarmos a mesma língua nesse momento de transição de Rituais, e a palavra oficial tem que vir do Estimado Irmão. TFA.

ORIENTAÇÕES:

1)    O 2º Exp, por ocupar lugar na Coluna do Sul, é quem substitui o 2º Vigilante. Entende-se que entre as Luzes da Loja, Dignidades e Oficiais, há hierarquia, o que ocorre somente entre as Luzes. No caso dos Expertos, como Oficiais de uma Loja, o numeral serve apenas como identificação.

2)    De fato, foi um erro de impressão e constará no novo SOR como uma “errata”.

3)    A colocação simultânea do br de um Ir por cima do ombr do outro já é o suficiente. Mencionar face com face pode induzir à prática do ósculo, o que não está previsto nos três movimentos.

4)    Por uma questão de padronização, no ingresso no Templo para a abertura dos trabalhos, há formação de préstito na ordem prevista no ritual. Aqui, o temo “em família” significa a entrada de visitantes que não ingressarão após a Ord do Dia. Assim, a prática menciona apenas organização para a entrada.

5)    No 1º Grau não, até porque é apenas o 1º Vig que faz a verificação, do seu lugar. À vista disto, não faria sentido que todos do Ocidente se voltassem para o Oriente, ficando todos praticamente de costas para o examinar. É por isso, como consta no ritual, que o 1º Vigilante se coloca em pé com o malhete apoiado no peito, razão pela qual, ele assim procedendo, hipoteticamente não mostra o Sin àqueles que devem se identificar pelo “Sin que fazem”.

T.F.A.

 

PEDRO JUK – SGOR/GOB

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FEV/2025

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

MANEIRA DE PEDIR A PALAVRA

Em 29/07/2024 o Irmão André Marcchione, Loja Aurora II, 2017, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta o que segue:

 

PEDINDO A PALAVRA

 

Hoje, como Companheiro do quadro de minha Loja, carrego uma dúvida desde minha iniciação: o pedido de fala no momento da Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular.

No REAA percebo que os irmãos pedem a palavra às Luzes dando um tapa na mão para fazer barulho.

Já presenciei em sessões de loja do Rito de York que os irmãos dão tapas na perna para fazer
barulho e pedir a palavra.

Pois bem, não encontrei isso nos rituais. Poderia auxiliar-me nessa questão?

1) Qual a origem dessa prática? 

2) Tem alguma fundamentação legal?

3) Quais assuntos podem ser abordados neste momento?

4) E a principal questão: Qual a forma correta de pedir a palavra às Luzes?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

  1. Cada rito, em muitos aspectos ritualísticos, possui particularidades próprias. Assim, um Irmão, para pedir a palavra, antes precisa chamar a atenção. Nesse sentido, em alguns ritos é comum bater-se com a palma da mão sobre a coxa, geralmente com a mão direita. Entretanto, em outros ritos chama-se a atenção batendo-se a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda, levantando-se, em seguida, o respectivo braço à frente para chamar atenção. Normalmente, todos esses procedimentos são feitos sentados. Deste modo, quem pede a palavra, depois de autorizado, fala em pé, de acordo com o que prescreve o rito.

A origem desses costumes é imemorial. Não há registro de quando isso começou. Vale salientar que o gestual utilizado para se pedir a palavra não é um sinal maçônico, senão apenas um gesto que, na maioria das vezes, se faz sentado.

  1. Ora, a fundamentação legal é seguir o que o ritual determina para o caso.
  2. São inúmeros, e não caberia lista-los aqui. O uso da palavra será de acordo com os assuntos previstos nos períodos previstos pelo Ritual. A Loja deve orientar os seus obreiros a respeito.
  3. Depende do Rito. Isto, como dito, geralmente está contido nos respectivos rituais, além dos ensinamentos que a Loja deve prestar aos seus obreiros nesse sentido. No caso do REAA, pede-se a palavra batendo, com a palma da mão direita, no dorso da mão esquerda fechada, levantando-se, depois, o braço direito à frente com a respectiva palma da mão voltada para baixo, tendo os dedos unidos. Ressalte-se, mais uma vez, que este aceno não é sinal maçônico, senão um gesto visando chamar atenção efetuado por quem estiver pedindo a palavra.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK – SGOR/GOB

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FEV/2025