Em 27.06.2020 o Respeitável Irmão Nelson Marimon, Loja Gênesis, 3.089, REAA, GOB-RS, Oriente de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:
C∴ PP∴ PP∴
Estou fazendo uma prancha sobre os CC∴ PP∴ PP∴ e tenho algumas
questões a respeito.
Segundo
o ritual de Mestre do GOB os CC∴ PP∴ PP∴ são usados na Exaltação
no momento de retirar o Irmão do e∴ e
no momento da trans∴ da
pal∴.
Existe algum outro momento em que se deve usar os CC∴ PP∴ PP∴?
O T∴ de Mestre pode ser
dado através de 3+3+3 bat∴ com
o pol∴
sobre a fal∴ do Irmão
ou pode ser feito a g∴ de
Mestre. Quando usar uma ou outra opção?
Sempre
que se usar a g ∴deverá
ser feito os CC∴ PP∴ de PP∴?
Qual
o t∴ deve
ser usado pelos VVig∴
quando percorrem as CCol∴
verificando se todo são MM∴ MM∴?
CONSIDERAÇÕES:
Vale
a pena mencionar que os C∴ PP∴ PP∴ da Maç∴ pertenciam originalmente ao Grau de
Comp∴, isto
à época em que a Maçonaria era ainda constituída por apenas dois graus. Era
conhecido como os C∴ PP∴ PP∴ do
Companheirismo.
No tocante
ao REAA, os C∴ PP∴ PP∴
atualmente se constituem no T∴ do
Mestre. Assim, a Pal∴ Sagr∴ do M∴ somente
é dada após estarem formados os C∴ PP∴ PP∴. A
Pal∴ Sagr∴ do M∴ é transmitida
por um dos protagonistas por inteiro e não soletrada e nem silabada como
acontece com nos graus dos Aprendizes e dos Companheiros.
Por
óbvio os C∴ PP∴ PP∴ tem
origem na cena teatral que acontece durante a encenação da L∴ de H∴.
Destaque-se que o 1º ponto, a contar da união dos pp∴, significa Estab∴, o 2º ponto menciona Equil∴, o 3º Apoio, o 4º Amp∴ e o 5º Fratern∴. O número cinco se relaciona à tradicional
classe dos CComp∴,
até porque, o original nome dessa alegoria iniciática era os C∴ PP∴ PP∴ do CComp∴.
Com o advento do 3º Grau, em 1.725 na Moderna Maçonaria, essas origens tiveram
que ser adequadas aos agora três graus universais. Cabe mencionar que na Maçonaria
de Ofício, ancestral da Moderna Maçonaria, existiam apenas duas classes de
trabalhadores (Aprendizes e Companheiros). Era dentre os Companheiros do Ofício
que se escolhia um dos mais experimentados para ocupar o cargo de dirigente da
Loja Operativa, então chamado de o Mestre da Obra – nada tinha a ver com o
Mestre especulativo da atual Maçonaria.
Infelizmente,
sobretudo nas concepções latinas da Maçonaria, com o passar dos tempos, o
maldito improviso de facilitação - talvez por falta de conhecer o significado
do ato - não tardaria a aparecer em certos rituais, ao ponto de ter sido criado
o esdrúxulo movimento giratório dos ppul∴ por
t∴ vv∴ com a G∴
para a transmissão da Pal∴ Sagr∴ do M∴. A
bem da verdade isso é invenção e não existe na tradição do REAA. Essa forma improvisada
do T∴ do
M∴ girando
os ppul∴
pela G∴ não
condiz com o seu verdadeiro significado, acepção esta que só pode ser
constatada quando formados os C∴ PP∴ PP∴ da
Maç∴
Destaco
que em termos do Ritual de Mestre do GOB e o Sistema de Orientação Ritualística
essa anomalia (girar os pp∴
pela G∴) será
extirpada do Ritual, pois, como dito, o T∴ do
M∴ se
dá apenas e tão somente pelos C∴ PP∴ PP∴ -
não devem existir improvisos ritualísticos.
Também
não existe T∴ de
M∴ dado
por grupos de t∴ em t∴ ppanc∴ como
descrito na sua questão. Reitero. T∴ do
M∴ se
dá pelos C∴ PP∴ PP∴, enquanto
que a Bat∴ do
Mestre nada tem a ver com esse procedimento.
É
bom que se diga que a G∴ é
um dos C∴ PP∴ isolado.
Nesse
sentido criou-se o costume com o qual os MM∴ MM∴ se valem da discrição para serem
reconhecidos em situações fora de Loja. Dessa forma, discretamente ao se
cumprimentarem eles formam apenas a G∴.
Contudo
em Loja aberta, em qualquer situação o correto é, sem preguiça e adaptações, se
dar o T∴
pelos C∴ PP∴ PP∴.
Assim, os VVenerab∴
VVig∴ ao
percorrerem as CCol∴
para a verificação, o fazem utilizando os C∴ PP∴ PP∴ da
Maç∴. Do
mesmo modo também se utilizam os C∴ PP∴ PP∴
durante a transmissão da Pal∴ quando
da abertura e encerramento dos trabalhos.
Concluindo,
o conjunto dos C∴ PP∴ PP∴ -
que é o T∴ do Mestre
- possui alto significado simbólico. Sua performance encerra um dos mais importantes
segredos do Grau. Assim, usar na ocasião opções improvisadas não condiz com a
realidade e a importância que o Terceiro Grau merece. Em Maçonaria não existe ato
litúrgico e ritualístico abreviado.
T.F.A.
PEDRO
JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
JAN/2021