quarta-feira, 10 de setembro de 2025

BATERIA MAÇÔNICA - RITMO E INTENSIDADE

Em 16.03.2025 o Respeitável Irmão José Augusto de Lima, Loja Vigilantes do Quartel, 3364, REAA, GOB MINAS, Oriente de Quartel Geral, Estado de Minas Gerais, faz a seguinte pergunta:

 

BATERIAS MAÇÔNICAS

 

Acompanhei o último ensinamento até o final, ministrado pelo nosso Ir Fuad, muito esclarecedor. 

Sei o quanto seu tempo é limitado e te agradeço pela atenção.

Gostaria de seu esclarecimento sobre harmonia, principalmente as batidas do malhete.

Obs.: Vejo muita diferença de uma Loja para outra, algumas de forma suave, outras de forma agressiva e muito forte, mas não foi falado sobre o assunto.

 

CONSIDERAÇÕES

 

           O ritmo, o andamento e a intensidade das percussões maçônicas são dados conforme a característica de cada titular.

Não há como se criar uma regra unissonante para todas as Lojas, haja visto que seria um excesso de preciosismo se colocar nos rituais golpes de malhete e outras baterias, em uma pauta (pentagrama) musical, com claves, colcheias, semicolcheias, etc.

O máximo que se pode fazer é colocar uma simples representação gráfica indicando uniformemente o número e intervalo relativo às pancadas que constituem as baterias maçônicas. Já a intensidade, compasso e altura dessas baterias são da conta de cada titular no exercício do seu ofício na Loja.

A propósito, sugere-se que esta instrução fique a cargo do Mestre de Harmonia da Loja, porém sem exceder aos parâmetros da racionalidade, longe de quaisquer cogitações ocultistas.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedrojuk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

 

TEMPO DE ESTUDOS - ATIVIDADES

Em 15.03.2025 o Respeitável Irmão Cláudio Portella, Loja Filhos do Rei, 4367, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Cidade do Rio de Janeiro, faz a pergunta que segue:

 

TEMPO DE ESTUDOS

 

Segundo nosso novo Ritual, na página 76, O tempo de estudos pode ser preenchido pelo Ven Mestre, pelo Orador ou algum Ir previamente designado.

Segundo o artigo 121 do RGF. É atribuição do 2º Vig instruir os Maçons sob sua responsabilidade. O que prevalece? E outra, o Ven Mestre poderia a qualquer tempo contactar sem a ciência do 2º Vig os IIr AApr para afirmar que a condução do tempo de estudos na seção subsequente será conduzida pelo mesmo? Isso configura usurpação do cargo? A nível de minha instrução aguardo contato

 

CONSIDERAÇÕES

 

De fato, os Vigilantes são os instrutores oficiais dos Aprendizes e dos Companheiros. No REAA, o 1º Vig instrui os Companheiros e o 2º Vig os Aprendizes

             Cabe a cada Vigilante ministrar, junto com o Venerável Mestre, as instruções previstas nos rituais, assim como organizar outras instruções, preparar sabatinas, pedir aumento de salário para os seus instruídos, dentre outras matérias congêneres.  

Isso não quer dizer que apenas o Vigilante é que pode ministrar instruções nas Loja. Outros Irmãos Mestres Maçons designados pelo Venerável Mestre, com ciência e fiscalização do Vigilante, também podem participar dos ensinamentos.

Ressalte-se que é ofício de cada Vigilante proporcionar um tema para que o Aprendiz ou o Companheiro elaborem, cada qual, a sua peça de arquitetura visando aumento de salário, a qual será submetida à Comissão de Admissão e Graus da Loja para o competente parecer.

À vista disso, não se trata de nenhuma usurpação de cargo, pois como foi aqui mencionado, outros Irmãos Mestres também podem, sob ciência do Vigilante, contribuir nas instruções.

Não resta dúvida que o Venerável Mestre deve ser prudente para não interferir no plano de instrução elaborado pelo respectivo Vigilante.

De tudo, em prol do crescimento da Loja e dos Iniciados, o que deve sempre operar é o bom senso. O Orador, guardião da Lei, deve estar atento para que as regras legais sejam sempre cumpridas.

Ao encerrar, peço desculpas por não me aprofundar mais nesta questão, já que ela é relativa à administração da Loja e não propriamente à Secretaria Geral de Orientação Ritualística.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

 

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

SINAL DE SOCORRO

Em 15.03.2025 o Respeitável Irmão Sidney Gonçalves de Souza, Loja Templários do Oeste, 4468, GOB MINAS Rito Adonhiramita, Oriente de Divinópolis, Estado de Minas Gerais, apresenta a pergunta seguinte:

 

SINAL DE SOCORRO

 

Existe alguma matéria ou instrução, sobre o porquê o SINAL DE SOCORRO ser ensinado/revelado ao irmão maçom somente no grau de MESTRE?

Dentre as pouquíssimas instruções do respectivo grau que tive e até hoje vejo, as vagas explicações que tenho, é de ser esse sinal um dos mistérios exclusivo do respectivo grau.

Assim sendo, desculpe a minha petulância, mas partindo do espírito igualitários e fraterno da ordem, não somos todos irmãos? E indiferente do grau, todos não somos passíveis de socorro?

Agradecido ficarei, se puder me dar mais essa Luz.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O Sin de Socor é restrito aos Mestres Maçons porque para conhece-lo é preciso que antes o Iniciado tenha alcançado a plenitude maçônica, a qual ocorre pelo advento da Exaltação ao 3º Grau.

Sob o ponto de vista histórico, o Aprendiz não conhecia o Sin de Socor porque na época dos canteiros medievais - nossos ancestrais - ele não podia se ausentar da Guilda onde aprendia o ofício porque ainda não tinha o pleno domínio da profissão (Carta de Ofício).

Nos tempos dos ancestrais da Maçonaria, os Aprendizes ficavam pelo menos tr aan restritos ao canteiro de obras, sob ordens e proteção do Mestre da Loja. À vista disso, como ainda não podiam se ausentar do local de trabalho, eles também não necessitavam conhecer o Sin de Socor e nem mesmo de ter uma Pal de Pas.

Nos tempos atuais – da Moderna Maçonaria - o maçom continua tendo seus direitos e obrigações, pelo que deve sempre levar em conta a regra de que a colheita somente virá depois da semeadura - cada qual no seu lugar, cada coisa no seu devido tempo.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

 

EM PÉ EM LOJA ABERTA

Em 15.03.2025 o Venerável Irmão Paulo Toledo, Deputado Estadual pela Loja Theobaldo Varolli Filho, 2699, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:

 

EM PÉ EM LOJA ABERTA

 

Em relação ao novo ritual do REAA, até seu lançamento, na loja que participo, quando Orador e Secretário se aproximavam para a verificação do Saco de Propostas e Informações, ficavam à Ordem.

Houve a informação, agora, que devem só se aproximar sem estar à Ordem.

Por favor, pode esclarecer se Orador ou Secretário devem ou não estarem à Ordem neste momento?

 

CONSIDERAÇÕES

 

             Quem estiver em pé em Loja aberta fica à Ordem. Esta afirmativa consta inclusive no Ritual de Aprendiz, REAA, GOB/2024, página 209, penúltimo parágrafo - Em pé e à Ord.

Ora, é regra universal do Rito que aquele que estiver em pé e parado em Loja aberta, fica à Ordem. Cá entre nós, de tão óbvio, isto nem precisaria estar escrito no Ritual, mas está.

A vista disso, como a Loja está aberta, não resta nenhuma dúvida que ambos, o Orador e o Secretário, ao se colocarem próximos do Alt, ficam à Ordem (em pé, parados, pés naturalmente em esquadria aberta para a frente, corpo ereto, com o Sinal de Ordem composto).

Quem deu irresponsavelmente informação de que "agora devem só se aproximar sem estar à Ordem”, simplesmente está inventando coisas e passando informação errada, até porque em nenhum lugar do ritual está escrito esta sandice.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2025

INSTRUÇÕES DOS RITUAIS

 

Em 14/03/2025 o Respeitável Irmão Davi Hackbart Covalesky, Loja Estrela do Sul, 84, REAA, GOB-RS, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão.

 

INSTRUÇÕES.

 

Ponto pacífico que nos rituais (igualmente nas edições de 2009 e de 2024), consta que estão a cargo dos 1º e 2º Vigilantes as instruções dos Companheiros e Aprendizes, respectivamente.

Me parece, inclusive, que na edição de 2024 ocorreu um ajuste de maneira que na comunicação das instruções, ao final do ritual, os interlocutores que as fazer juntamente ao Ven Mestre já são os responsáveis por cada um dos Graus em questão.

Agora lhe pergunto: a que se refere o Ritual com termo "instruções"? Pergunto porque algumas Lojas tem o costume de ministrar uma espécie de grupos de estudo com orientações externas ao templo e à ritualística abordando assuntos inerentes a simbologia e outras questões pertinentes ao desenvolvimento da caminhada maçônica. Estes momentos são, também, monitorados/coordenados pelos Irmãos Vigilantes, geralmente.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Não resta dúvida que no REAA os instrutores oficiais dos Companheiros e dos Aprendizes são os IIr 1º e 2º Vigilantes, respectivamente, cabendo a cada um deles ministrar as instruções contidas nos Rituais vigentes, orientar a confecção de peças de arquitetura, elaborar instruções e sabatinas, pedir aumento de salário para os seus instruídos, etc., sempre em consonância com a Comissão de Admissão e Graus da Loja.

Obviamente que outras instruções, além daquelas previstas nos rituais, também podem ser ministradas por outros Mestres quando designados pelo Venerável Mestre e sob a coordenação dos respectivos Vigilantes instrutores, observando-se que estas instruções estejam sempre em conformidade com a estrutura doutrinária adotada pela Obediência, no nosso caso, no GOB.

É importante tomar muito cuidado para que nas discussões extra loja, principalmente aquelas propiciadas por grupos WhatsApp ou similares, não ocorram contradições oriundas de diferenças litúrgicas e ritualísticas que ocorrem entre as diversas Obediências regulares brasileiras. Nesse sentido, vale ressaltar que na Maçonaria Tupiniquim é possível se encontrar rituais diferentes para um mesmo rito, fazendo com que uma mesma instrução seja pertinente à ritualística adotada por uma Obediência e para outra não. Em se observando este sincretismo o Vigilante deve alertar para que o fato não ocorra.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

 

sábado, 6 de setembro de 2025

CONSAGRAÇÃO DO NEÓFITO - ESPADA FLAMÍGERA

Em 12.03.2025 o Respeitável Irmão Maurício Américo, Loja Monumento ao Ipiranga, 3771, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, formula a presente questão:

 

SAGRAÇÃO DO NEÓFITO

 

Uma dúvida: um ir antigo de Maçonaria defende que o Venerável Mestre deve encostar a Espada flamejante na cabeça do Aprendiz momento da sagração. O Ir tem algum posicionamento a respeito? Eu pessoalmente não entendo o poder do Venerável Mestre no sentido espiritual, mas fiquei encucado a respeito do posicionamento do Ir. Será que talvez transmite egrégora ou as energias dos IIr. Não sou adepto dessa linha, mas sei lá

 

CONSIDERAÇÕES

 

              Levando-se em conta de que a Espada Flamíg simbolicamente representa uma chama, ou um raio, não faz sentido que o Ven Mestre encoste a sua lâmina flamíg na cabeça do Candidato, o que em tese poderia “fulmina-lo”.

Assim, no momento da consagração o titular, por cima da cabeça do recipiendário, estende a espada, sem nele encostá-la.

Obviamente que tudo isso tem apenas um cunho simbólico, cuja alegoria tem o fito de dar formalidade à constituição do grau maçônico ao Iniciado.

No tocante à mencionada egrégora ou energia, ambas não fazem parte das minhas convicções maçônicas, portanto não merecem de mim quaisquer comentários.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

BATERIA NA PORTA DO TEMPLO - ATRASADO PEDINDO INGRESSO

Em 11.03.2025 o Respeitável Irmão Francisco Fabiano de Medeiros Custódio, Loja Deus e São João, 3473, REAA, GOB-CE, Oriente de Mauriti, Estado do Ceará, apresenta a seguinte questão.

 

BATERIA NA PORTA

 

Venho apresentar uma dúvida que restou quando da leitura do novo Ritual do GOB, REAA, 2024, onde lá repousa, em seu final, as orientações do "COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO", na parte que descreve quando o Ir chegar atrasado, in verbis:

"Ir Atrasado: O Ir que porventura chegar atrasado (após o início dos trabalhos) pede ingresso dando com a m dir fechada a Bat do Gr de Apr na porta; independentemente do Gr, o retardatário bate apenas como Apr maçom; se o momento não for propício, o Cobr Int dará com o punho da espada, pelo lado interno da porta, a Bat de Apr, o retardatário deverá aguardar até que seja autorizada a sua recepção;".

Ao ingressar na Ordem em 2022, eu aprendi que quando se chega atrasado pede o ingresso dando a batida do grau de aprendiz, se receber a resposta interna com uma batida, esta me informa pra eu esperar, pois ali está ocorrendo uma sessão de Aprendiz; se receber a resposta interna com a mesma batida do grau, esta me informa que a sessão que ocorre é de grau
superior, ou de Companheiro ou de Mestre. Se o Ir
atrasado for de grau superior dará as batidas respectivas.

Então por exemplo: Se o Ir atrasado for Apr, este ao pedir ingresso com a batida do grau de aprendiz, e ter de volta a resposta interna com a batida do mesmo grau, o Ir Apr não saberá a batida do grau superior, e então, deverá retirar do recinto, sem que haja contado com o Ir Cobridor Interno.

Ocorre que o comportamento ritualístico difere do meu aprendizado até agora, pois se tiver como resposta a mesma batida do grau, no caso o de aprendiz, diz para o Ir.'. atrasado esperar e não que a sessão é de grau superior.

Pergunto: - O que se deve, realmente entender do retorno interno da batida, quando se chegar atrasado em sessão?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Antes de mais nada, devemos seguir o que consta no Ritual de Aprendiz, REAA/2024 vigente no Grande Oriente do Brasil

Na verdade, práticas como a tal pancada única e os aumentos de bateria na porta do Templo propiciadas pelos que lamentavelmente chegam atrasados para os trabalhos, nunca estiveram formalmente escritas como normas de condutas ritualísticas em ritual nenhum. De tudo, o melhor mesmo é se evitar o atraso.

Mas se isto esporadicamente acontecer, e na oportunidade não estiver presente no átrio o Cobridor Externo, o retardatário deverá então dar na porta a bateria universal, que é a de Aprendiz, cabendo ao Cobridor Interno, ao fazer a verificação, se assegurar e informar ao retardatário se ele pode ou não participar dos trabalhos.

Desse modo, reitera-se: não existe pancada de alarme e nem aumentos de bateria na porta do Templo no atendimento a retardatários. Simplesmente bate-se como Aprendiz Maçom. Se a Loja estiver trabalhando em grau diferente, cabe ao Cobridor Interno, no momento da verificação, tomar as devidas providências.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025