segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

SINAL ANTES DE SENTAR-SE

 Em 25/02/2024 o Respeitável Irmão Derick Hudson Machado de Souza, Loja Mestre Rivadávia Siqueira Lima, 2.906, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta a dúvida seguinte:

 

SINAL – FAZER OU NÃO?

 

Tenho uma dúvida, que é muito recorrente as nossas sessões. Qualquer um que por ventura tiver que andar no templo, ao levantar ou sentar, deve-se fazer o Sin de Ord? Por exemplo: O Ir Hospitaleiro, ao fazer o seu giro, ao sentar, ele deve fazer o Sin de OrdTemos essa dúvida, alguns IIr fazem, outros não, e fica muito confuso.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Infelizmente esse tem sido um costume equivocado e que possui profundas raízes no REAA. Penso que por mera falta de esclarecimento.

                 Assim, nesse contexto há questões a se considerar. Uma delas é a de alguém que vindo de deslocamento pela Loja, chegando ao seu lugar tome assento imediatamente. Nessa oportunidade não precisa fazer sinal antes de sentar, pois não há razão para isso, visto que fazer o Sin nessa ocasião não corresponde a uma saudação como muitos pensam. É oportuno lembrar que saudações em Loja, conforme prescreve o ritual de Aprendiz Maçom em vigência, somente são previstas para se saudar ao Venerável Mestre na entrada e saída do Oriente, ou às Luzes da Loja após a Marcha do Grau em entrada formal, ou ainda às Luzes da Loja quando alguém for se retirar definitivamente antes do
encerramento dos trabalhos.

Outra situação é a de quando um Ir estiver à Ord em Loja aberta, e for romper caminhada ou prosseguir em deslocamento. Nessa condição ele deve imediatamente desfazer o Sin de Ord pelo Sin Pen antes de começar a sua perambulação. Observe-se, mais uma vez, que isso não é saudação, porém é uma regra de que não se anda (fora a Marcha do Grau) com o Sin composto.

Ainda nessa condição, observe-se o caso de um Irmão que à Ord, no seu lugar, estiver usando da palavra e depois volte a sentar-se. Nesse caso sim, ou seja, antes dele tomar assento deve antes desfazer o Sin de Ord, e assim cumprir a regra de que no REAA ninguém compõe ou faz o Sin sentado.

É bom que se diga que todas as saudações em Loja previstas pelo ritual se dão apenas pelo Sin Pen do Grau - obviamente se o obreiro não estiver segurando (empunhando) um objeto de trabalho, fato que nessa condição ele fará apenas uma parada rápida e formal.

Nesse sentido, o Sin Pen, além do seu significado iniciático, é utilizado para fazer a saudação pelo Sin e para se desfazer o Sin de Ord quando composto nas situações que o exijam.

Nessa conjuntura, vale também lembrar que o Sin do Grau é composto por duas partes distintas. A primeira delas é a estática (parada) e é o ato de primeiramente se compor o Sin de Ord; é a preparação para a execução da p simb. A segunda delas é a dinâmica (movimento) e é o ato de executar a p simb pelo Sin Pen, no caso, o Gut.

À vista de tudo isso, não procede que alguém em deslocamento, voltando para o seu lugar, faça Sin antes de sentar-se. Até porque isso não é saudação, pois o protagonista vem direto de um deslocamento para o seu lugar em Loja, ou seja, ele não está parado à Ord. Então, compor o Sin e desfazê-lo por quê? Se nem mesmo nesse momento existe saudação.

Concluindo, esses esclarecimentos farão parte do novo ritual do REAA que será editado nesse ano.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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FEV/2024

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PAVILHÃO NACIONAL - INGRESSO E RETIRADA FORMAL

Em 24.08.2023 o Respeitável Irmão Paulo Faisca, Loja Guaiahó, 3666, REAA, GOB-SP, Oriente de São Vicente, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:


 INGRESSO FORMAL DO PAVILHÃO NACIONAL

 Quando o Pavilhão Nacional ingressa e é retirado com formalidades? Nas sessões ordinárias há saudação ao Pavilhão Nacional?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Conforme menciona o Decreto 1476/2016 do GOB em vigência, a presença do Pavilhão Nacional em todas as Lojas nas sessões abertas é obrigatória. Assim, destaca-se que nas sessões ordinárias, o Pavilhão, sem formalidades é colocado hasteado no Oriente da Loja em lugar especificado pelo Decreto citado, antes da sessão.

      Não havendo entrada formal, no encerramento também a Bandeira não receberá nenhuma saudação e nem será retirada com formalidade. Desse modo, após o encerramento e a saída de todos o Pavilhão será normalmente retirado do recinto. Nesse caso, geralmente a Bandeira é conduzida e guardada no até a próxima sessão.

Já nas sessões magnas, o Pavilhão entra formalmente conforme previsto no Ritual e no Decreto 1476/2016 que regula o cerimonial.

Dessa feita, o Pavilhão ingressará com as formalidades previstas, recepcionado por uma Comissão de Recepção com 13 membros armados com espadas e munidos de estrelas. O dispositivo entrará escoltado pela guarda de honra.

Em momento específico, durante o ingresso haverá o canto do Hino Nacional e, ao final da sessão magna o Pavilhão receberá a saudação e canto do Hino à Bandeira. Sua retirada dar-se-á conforme a forma prevista pelo ritual, e detalhada no Decreto 1476/2016.

Conforme o Decreto 1479/2016 se não houver número suficiente de Irmãos para preencher a Comissão de Recepção, mesmo assim o Pavilhão ingressará e sairá formalmente, porém apenas escoltado pela Guarda de Honra.

Reitera-se a obrigatoriedade da presença da Bandeira Nacional em todas as sessões, tanto ordinárias como as magnas, destacando que a Bandeira é a maior autoridade presente nos trabalhos maçônicos.

O lugar da Bandeira Nacional dentro do Templo, assim como outros procedimentos que integram o seu cerimonial está descrito no Decreto 1476/2019 do GOB.

Entrada e saída formal da Bandeira somente nas sessões magnas, portanto, nas ordinárias não há saudação ao Pavilhão Nacional.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2024

sábado, 17 de fevereiro de 2024

SIGNIFICADO DA MARCHA DO MESTRE - REAA

Em 15.02.2024 o Respeitável Irmão Coaracy Nunes dos Santos, Loja Regente Feijó II, 1256, REAA, GOB-RJ, Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

 

MARCHA DO MESTRE

 

Eu estava conversando com um Irmão recentemente exaltado e surgiu uma dúvida de qual seria o significado dos pp do Mestre sobre o esq, eu nunca tinha analisado isso e decidi perguntar a quem sabe.

Ficarei muito agradecido com sua ajuda.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

A M, ou os PP do 3º Grau, no REAA tem o propósito de fazer com que o Mestre Maçom simbolicamente simule os dois movimentos solsticiais, ou seja, represente com seus pp eelev o trajeto aparente do Sol que resulta nos solstícios de inverno e de verão no planeta Terra.

                       Astronomicamente, os solstícios marcam a inclinação máxima que o Sol atinge, ora para o hemisfério Sul, ora para o Norte. Assim, sob ponto de vista da Terra, essas idas e vindas aparentes do Sol resultam nas quadro estações do ano, duas solsticiais (verão e inverno) e duas equinociais (primavera e outono). Graças à essa mecânica celeste é que a vida flui no nosso Planeta.

No contexto histórico,  os solstícios aparecem porque a Maçonaria de Ofício, ou Operativa, ancestral da Moderna Maçonaria, como corporação de construtores da Idade Média era quem edificava para a Igreja as suas catedrais, igrejas, abadias, mosteiros, etc.

Desse modo, essas guildas de construtores medievais da pedra calcária dependiam dos ciclos da Natureza para o seu trabalho, a despeito de que pelos rigores do inverno no hemisfério Norte, dias curtos e noites longas, esse período era impróprio para o trabalho. Nessa oportunidade, os operários eram pagos e dispensados para só voltarem à atividade na primavera seguinte.

Graças a isso, a Maçonaria dos Aceitos, não mais operativa, mas especulativa, rememora nos seus arcabouços doutrinários e ritualísticos a atividade ancestral revestida de significados simbólicos conforme os seus ritos, sobretudo aqueles que têm como elementos principais as alegorias solares, não obstante que desde tempos remotos os cultos solares da antiguidade sempre serviram de base para a maioria das religiões que conhecemos atualmente.

Nessa conjuntura, o REAA, por exemplo, é um rito que indubitavelmente se serve das alegorias solares e cultos agrários, o que lhe dá a característica de um rito solar.

No simbolismo maçônico do REAA, a jornada aparente do Sol determina o caminho iniciático do maçom. Genericamente essa alegoria representa as etapas da vida humana, a infância, adolescência, juventude e maturidade. Nesse conceito, a senda iniciática se divide em graus iniciáticos (nascimento, vida e morte.

A bem da verdade, a alegoria da revolução anual do Sol compara-se simbolicamente ao tempo de aperfeiçoamento do maçom, eu seja, as estações do ano correspondem às etapas de aprimoramento moral, material e espiritual.

À vista disso, o maçom desde a sua iniciação, esotericamente percorre o caminho desenhado pelo movimento solar. É por essa razão que no REAA existem as Colunas Zodiacais, cujas mesmas aparecem no templo rigorosamente no Ocidente, nas paredes Norte e Sul da Loja (seis ao Norte e seis ao Sul).

                      Sob essa óptica, o Mestre Maçom, através dos seus pp simula esse movimento solar. Assim sendo, a jornada do Sol, nas suas idas e vindas está representada pela M (pp) do Mestre.

No tocante ao esq (sep∴) ao centro, ele representa a morte do Sol no inverno, o que faz com que a Terra fique viúva uma vez por ano. Nessa conjuntura vale lembrar que no inverno as sombras prevalecem, resultando em dias curtos e noites longas.

Esotericamente o esq∴, ou a sep∴, encerra o segredo da grande iniciação. Simula é a morte do Sol no inverno com o a do M H A na representação da Lenda do 3º Grau. O Oriente, situado logo após o esq, representa a saída das trevas e o renascimento para a Luz (Sol). Em síntese é a volta do Sol na primavera.

Conforme demonstra a lenda, os três meses do inverno correspondem aos t m.'. CComp. No Templo do REAA, em Câm do M acendem-se no máximo nove luzes, cujas quais correspondem, dos doze meses do ano, os nove propícios para o trabalho. As três luzes que faltam correspondem ao inverno que faz com que imperem as trevas. É a máxima iniciática do morrer para renascer.

Nesse aparelho iniciático, o piso do Ocidente da Loja (Pav Mos) corresponde ao solo terrestre, seu eixo é o equador. O equador do templo é a baliza terrena e astronômica referencial das passagens (equinócios) do Sol para o Sul e para o Norte. Nessa alegoria, as Colunas B e J marcam no templo (solo terrestre) os trópicos de Câncer e Capricórnio, marcos solsticiais do limite máximo da declinação solar.

Não é à toa que João, o Batista corresponde ao solstício de verão no Norte (21 de junho), e o Evangelista o de Inverno no Norte (27 de dezembro). Vale lembrar que a Maçonaria Operativa (de ofício) floresceu sob a sombra da Igreja, portanto nada mais natural que apareçam essas influências religiosas inerentes aos Joões e o patronato da Maçonaria.

É bom que se diga que todas essas referências solares e iniciáticas se correlacionam com o Hemisfério Norte da Terra, no caso porque foi nessas latitudes que nasceu a Maçonaria. Com isso é natural que as suas lendas e suas estruturas doutrinárias referendadas pelo Sol se prendam à meia esfera Norte do nosso Planeta.

Desse modo, reitera-se que os pp eelev.'. durante a M do 3º Grau simulam os movimentos de declinação máxima solar que ocorrem a cada seis meses. Em resumo, os p do M M marcam a vida do iniciado simulando seu nascimento na primavera e o seu fenecimento no inverno. A máxima do morrer para renascer está representada pela morte no inverno e o renascimento na próxima primavera.

Concluindo, toda essa concepção iniciática encontra-se intrínseca na cerimônia de Exaltação ao sublime grau de Mestre Maçom. Os pp correspondem à senda percorrida. O Apr e o Comp dão seus pp sobre o solo terrestre, já o Mestre, agora também como uma Luz, representa a jornada pelo cosmo (universo), entre o E e o C.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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FEV/2023

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

IRMÃO PORTA-ESPADA E MESTRES QUE OCUPAM O ORIENTE

Em 23.08.2023 o Respeitável Irmão Marcos de Almeida, Loja Liberdade e União, REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

 

O IRMÃO PORTA-ESPADA.

 

O Porta-Espada, Mestre que não seja instalado pode mesmo em estojo pegar a Espada Flamejante e entregar ao Venerável para conceder grau aos elevados. O Orador disse que pode, fiquei na dúvida pode orientar-me, nesta situação para evitar o conflito com o Orador.

Um Mestre que não for Porta-Espada, Porta Estandarte, Porta Bandeira pode ou deve sentar no Oriente, sem ocupar cargo. O que me parece é que estes citados tem cadeira destinadas,

Perdão se não fui explicito, mas, surgiu a dúvida.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No caso do Porta-Espada o Orador está corretíssimo, pois a Espada Flamejante deve ficar sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre, dentro de um escrínio, ou em cima de uma almofada, exatamente para que o condutor ao conduzir a mesma, não sendo ele um Mestre Instalado, acabe não tocando na Espada.

À vista disso e como o cargo de Porta-Espada não exige que o titular seja um Mestre Instalado, senão um Mestre Maçom, faz-se então uso do escrínio ou da almofada para a Espada Flamejante.

Em relação à sua outra questão, tomam assento no Oriente apenas aqueles previstos no ritual. Desse modo, Mestres Maçons que não sejam Autoridades Maçônicas, nem Mestres Instalados, Veneráveis Mestres visitantes e que também não ocupem cargos no Oriente, devem ocupar lugar nas Colunas do Norte e do Sul. Em síntese, só ocupam (sentam) no Oriente aqueles indicados no ritual.

É bom esclarecer que por questões iniciáticas, o Oriente é o ápice da jornada do iniciado, ou seja, quando o maçom alcança o grau de Mestre depois de ter passado pela cerimônia de Exaltação.

Entenda-se, entretanto, que embora o Mestre Maçom esteja habilitado para circular pelo Oriente, por uma questão de organização o ritual prevê que nele só sentam durante os trabalhos os que tiverem lugar previsto no ritual. Para tal, basta consultar no ritual a planta do Templo e o rol de distribuição dos assentos em Loja.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2024

domingo, 11 de fevereiro de 2024

FALA EM PÉ OU SENTADO? - ORDEM DE ABORDAGEM NO GIRO DA BOLSA

Em 22.08.2023 o Respeitável Irmão Gime Lessa Cardona, Loja Obreiros de Macaé, 2075, REAA, GOB-RJ, Oriente de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, faz as perguntas seguintes:

 

USO DA PALAVRA NO ORIENTE E ABORDAGEM NA CIRCULAÇÃO

 

Terminei meu período de Veneralato no mês de junho onde tentei adotar e adaptar nossa ritualística de acordo com o SOR. Mas, 2 pontos não consegui explicação além da live que assisti do irmão onde falava:

·     Os irmãos que estão no Ocidente falam de pé e à ordem, os irmãos do Oriente se desejarem falar de pé fazem uso da palavra de pé e a ordem, mas se desejarem, fazem uso da palavra sentados. Por gentileza, o irmão pode me enviar essa explicação da nova orientação?

·     Segundo, há em nosso estado, uma orientação que se faça a circulação do Saco de Propostas e do Tronco de Beneficência onde nos é dito que o trono de Salomão é indivisível, mas em nosso ritual não fala nada sobre isso. O irmão pode me orientar melhor?

 

CONSIDERAÇÕES

 

No caso do uso da palavra no Oriente, de fato nada mudou. O que existe é que foi inserida uma orientação sobre como se deve proceder quando do uso da palavra naquele espaço em Loja do REAA.

                      O problema é que a repetição de modos incorretos por longos anos acaba se tornando numa rotina, o que faz com que muitas atitudes incorretas sejam tomadas como as certas. Vale lembrar que a Maçonaria é uma instituição iniciática e é por causa disso que o Oriente da Loja encerra a jornada iniciática.

Graças a isso é que sob a óptica iniciática os ocupantes do espaço oriental (somente Mestres) podem falar sentados, exceto quando o ritual determinar que se fale em pé. Todavia, se por deferência (como a grande maioria faz) alguém no Oriente preferir falar em pé, então deve se colocar à Ordem.

O Oriente da Loja é o lugar reservado apenas a aqueles que alcançaram a plenitude maçônica, uma das características dos Mestres Maçons.

Como espaço diferenciado note-se que no Oriente também não existe telhamento, já que tudo o que ali se organiza é de responsabilidade do Venerável Mestre. Vale lembrar que iniciaticamente o Oriente é o lugar da Luz, o que faz com que algumas práticas da liturgia maçônica se diferenciem daquelas praticadas no Ocidente – esotericamente explica-se como o mundo espiritual (Oriente) e o material (Ocidente).

Quando ao giro da bolsa, efetivamente o Irmão não encontrará nada sobre o tal “trono indivisível”, simplesmente porque isso não passa de uma mera invenção.

O que de fato existe é a regra de que no REAA, durante o giro das bolsas, primeiramente faz-se a abordagem nos seis primeiros cargos descritos no ritual e no SOR. Esses seis primeiros cargos, somados ao cargo do Mestre de Cerimônias se constituem no número mínimo de sete Mestres indispensáveis para se abrir uma Loja, no caso uma do REAA.

Assim, não importando quem esteja ocupando as duas cadeiras de honra situadas ao lado direito e esquerdo do trono, a ordem de abordagem no giro segue em primeiro as Luzes da Loja (Venerável, 1º e 2º Vigilantes), depois o Orador, o Secretário e o Cobridor Interno. Tão-somente após terem esses seis cargos sido abordados é que o titular retorna ao Oriente para prosseguir com a coleta, então começando pelos ocupantes das duas cadeiras de honra.

Essa "estória" de trono indivisível não passa de uma justificativa capenga para tentar explicar uma prática incorreta.

 

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2024

TESOUREIRO FALA EM PÉ - REAA

Em 22.08.2023 o Respeitável Irmão Jefferson Zanandrea, Loja Unificação,2053, REAA. GOB-SP, Oriente de Santo André, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

 

TESOUREIRO FALA EM PÉ EM LOJA ABERTA

 

Meu irmão, em visita a uma Loja, estava exercendo o cargo de Orador e quando o Tesoureiro foi falar o valor do Tronco sentado, orientei para que falasse em pé e a Ordem. Fui advertido pelo Deputado da Loja e por um Secretário do Grande Oriente do Brasil de São Paulo, que também é da Loja, que a prática de se levantar é incorreta. Todos que exercem cargos no Ocidente podem falar sentados. Eu achei estranho, mas não disse nada.

Durante a semana pesquisei pela internet o tema, e achei diversos artigos onde o irmão explica sobre essa dúvida. Inclusive em seu Blog, link abaixo.

Na semana seguinte retornei à Loja em questão, e expliquei que o próprio Secretário-Geral Adjunto de Orientação Ritualística para o REAA do GOB esclareceu o tema, e, portanto, deveria ser assunto pacífico o entendimento.

O Deputado da Loja e alguns outros irmãos continuaram o debate, pós encerramento da sessão, afirmando que o Tesoureiro deve falar sentado etc., e que o Grande Oriente do Brasil em breve lançará novo ritual com esses esclarecimentos etc.

Enfim, é uma Loja à qual gosto bastante de visitar, mas infelizmente me sinto mal agora, pois não queria causar desconforto a ninguém. O irmão poderia, por gentileza, esclarecer se existe alguma mudança na ritualística a respeito da fala do Tesoureiro? E se realmente teremos um novo ritual?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Inicialmente, em face à questão apresentada, gostaria de informar que atualmente estou como Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB, não o Adjunto para o Rito.

Dito isso, devo de imediato salientar que você está corretíssimo em seu raciocínio, equivocados, de fato, estão a Autoridade e o Deputado (que também é uma autoridade).

No tocante à ritualística do REAA, os únicos que falam sentados em loja aberta no OCIDENTE são os Vigilantes, salvo quando o ritual determinar que ambos falem em pé. Assim, os demais ocupantes das Colunas, inclusive os que estiverem ocupando cargos, obrigatoriamente falam em pé, portanto à Ordem – a propósito ninguém fica à Ordem sentado.

Dito isso, no caso da sua questão, o Tesoureiro, mesmo que ocupe cátedra (mesa e não altar) e seja esse um cargo eletivo, fala, em qualquer situação em pé (à Ordem).

Não existe no REAA qualquer determinação no GOB para que os ocupantes de cargos falem sentados, a não ser os Vigilantes.

À vista disso, reitero que nesse caso as “autoridades” estão completamente enganadas na orientação. À propósito, o SOR, que é um instrumento oficial de orientação ritualística do GOB, não prevê em lugar nenhum que todos os ocupantes de cargo no Ocidente podem falar sentados.

No caso dos novos rituais que virão em meados de 2024, os quais eu estou neles trabalhando, afirmo que não existe nenhuma orientação para que indistintamente ocupantes de cargos falem sentados.

Nesse sentido, como atual Secretário Geral de Orientação Ritualística (Ato de Nomeação 41.743/2023 – GOB) posso lhe garantir que não há nenhuma orientação ou algo previsto para que o Tesoureiro fale sentado em Loja aberta. Orientações contrárias a isso não passam de sofismas.

Ao finalizar só tenho a lamentar que regras básicas do REAA ainda estejam sendo desrespeitadas por mero desconhecimento da ritualística maçônica. Nesse contexto, uma das regras básicas litúrgicas é de que no Ocidente da Loja só podem falar sentados os Vigilantes. Já os demais, inclusive os Oficiais, falam sempre à Ordem.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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FEV/2023