domingo, 30 de junho de 2024

COLUNAS ZODIACAIS NO TEMPLO DO REAA

Em 05/10/2023 o Respeitável Irmão Igor Gomes, Loja Cavaleiros da Cruz, 0267, REAA, GOB-PE, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, faz a pergunta seguinte:

 

COLUNAS ZODIACAIS DO TEMPLO

 

Meu Irmão, estava com algumas dúvidas pois quando era Aprendiz iria fazer um trabalho sobre As Colunas Zodiacais e me foi informado que tal assunto pertencia ao Grau de Companheiro. Quando cheguei ao grau 2 fiz o trabalho é consegui relacionar com os dois graus, porém dei uma atenção maior ao grau de companheiro. Identifiquei, portanto que tal assunto também poderia ser apresentado por um Aprendiz, pois hoje em minha Loja um Irmão Aprendiz está querendo fazer um trabalho sobre esse tema. Portanto, gostaria de saber se esse assunto é apenas reservado ao grau 2 e o motivo, tendo em vista que os símbolos zodiacais têm o intuito de mostrar o caminho iniciático do Maçom ao longo de sua jornada.

 

CONSIDERAÇÕES:

Como especifica o tema, as Colunas Zodiacais representam o caminho de aperfeiçoamento do iniciado.

                       Por conta disto, as seis primeiras colunas, as que ficam no topo do Norte, marcam a jornada iniciática do Aprendiz; as três primeiras do Sul, a partir de Libra, marcam a jornada do Companheiro; por fim as outras três do Sul marcam o final do percurso, correspondem ao Grau de Mestre.

Vale mencionar que as três últimas colunas da jornada, pertinentes ao inverno,
não se associam literalmente como lugar do Mestre, mas uma referência em que a Terra fica viúva do Sol quando pela prevalência das trevas a Natureza permanece adormecida. Esta alegoria indica que logo após o inverno, o Mestre, como Sol, renascerá. Assim, as três últimas colunas representam o ambiente hibernal e preparatório para o renascer da Luz.

Além das colunas correspondentes ao Aprendiz, que fazem parte da sua estrutura doutrinária, nada impede que o Aprendiz aborde genericamente as outras seis Colunas. Obviamente que ele não poder invadir os conceitos (essência doutrinária) privativos dos graus de Companheiro e de Mestre Maçom, entretanto, abordá-los como parte do caminho iniciático do maçom, nada o impede, sobretudo porque o Aprendiz, desde a sua Iniciação, aprendeu que além dele, em patamares iniciáticos acima, estão os graus de Companheiro e de Mestre que um dia, pelo seu esforço e dedicação, ele os alcançará.

Não obstante a isso, na decoração do Templo de Aprendiz do REAA, encontram-se presentes doze Colunas Zodiacais e não apenas as seis correspondentes ao Primeiro Grau.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024

sábado, 29 de junho de 2024

REFORMA E NOVA CONSAGRAÇÃO DO TEMPLO

 

Em 03.10.2023 o Respeitável Irmão Juarez Gomes Cardoso Neto, Loja Planalto o Bem, 1282, REAA, GOB-GO, Oriente de Firminópolis, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

 

REFORMA E SAGRAÇÃO DE TEMPLO

 

Apresento a seguinte dúvida a qual submeto ao V. inesgotável saber: Recentemente fizemos uma reforma em nosso templo envolvendo a troca da abóbada, pintura das paredes e a substituição do piso, sem q fosse alterado nosso endereço. Nossa loja não suspendeu seus trabalhos, passando esses para o Oriente de São Luís de montes belos/Goiás. Todavia, nossa reforma findou e gostaríamos de voltar aos trabalhos aqui em nossa loja, porém, desejamos saber se há necessidade ou não de sagrar nosso templo.

 

COMENTÁRIOS:

 

               No meu entendimento, acredito que não, pois trata-se de uma reforma do edifício
que acomoda a Loja, não se tratando da construção de um novo templo (outro espaço).

A consagração de Templo, sem o caráter de sagrar (tornar sagrado) religiosamente, nada mais é do que uma cerimônia que objetiva para dar, com formalidade, dignidade ao ambiente para que ali ocorram regularmente os trabalhos maçônicos de uma Loja.

Assim, no caso da sua questão, ao que parece, o ambiente continua a ser o mesmo, e da mesma Loja, apenas passou por reformas. Nesse sentido, seria desnecessário dar dignidade a um ambiente já consagrado.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024

sexta-feira, 28 de junho de 2024

APROVAÇÃO DE ATA DE APRENDIZ EM LOJA DE MESTRE. ISTO PODE?

Em 03.10.2023 o Respeitável Irmão Alberto Sobrinho, Loja Liberdade e União, 1158, REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

 

APROVAÇÃO DA ATA.

 

Estando a Loja aberta em Câmara do Meio e havendo necessidade, pode ser feito a leitura de uma Ata de uma Sessão Ordinária do Grau 1, ocorrida na semana anterior?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Isso é altamente contraditório, levando-se em conta de que ata deve ser lida e aprovada em grau a ela correspondente. Assim, não tem como se aprovar uma ata de Aprendiz em Loja de Mestre. Isso seria desrespeitar o ritual.

Além disto, pergunta-se: e como ficariam os Aprendizes e Companheiros que eventualmente estiveram presentes na sessão relativa à ata? Eles não poderiam se manifestar a respeito? Ora, cada coisa no seu devido lugar.

                  Se o caso fosse por transformação de Loja, seguindo o ritual, primeiro dever-se-ia transformar a Loja de Mestre para de Companheiro, e depois, de Companheiro para Aprendiz. Assim, mais uma vez, pergunta-se: e os Aprendizes e os Companheiros? O que dizer do seu direito de votar na aprovação de uma ata em que eles estiveram presentes?

É oportuno ainda mencionar que por transformação de Loja, não existe no ritual de Mestre transformação do 3º, diretamente para o 1º Grau. Seria preciso antes se transformar a Loja para o 2º Grau e depois para o 1º Grau. Na verdade, uma tremenda perda de tempo.

Deste modo, o melhor mesmo é não inventar, mas seguir a regra de que ata do 1º Grau, como previsto no ritual, deve ser lida e aprovada em Loja aberta no Grau de Aprendiz, e assim sucessivamente. Para aprovação de ata, não é recomendável fazê-la por transformação de Loja.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024

POSTURA. ANTES DA ABERTURA E DEPOIS DO ENCERRAMENTO

Em 29/09/2023 o Respeitável Irmão Jairo Amaral Messias da Silva, Loja Estrela de São Gabriel, 1987, GOB, REAA, Oriente de São Gabriel, Estado do Espírito Santo, faz a seguinte pergunta:

 

POSTURA EM LOJA

 

Me fizeram uma pergunta, que mesmo pesquisando não consegui encontrar orientação, porém direciono ao irmão para ver se nos pode ajudar.

Pergunta: Qual a posição dos braços e mãos que os irmãos deverão ficar estando em pé em Loja, antes da abertura do Livro da Lei e após o fechamento do mesmo? No caso do Rito Brasileiro há o Sinal de Obediência nestes momentos, mas, no REAA procurando no ritual, SOR, seu Blog e internet não encontrei orientação.

Essa pergunta foi me feita por um eminente irmão Mestre Instalado que disse que antigamente, a orientação é ficar igual a posição durante o Hino Nacional, pés alinhados e braços estendidos ao longo das laterais do corpo.

Agradeço muitíssimo pelas orientações, estou com suas respostas e outras orientações montando um pequeno tempo de estudo com estas curiosidades.

 

COMENTÁRIOS:

 

Nas práticas do REAA, não há nenhuma determinação especial para esta ocasião. Neste sentido, o mais adequado, no caso, é manter uma postura natural, ou seja, em pé com os baços e mãos estendidos ao longo do corpo, contudo, isto não é uma regra, até porque, oficialmente, não existe nada escrito sobre. É comum também se adotar postura em pé, com as mãos cruzadas sobre o avental, ou cruzadas nas costas. De tudo, o importante é que o maçom se mantenha com postura adequada para o ambiente maçônico, primando sempre pelo respeito e bom senso.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024

ENTREGA DE DIPLOMA

Em 29/09/2023 o Respeitável Irmão Ildebrando Germiniani, Loja Estrela de Luziânia, 1644, REAA, GOB, Oriente de Luziânia, Estado de Goiás, apresenta a pergunta seguinte:

 

ENTREGA DE DIPLOMA

 

Estive em visita à uma loja que pratica o mesmo rito nosso, REAA, e constatei um fato que achei inusitado, que passo a relatar.

O Venerável Mestre, na ordem do dia, informado pelo Secretário, iniciou a entrega dos diplomas de Aprendizes, foi chamando o Aprendiz e seu padrinho para fazer a entrega, ocorre que o padrinho era o 2º Vigilante, que se levantou e foi para o oriente deixando a luz descoberta, como alguns irmãos da Loja mostraram dúvida sobre ser ou não permitido isso. Quando chegou na Palavra a bem da Ordem, um dos irmãos pediu a palavra e explicou que somente seria descoberta se o 2º vigilante deixasse o "canteiro de obras" saindo do templo.

Pergunto: Está correta esta informação? Se for assim, por muitas vezes que já vi a cobertura e o irmão 2º vigilante não saiu do templo, foi incorreta, pois ficou com dois 2º vigilantes no mesmo
canteiro de obras.

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Há dois aspectos para serem abordados.

O primeiro deles é o de que nem Aprendizes e nem Companheiros podem ingressar no Oriente em Loja Aberta. Iniciaticamente o Oriente só pode ser frequentando por Mestres Maçons. Assim, o Aprendiz deveria receber o seu diploma no Ocidente, nunca no Oriente.

Permite-se o ingresso de Aprendizes e Companheiros no Oriente apenas nas cerimônias de Iniciação, Elevação e Exaltação com o fito de atender à liturgia em momentos estabelecidos pelo Ritual.

O segundo aspecto é o de que qualquer um dos Vigilantes pode perfeitamente momentaneamente sair do seu lugar para atender à uma obrigação ritualística durante os trabalhos dentro de Loja.

Seria um excesso de preciosismo alguém ter que o substituir nessa ocasião. O Vigilante deve ser substituído se a sua ausência for definitiva, ou seja, ele se retirando dos trabalhos. Agora, apenas para participar de um ato dentro da Loja, não se faz necessária nenhuma substituição.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024

 

 

PRÁTICAS RELATIVAS AO SINAL DE ORDEM E A SAUDAÇÃO

Em 27.09.2023 o Respeitável Irmão João Vianei Werlang, Loja Tiradentes, 2432, REAA, GOB-PR, Oriente de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

SINAL DE ORDEM E SAUDAÇÃO

 

Ao ler a sua publicação SAUDAÇÃO PELO SINAL EM LOJA – REAA, de 01/09/2022, disponível em http://pedro-juk.blogspot.com/2022/09/saudacao-pelo-sinal-em-loja-reaa.html, resolvi estudar um pouco mais sobre o Sin de Ord e a Saud Maç

Naturalmente fiquei com algumas dúvidas e gostaria do seu auxílio.

Para tanto, tomei como pano de fundo o momento em que o V M solicita ao M CCer que cumpra o seu dever, colhendo as assinaturas no balaústre que foi lido.

Questões:

1. O M de CCer, ao se levantar para ir ao Or, precisa fazer a Saud Maç ou simplesmente se levanta de sua cadeira e inicia seu deslocamento?

2. Ao entrar e sair do Or me parece que não há dúvida de que deva fazer a Saud Maç, conforme orientação da pág. 42, item 1.8, último parágrafo do Ritual de Aprendiz e item 31 do SOR. Certo?

3. Ao se aproximar do Secr, precisa saudá-lo antes de pegar a ata?

4. Após entregar a ata ao Ven Mestre e enquanto aguarda que ele assine, entendo que deve ficar à Ord, desfazendo o Sin de Ord ao receber a ata de volta do V M
(pelo Sin Gut, o que não se confunde com Saud). Correto?

5. Da mesma forma deve proceder enquanto o Orad assina o balaústre, certo?

6. Ao retornar ao Secr, após lhe devolver a ata, precisa saudá-lo? Precisa aguardar que o Secr também assine a ata?

7. Ao retornar ao seu lugar, antes tomar assento, precisa fazer a saudação?

Acredito que esses esclarecimentos serão muito úteis pois se aplicam a diversas outras situações em Loja aberta.

 

RESPOSTAS:

 

  1. Ele simplesmente se levanta e toma no seu percurso. Não se faz Sinal nesse instante. Saudações em Loja seguem o que prevê o ritual.
  2. Tanto na entrada e saída do Oriente em Loja aberta faz-se a saudação pelo Sinal ao Venerável Mestre. Segurando algum objeto de trabalho, o protagonista faz apenas uma parada rápida e formal, sem meneios com a cabeça e nem inclinação com o corpo.
  3. Não. Basta que o Mestre de Cerimônias apanhe a Ata das mãos do Secretário e a conduza ao destino. O Secretário entrega a Ata sentado. Não há saudação entre ambos.
  4. Sim. O Mestre de Cerimônias aguarda à Ordem a devolução da Ata assinada. Ao recebê-la de volta desfaz o Sinal e se dirige ao Orador. Obviamente que isso não é saudação, mas o ato de desfazer o Sinal de Ordem pelo Sinal Penal - do estático para o dinâmico.
  5. Diante do Orador o procedimento é o mesmo. Reitera-se: quem estiver em pé e parado em Loja aberta deve ficar à Ordem; em deslocamento, desfaz o Sinal na forma de costume e prossegue.
  6. Basta que o M de CCer entregue a ata ao Secretário, que permanece sentado. Não há nenhuma composição de Sinal nessa ocasião. O M de CCer, após entregar o livro de atas, retira-se imediatamente. Não é necessário que ele espere o Secretário assinar a Ata.
  7. Não há nenhuma saudação prevista. Sem fazer Sinal, o M de CCer simplesmente se senta.

T.F.A.

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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JUN/2024