Em 07/07/2019 o Respeitável Irmão Petronio Cardoso,
Loja Tiradentes, REAA, GOB-MG, Oriente de Campo Belo, Estado de Minas Gerais,
solicita esclarecimentos.
MÃO ABERTA
Tanto em seu blog, quanto
nas suas atuais normas ritualísticas (REAA), não se detalha, como deve-se
retirar a mão do Tronco de Beneficência, apenas dizem que o faz com a mão
direita, como de costume.
Existiam Cartilhas que
diziam, ter que se tirar a mão aberta (com discrição), mostrando que não estava
se “retirando” nada do tronco.
Deve-se tirar a mão
aberta, ou normal, sem espalmar os dedos?
CONSIDERAÇÕES.
Pretendemos,
após a conclusão da revisão dos três rituais do REAA, colocar um adendo junto
às orientações e adequações, cujo qual irá também para o site do
GOB-RITUALÍSTICA.
Ocorre
que não podemos fazer um ritual esmiuçado detalhando ao excesso a sua
ritualística, pois cabe a Loja também instruir seus obreiros. Nesse sentido, é
preciso se considerar que nem tudo deve estar altamente detalhado no ritual.
Existem regras e normas que são universais e imemoriais que não precisam estar
escritas. De qualquer modo, vamos colocar num futuro próximo essas explicações
detalhadas a parte para orientar os nossos Irmãos.
No
que propriamente diz respeito à sua questão, o costume é o de se retirar a mão
direita aberta, porém naturalmente, sem a obrigação de levantar o braço para
expô-la à assembleia como que a demonstrar que nada fora retirado do
recipiente.
Ora,
seria inadmissível que homens de bons costumes reunidos no interior do Templo
se dessem ao despautério de retirar para si metais destinados à caridade.
Na
verdade, essa firula ritualística deve ter sido inventada por alguém que, sem
nada ter o que fazer e no exercício da sua imaginação inventou a bobagem de que
um obreiro em dificuldades poderia retirar ajuda quando a bolsa lhe fosse
oferecida pelo Hospitaleiro. Tão esdrúxula ainda é essa orientação que a bolsa
é destinada a recolher, com discrição, donativos destinados para o Tronco da Viúva,
e não o de oferecer a possibilidade de que alguém possa retirar numerário em
seu próprio benefício.
Sabemos
perfeitamente que nos comprometemos auxiliar sempre que possível qualquer Irmão
que possa passar pelos revezes da vida, porém não dessa forma fantasiosa e
inoportuna.
Jogando
um pouco de conversa fora, cá entre nós, pobre do necessitado que porventura
procurasse retirar alguma coisa da bolsa de coleta se levarmos em conta do que
normalmente é arrecadado.
Conversas
a parte, a regra é colocar a mão direita fechada e sem gestual de alarde retirá-la
aberta. Essa atitude tem apenas o desiderato de demonstrar discretamente que algo
fora deixado como ajuda aos necessitados. A mão retirada normalmente aberta
significa que o obreiro deixou o que ele no momento pode dar. No ato de
discrição, ninguém precisa saber quanto alguém deu ou mesmo nada pode dar. Essa
e a regra.
T.F.A.
PEDRO JUK
SET/2019