sábado, 29 de julho de 2017

POSIÇÃO NA GENUFLEXÃO (AJOELHAR)

Em 02/06/2017 o Respeitável Irmão José Luiz Horner Silveira, Loja Renovação, 3.387, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, através do meu Blog, http://pedro-juk.blogspot.com.br solicita esclarecimentos.

FORMAS DA GENUFLEXÃO


Em primeiro lugar agradecer pelo seu blog, está muito bom mesmo, já era leitor seu na revista A Trolha e no saudoso JB News, mais uma vez venho a recorrer a sua sabedoria e conhecimento da Maçonaria em geral e do REAA. Segue abaixo minha dúvida.
SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO – Ritual de Aprendiz Maçom.
Como o candidato ajoelha com dois joelhos no Altar do 1° Vigilante para leitura da Oração pelo 1° Vigilante - Página 109;
Como candidato ajoelha com joelho esquerdo para juramento do candidato no Altar dos Juramentos – Página 131;
Como o neófito ajoelha com joelho direito para consagração - Página 135;
Como o Aprendiz ajoelha com joelho esquerdo para trabalhar na Pedra Bruta junto ao 1° Vigilante - Página 139;
SESSÃO MAGNA DE ELEVAÇÃO – Ritual de Companheiro Maçom.
Juramento e consagração a Companheiro (ajoelha com joelho esquerdo) – Página 85;
Primeiro trabalho como Companheiro na Pedra Cúbica (Ritual não informa qual forma de ajoelhar) – Página 88;
SESSÃO MAGNA DE EXALTAÇÃO – Ritual de Mestre Maçom.
Juramento como Companheiro (dois joelhos) – Página 112;
Juramento e consagração a Mestre (dois joelhos) – Página 128;
SESSÃO MAGNA DE INSTALAÇÃO – Ritual de Instalação.
Declaração de compromisso e de fidelidade do Venerável a ser Instalado diante do Altar dos Juramentos se posiciona de acordo com as formalidades do Rito (qual joelho?) – Neste momento estão Companheiros, Mestres e Mestres Instalados no Templo.
Momento da Oração – Página 54 – Somente Mestres Instalados no Templo, Venerável a ser Instalado diante do Altar dos Juramentos se posiciona de acordo com as formalidades do Rito (qual joelho?)
Juramento dos empossados – Página 91 - Irmãos que serão empossados diante do Altar dos Juramentos se posicionam de acordo com as formalidades do Rito (qual joelho?)

CONSIDERAÇÕES.

Genuflexão – do latim: geniculatio, onis, derivado de genu = joelho + flectere = dobrar; substantivo masculino menciona o ato de se ajoelhar, dobrar o joelho. Prática comum na Maçonaria em muitos dos seus atos e através dos seus ritos, geralmente é realizada nas iniciações e mudanças de graus, existindo inclusive em alguns costumes (Emulação, por exemplo) o “banco de ajoelhar” que é uma espécie de genuflexório. A genuflexão simboliza submissão e humildade.
O ato de se ajoelhar é costume adquirido dos tempos em que a igreja era protetora das Corporações de Ofício medievais o que acabou se estendendo até a Moderna Maçonaria, como é o caso do REAA\ e a atual prática especulativa da genuflexão feita com os dois joelhos pelo Candidato quando da oração feita em seu favor que ocorre junto à mesa ocupada pelo Primeiro Vigilante.
Já durante a tomada da Obrigação (juramento) e na Consagração do Aprendiz, o mesmo se coloca em genuflexão diante do Altar dos Juramentos com o joelho esquerdo sobre o chão. Essa mesma postura ele assume quando prestar o seu primeiro e o último trabalho na Pedra Bruta (na Iniciação e Elevação respectivamente).
Na Elevação, quando da tomada da Obrigação e Consagração, bem como do primeiro trabalho na Pedra Cúbica, o Companheiro coloca sobre o chão o seu joelho direito, enquanto que na Exaltação o Mestre, em posição genuflexa, coloca os dois joelhos sobre o chão.
Em síntese, no Rito em questão, no Juramento e Consagração o Aprendiz se ajoelha com o joelho esquerdo, o Companheiro com o direito e o Mestre com ambos. Isso se dá, segundo alguns tratadistas, porque em se estando de frente para o Oriente o joelho esquerdo corresponde ao lado Norte, lugar dos Aprendizes; o joelho direito ao lado Sul, lugar dos Companheiros e ambos os joelhos Norte e Sul onde o Mestre tem, além do Oriente, livre trânsito. Eu prefiro pensar que é apenas uma forma de diferenciar procedimentos por graus, porém essa é apenas a minha opinião.
Dados esses comentários, essa seria a forma correta de proceder à genuflexão nos três graus simbólicos do Rito Escocês, mas desafortunadamente muitos dos seus rituais em vigência apresentam contradições, cujas mesmas, eu prefiro pensar, que ocorreram por provável erro de digitação ou de impressão na confecção dos mesmos. Penso que é o caso do que foi mencionado a sua questão.
Já no que diz respeito à Instalação, pense que quem é instalado (toma posse) obrigatoriamente é um Mestre Maçom, portanto a genuflexão prevista na cerimônia deve ocorrer também com os dois joelhos, tal qual ele se posicionou na sua Exaltação – um Mestre Instalado é um Mestre Maçom que possui um título distintivo (honorífico) de Instalado, o que não é nenhum grau.
Quanto à posse dos Vigilantes, demais Dignidades e Oficiais da Loja a tomada de compromisso para o cumprimento do dever de ofício se dá com todos em pé diante do Altar dos Juramentos formando duas colunas. Os dois primeiros (Vigilantes), em pé, colocam a mão direita sobre as Luzes Emblemáticas enquanto que os demais descansam a sua mão direita no ombro (esquerdo ou direito – conforme previsto no Ritual) daquele que estiver imediatamente à sua frente.
Quem presta juramento (em genuflexão) é o Mestre que é Instalado na cadeira como Venerável Mestre da Loja, enquanto os demais, embora as formalidades diante do Altar dos Juramentos, apenas se comprometem a cumprir o seu dever de ofício.


T.F.A.

PEDRO JUK



JULHO/2017

quarta-feira, 26 de julho de 2017

LUGAR DO COBRIDOR EXTERNO - REAA

Em 18/07/2017 o Respeitável Irmão André Malaman, Loja Filhos do Pelicano, 3.866, REAA, GOB-PR, Oriente de Cianorte, Estado do Paraná, solicita o seguinte esclarecimento.

LUGAR DO COBRIDOR EXTERNO.


Quando da entrada ao templo o Cobridor Externo tem que ficar prostrado já na coluna B ou na J? Pois pelo ritual vê-se a migração do Cobridor Externo para a Coluna J. Isso seria quando da saída do templo? Assumimos o cargo de Mestre de Cerimônias e o temos a premissa de cumprir o procedimento ritualístico à risca. Grato.

CONSIDERAÇÕES:

Durante a formação do préstito e o ingresso dos Irmãos no Templo, o Ritual de Aprendiz do REAA\ apenas menciona nessa oportunidade (página 21) que ele fica junto à porta do Templo, no Átrio, durante a abertura dos trabalhos. Posteriormente depois de declarada aberta a Loja, ele então ingressará no Templo e ocupará lugar no Ocidente ao lado Norte da Porta (página 51 do Ritual).
Já os Procedimentos Ritualísticos do GOB/PR, edição atualizada (2016), indica na sua página 14 que o Cobridor Externo durante a formação do préstito e entrada no Templo permanece no Átrio junto à porta no seu lado Sul, ou o lado correspondente a Coluna Vestibular J.
Essa posição do Cobridor Externo se dá somente no momento de entrada. Fechada à porta e tendo sido iniciada a Sessão ele permanece próximo à porta, ainda no Átrio, porém sem que seja necessária para ele, a partir daí, a permanência numa posição fixa. É aconselhável, entretanto, que ao se aproximar o momento do seu ingresso no Templo conforme especifica o Ritual mencionado na sua página 51, ele já esteja posicionado no Átrio ao lado Norte da porta (Coluna B) para facilitar o seu ingresso, a despeito de que, ingressando ele ocupará assento no Norte - simétrico à posição do Cobridor Interno que fica no Sul.
A explicação para que o Cobridor Externo se posicione no Sul do Átrio (próximo à Coluna Vestibular J) durante a entrada do préstimo conforme orienta os Procedimentos Ritualísticos, é apenas de caráter prático para a ação, já que geralmente entre as duas colunas formadas pelos que ingressam, ou próximo delas no lado norte pela parte externa da porta, fica o Mestre de Cerimônias comandando os deslocamentos e aguardando o momento para conduzir o Venerável Mestre ao Altar.
Ainda em relação ao Cobridor Externo, porém agora durante a retirada dos Irmãos do Templo após o encerramento dos trabalhos, ele permanece dentro do Templo e se retira junto com os demais Mestres que ocuparam o Ocidente. Não existe para ele nenhuma recomendação ritualística nessa ocasião.
Concluindo, vale a pena lembrar que o último Oficial a se retirar do Templo é o Cobridor Interno que, ao sair, literalmente fecha a porta do recinto.

E.T. – Para os Irmãos do GOB-PR continua a disposição os três volumes atualizados (2016) dos Procedimentos Ritualísticos – Aprendiz, Companheiro e Mestre do REAA\.

T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2017

terça-feira, 25 de julho de 2017

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS - CIRCULAÇÃO DA BOLSA E OCUPAÇÃO DAS CADEIRAS DE HONRA - GOB

Em 20/07/2017 o Respeitável Irmão Emerson Melo, Venerável Mestre da Loja Fraternidade Águas Claras, 3.673, REAA, GOB-PR, Oriente de Goioerê, Estado do Paraná, solicita a seguinte informação:

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS – COLETA E OCUPAÇÃO DE CADEIRAS DE HONRA.


O Irmão coordenador do Grão-Mestre da nossa região nos instruiu que o Irmão Mestre Cerimonia ao convocar os obreiros para entrarem no templo, após a convocação se posta na porta do templo na Coluna Norte, e no final da sessão também, está correto? Quanto a circulação no Saco de Propostas e Informações que ao coletar no do Venerável Mestre não se deve neste momento coletar de mais ninguém que esteja no trono, somente após quando for coletar no Oriente passará pelo trono de Salomão coletar dos Irmãos que estiverem ao lado do Venerável Mestre. A ordem seria está? Venerável Mestre, 1° Vigilante, 2° Vigilante, Orador, Secretário, Irmãos Cobridores, do lado esquerdo do Oriente passando pelo trono, depois lado direito, e vai ao ocidente, coleta Coluna do Sul de todos os Mestres independendo se sejam oficias, e depois continua.
Ainda sobre o assento do lado direito do Venerável Mestre obedecendo às faixas conforme decreto do Grão-Mestre, o assento da direita quando estiver o coordenador regional, este assento deverá ser oferecido a ele como representante do Grão-Mestre, ou ao Irmão Deputado ou outros pela faixa hierárquica. Alguns Irmãos dizem para representar o Grão-Mestre somente por decreto por ele destinado?

CONSIDERAÇÕES:
Mestre de Cerimônias – Ingresso e retirada. Após a bateria pedindo ingresso no Templo e a porta estar aberta, o Mestre de Cerimônias, ao centro, entre as duas colunas de Irmãos, do Átrio vai orientando o acesso conforme especifica o Ritual em vigência e os Procedimentos Ritualísticos do GOB-PR (2016). Assim ele ali permanece para conduzir por último o Venerável Mestre. Como oficial condutor, o Mestre de Cerimônias vai à frente do conduzido até o Oriente onde tem assento o Venerável.
Não está designado que o Mestre de Cerimônias fique no lado Norte conforme está mencionado na sua questão – vide o Ritual e os Procedimentos Ritualísticos. Dependendo do tamanho do recinto (às vezes reduzidos em alguns Templos) ele se posiciona de tal maneira que não atrapalhe o préstito.
No encerramento dos trabalhos, conforme também especifica os Procedimentos Ritualísticos do GOB-PR, ele comanda a saída organizada dos Irmãos do recinto posicionado dentro do Templo na Coluna do Sul próximo a porta.
Durante as circulações das Bolsas – De fato, mesmo que as duas Cadeiras de Honra estejam ocupadas, o primeiro a ser abordado é sempre o Venerável Mestre (não importando quem esteja ao seu lado), seguido dos Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno (o grifo é meu), os demais ocupantes do Oriente começando pelos que ocupam as cadeiras de honra, Mestres da Coluna do Sul, Mestres da Coluna do Norte, Companheiros, Aprendizes e, por último, auxiliado pelo Cobridor Interno, o próprio Oficial circulante (Mestre de Cerimônias ou o Hospitaleiro).
Grifei o cargo de Cobridor Interno porque já existe orientação da Secretaria Geral de Orientação Ritualística em Brasília (página da web - Ritualística – Grande Oriente do Brasil) para que a coleta seja feita apenas do Cobridor Interno nessa oportunidade e não mais “dos Cobridores”, sendo que o Cobridor Externo somente será abordado na circulação da bolsa junto com os Mestres que ocupam a Coluna do Norte.
No Oriente não existe regra para circulação, todavia durante o trajeto das Bolsas, segue-se por primeiro os seis cargos tradicionalmente mencionados no Rito. Nunca se faz coleta de outrem junto com a do Venerável, mesmo que estejam ocupadas as duas Cadeiras de Honra.
Outra opção: também é comum e de bom alvitre que durante a coleta no Oriente, após ter sido abordado o Cobridor Interno no Ocidente, que o oficial circulante faça a coleta por primeiro dos ocupantes do lado Norte oriental, inclusive daquele que estiver ocupando lugar na Cadeira de Honra no lado direito do Venerável, e por fim, do mesmo modo os do lado Sul oriental.
Ainda, no que diz respeito à coleta, afora a ordem dos seis primeiros cargos obrigatórios (Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário e Cobridor Interno), para os demais cargos preenchidos, tanto no Oriente como no Ocidente, não existe ordem de precedência para coleta. Todos os que ocupam cargos serão abordados junto aos demais Mestres sem cargo. Isso se estende às outras autoridades e Mestres Instalados.
Ocupação de Cadeiras de Honra – O Decreto 1469 datado de 12/02/2016 menciona dentre outros a figura do “Delegado Regional” e não um “Coordenador Regional” e nem o “Representante do Grão-Mestre”.
Penso que se deve seguir irrestritamente o Diploma Legal e a sua ordem de precedência, lembrando que um Coordenador Regional, ou mesmo um “Representante” mesmo acompanhado de um Ato oficial não é o Grão-Mestre. Prova disso é a de que um Coordenador ou um Representante não recebe o malhete como é comumente recebido pelo Grão-Mestre.
Vale a pena mencionar que são apenas e tão somente duas as Cadeiras de Honra, uma à direita e outra à esquerda que serão ocupadas de acordo com o que preceitua o Decreto mencionado. Não é permitido colocar mais cadeiras além das previstas para se satisfazer “outras vontades”.
Penso que essa questão, se ainda suscitar dúvidas, deverá ser encaminhada a um “legislador maçônico” para produzir uma resposta coerente em relação à de que um Coordenador Regional ou um Representante do Grão-Mestrado possa usufruir o direito de ocupar uma das Cadeiras de Honra posicionadas ao lado do Trono, sobretudo a da direita do Venerável.
Eu não me acho apto para produzir uma afirmativa legal nesse sentido, embora eu, se porventura estivesse na condição de um Coordenador ou de um Representante, jamais me preocuparia em ocupar uma cadeira ao lado do Venerável, salvo se a ocasião exigisse extrema e comprovada necessidade. Imagino que autoridades e Irmãos com direito a assento no Oriente poderiam perfeitamente ocupar esse espaço, porém abaixo do sólio, deixando as duas Cadeiras de Honra apenas para os Grão-Mestres ou, nas suas ausências aos seus Adjuntos, ou ainda ao Delegado do Grão-Mestre Geral no Estado da Federação que porventura não exista ainda Grande Oriente Estadual – mas essa é apenas a minha opinião.
Eu não consigo compreender o porquê de numa Instituição que se ampara na virtude da discrição e da humildade, ainda fiquem alguns preocupados em ocupar lugares no Oriente da Loja e, em especial, junto ao Venerável Mestre.
A propósito, nunca é demais lembrar que orientações sobre liturgia e ritualística quando essas suscitarem dúvidas, mesmo após terem sido consultados os cadernos de Procedimentos Ritualísticos do GOB-PR, há que se recorrer então à Secretaria Estadual de Orientação Ritualística (obviamente que estou me referindo às Lojas do GOB-PR).



T.F.A.

PEDRO JUK

JULHO/2017



domingo, 23 de julho de 2017

Poderosa Congregação do Grande Oriente do Brail - Paraná

Deu-se ontem, dia 22 de julho de 2017 a realização da Poderosa Congregação Estadual.
O evento do GOB-PR reuniu na sua sede à Rua José Drulla Sobrinho, Uberaba II, Curitiba, Pr., todos os Veneráveis Mestres das Lojas jurisdicionadas no Paraná, sendo o evento capitaneado pelo Emiente Irmão Luiz Rodrigo L. Carsten que contou com o suporte do seu Grão-Mestre Adjunto, Procuradores e Grandes Secretários Estaduais. Presentes também estiveram os Poderosos Irmãos representantes da Poderosa Assembléia Estadual Legislativa, do Poder Legislatico e do Judiciário.
Na oportunidade foram apresentados objetivos, planos e projetos  a serem alcançados pelo GOB-PR no exercício em curso, assim como outros temas de relevâcia também foram tratados. 
Além da importância do ato em relação aos destinos da Obediência Estadual, a opotunidade foi também de congraçamento e salutar convivência entre os Irmãos.






sexta-feira, 21 de julho de 2017

TRONO E ALTAR

Em 20/07/2017 o Respeitável Irmão Dalmo Luiz, Loja Concórdia, 0368, REAA. GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita a seguinte informação:

TRONO E ALTAR


Gostaria de fazer uma pergunta sobre o local onde o Venerável, Vigilantes e Dignidades tem acento. Como deveríamos chamar; qual a definição e o porquê, pois têm Irmãos que chamam de trono, outros de altar.
Esta foi uma pergunta de um Aprendiz e a Loja ficou com duvida.
Aguardo seu retorno.

CONSIDERAÇÕES.
Em Maçonaria, no REAA\, apenas o que é ocupado pelo Venerável Mestre intitula-se Altar, enquanto que os Vigilantes, Orador, Secretário, Chanceler e Tesoureiro ocupam mesas.
Quanto ao Trono, por analogia o Trono da Sabedoria, é o nome figurado dado ao assento ocupado pelo Venerável Mestre por ele representar em Loja a Coluna da Sabedoria. Os demais em Loja ocupam cadeiras ou assentos juntos as suas respectivas mesas.
O Ritual do GOB já deveria ter arrumado essa controvérsia, posto que nos explicativos do próprio Ritual, quando se referem a esses lugares, mencionam o substantivo “mesa” – pode conferir.
Como mobiliários de uma Loja do REAA\, existem ainda o Altar dos Juramentos, que nada mais é do que uma extensão daquele que é ocupado pelo Venerável Mestre e existe o Altar dos Perfumes que embora apareça no ritual, na prática não possui serventia nenhuma, inclusive nem mesmo para ele existe oficialmente alguma liturgia que o envolva nas sessões das Lojas. Na verdade o Altar dos Perfumes é um enxerto de outro Rito que ali permaneceu por conta de uma cerimônia de sagração do Templo emanada de rituais especiais de algumas das nossas Obediências.
Infelizmente a profusão do vocábulo “altar” na Maçonaria tem servido mais para que alguns alimentem o seu imaginário e produzam especulações do que consagrá-lo como um elemento prático no simbolismo maçônico.
DEFINIÇÕES:
Altar, substantivo masculino (do latim: altare), primitivamente era uma pedra destinada aos sacrifícios oferecidos para a divindade. Adotado no cristianismo como altar-mor das suas igrejas, geralmente representado por uma grande mesa, o costume passaria também a influenciar a Moderna Maçonaria em alguns dos seus Ritos que o colocariam no Oriente da Loja, espaço esse similar ao Santo dos Santos do Templo de Jerusalém, já que esse Templo especulativamente acabou sendo uma das grandes alegorias da liturgia maçônica. Junto a esse Altar fica o Venerável Mestre da Loja e, originalmente eram ali tomados os juramentos; posteriormente em alguns ritos criou-se uma pequena mesa auxiliar considerada como extensão do Altar e que daria origem ao conhecido Altar dos Juramentos. Como extensão do Altar ocupado pelo Venerável Mestre, esse Altar fica no Oriente (embora alguns ritos o tivessem colocado no centro do Ocidente em desacordo com suas origens). A despeito dessas considerações é que genuinamente na Maçonaria o Altar, além da sua extensão mencionada, é apenas aquele que o Venerável Mestre ocupa durante as sessões. Os demais lugares na Loja que possuem um móvel, estes são designados como mesas.
Trono, substantivo masculino (do grego: thrómos = assento, pelo latim thronus) é o assento elevado que os soberanos utilizavam em ocasiões solenes; figuradamente menciona o poder, a autoridade, a soberania. Na grande maioria dos ritos maçônicos, trono tem sido a cadeira que fica junto ao Altar onde tem assento o Venerável Mestre da Loja. Na verdade o vocábulo “trono” em Maçonaria tem origem no Craft inglês que criou um ritual de Instalação do Mestre da Loja (Venerável), o que acabaria sendo imitado também por outros ritos. Foi através da criação desse ritual inglês, cuja encenação envolve simbolicamente a corte do Rei Salomão, que o Mestre da Loja acabaria ocupando figuradamente o Trono ao ser instalado como dirigente da Loja. Geralmente o Trono se destaca entre as outras cadeiras da Loja por possuir um espaldar mais alto e mais decorado - embora isso não seja uma regra. Apesar da sua origem, é suficiente a palavra “trono”, sem mencionar, como muitos o fazem, a expressão “de Salomão”. Assim, no Trono, único na Loja e que fica junto ao Altar senta-se exclusivamente o Venerável Mestre, ou o seu substituto legal. Eventualmente algumas Obediências e alguns ritos mencionam a colocação de duas cadeiras de honra posicionadas em cada lado do Trono, mas essas são designadas apenas como “cadeiras”.
Dando por concluída a sua questão, Altar é apenas aquele que é ocupado pelo Venerável Mestre em cujo qual se localiza um único Trono. Demais lugares na Loja que detém mobiliário denominam-se mesas, e nelas existem cadeiras (não tronos) para os seus ocupantes. Todos os demais assentos da Loja são cadeiras, a despeito de existir o nome figurado dado ao lugar dos Aprendizes e Companheiros no topo das Colunas do Norte e do Sul que ficaram conhecidos como “bancos”.

E.T. - Veja definições de Altar, Trono e Cadeira no Dicionário Etimológico Maçônico José Castellani - volumes respectivos - Editora Maçônica A Trolha.


T.F.A.

PEDRO JUK



JULHO/2017

SESSÃO CONJUNTA - INCORPORAÇÃO DE LOJA

Em 20/07/2017 o Respeitável Irmão Ésio Rasch, Loja 3 de Maio, 4.323, Rito Brasileiro, GOB-PR, Oriente de Santa Terezinha do Itaipu, Estado do Paraná, solicita a seguinte informação.

SESSÃO CONJUNTA



Fomos consultados a realizar uma Sessão Conjunta com outra Loja do GOB/PR, visando à realização de Elevação. Entretanto, somos de Ritos diferentes. Nós do Rito Brasileiro e a Loja visitante, REAA. Diante do disposto no Art 26, XII da Constituição Federal e 39 do RGF, é possível?

CONSIDERAÇÕES.

1 – No que diz respeito a uma Sessão Conjunta essa prática significa Lojas Incorporadas conforme preceitua o Artigo 26, Inciso IX da Constituição. Nesse particular os Procedimentos Ritualísticos do GOB-PR, edição 2016 (em vigência) orienta nas suas páginas 39 e 40: “Uma L\ pode estar presente na Sessão de uma coirmã como incorporada (Art. 26, inciso IX da Constituição do GOB), quando ambas funcionarem no mesmo Rito(o grifo é meu). Portanto nessa condição não há como duas Lojas de Ritos diferentes se incorporem numa Sessão Conjunta.
2 – No que diz respeito a conferir Graus, o Artigo 26, Inciso XII da Constituição prevê: “Conferir graus a membros do seu Quadro ou a membros de outras Lojas da Federação, quando por elas for solicitado formalmente, desde que do mesmo Rito (o grifo é meu)”. Ainda no que diz respeito o Regulamento Geral da Federação em seu Artigo 39: “As Lojas poderão conferir graus a Maçons pertencentes a outras Lojas do mesmo Rito (o grifo é meu), desde que estas os solicitem”. Desse modo, isso só é possível se as Lojas trabalharem no mesmo Rito.
Concluindo, Não é admissível, nem a Incorporação das Lojas e nem mesmo, nessa condição, a conferência de grau a algum maçom.

T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2017