Em 10/08/2017 o Respeitável Irmão
Emiliano Vicente, atual Venerável Mestre da Loja Joaquim Nabuco 18, nº 3.152,
REAA, GOB-PE, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, apresenta a seguinte
questão:
DÚVIDA NO RITUAL DE EXALTAÇÃO
Estimado Irmão Pedro Juk,
Encontramos dificuldade na interpretação e consequentemente na prática
de uma parte de nossa EXALTAÇÃO (Ritual de Mestre Maçom, 2009, pág. 132), onde
aparentemente se trata de um diálogo entre Venerável Mestre, Mestre de
Cerimônias e recém Exaltados.
Você poderia elucidar a questão, e como de forma prática devemos
executá-la?
CONSIDERAÇÕES.
Eu já escrevi
bastante sobre essa passagem ritualística. Os textos andam espalhados por aí.
Trata-se ela de uma
remota reminiscência do telhamento que antecede a transmissão da Pal\ Sagr\ do Mestre durante
o telhamento do REAA\.
Essa prática é na
verdade um gesto de precaução para que um Mestre se certifique da qualidade do
seu oponente (se ele é realmente um Mestre Maçom).
Nesse interim então
o Mestre que é examinado precisa saber que o T\ no 3º Grau somente
é dado pela composição dos C\ PP\ PP\ da Maç\ (antigamente do Companheirismo) e,
para tal, antes de se executar o conjunto completo do T\, há necessidade de cautela para que ele
não seja dado aleatoriamente sem as devidas precauções.
Nesse sentido
existe então um interrogatório que só começa depois da pergunta feita pelo
examinador: “Quereis ir mais longe”.
O examinado então,
querendo prosseguir, sem nada pronunciar, adota imediatamente a postura que lhe
foi ensinada no 6º parágrafo da página 132 do Ritual em vigência – esse gesto de
imediato corresponde à resposta afirmativa.
Ocorre, entretanto,
que infelizmente existe um pequeno trecho impresso nessa explicação ritualística
que, além de equivocado, é ainda incompreensível, ou melhor, inexequível.
Trata-se da
seguinte parte da descrição assim impressa no ritual: (...) e com a m\ e\ sobre a c\ formai uma e\. Na realidade o trecho deveria ser
assim descrito de modo correto: (...) e
com a m\ e\ sobre a c\, formai com os pp\ uu\ pelos cc\ uma e\ (o grifado é a parte que falta para
dar sentido à explicação). Na verdade, a e\ é feita com os pp\. É isso que falta descrever.
Sendo o gesto agora
compreensível e exequível, entenda-se que somente depois de assumida essa
postura pelo examinado é que oo examinador formará com ele a G\.
Com a G\ formada entre os protagonistas, o
examinador dá continuidade ao telhamento pronunciando as questões seguintes
descritas no ritual, sendo as quais respondidas uma a uma pelo examinado
conforme o previsto.
Respondidas as
perguntas pelo examinado, ambos ficam à Ordem no 3º Grau, se saúdam pelo Sin\ Pen\, fazem o Sin\ de H\ e a devida
exclamação formando em seguida os C\ PP\ PP\ da Maç\.
Somente depois de
formados os C\ PP\ é que a Pal\ Sagr\ do Mestre é
transmitida.
É oportuno
mencionar que os C\ PP\ PP\ na ordem como determina
o ritual têm o seguinte significado simbólico: primeiro ponto, a estabilidade;
segundo, o equilíbrio; terceiro, o amparo; quarto, o apoio e por fim o quinto,
a fraternidade. Esses C\ PP\ PP\ têm origem na cena
teatral em que H\ é revivido no
teatro da Exaltação.
Dados os erros e
acertos ocorridos na impressão do ritual, é essa a prática que inspira cautela
durante a transmissão da Pal\ Sagr\ durante um telhamento completo no
Terceiro Grau do REAA\.
Concluindo, ficam
as seguintes observações: primeira é a de que fugindo dessas características
tradicionais, já inventaram uma transmissão abreviada que desafortunadamente
foi também incluída no ritual (vide página 40 no Cobridor do Grau do Mestre e a
opção do T\ e transmissão formando-se apenas a G\ e gir\ os pp\ à dir\ e à esq\). Provavelmente por pura preguiça
que retira toda a beleza e interpretação dos C\PP\PP\ da Maç\. A segunda e última observação é a
de que eu radicalizei nas abreviações maçônicas para me proteger dos ataques
dos puristas de plantão.
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2017