Em 20/07/2017 o Respeitável Irmão
Leonardo Lorenzo, Loja Saldanha Marinho II, nº 05, sem mencionar o nome do
Rito, Grande Oriente do Paraná, (COMAB), Oriente de Santo Antonio da Platina,
Estado do Paraná, formula a seguinte questão:
LUZ VERMELHA
Tivemos uma duvida em conversas, a respeito de uma luz vermelha que
existe sobre a porta de entrada de nossos templos da COMAB aqui no norte do
Paraná. Disseram que essa luz sempre tem de estar acesa, porém pesquisamos e
nunca achamos nada que fale sobre ela ou seu significado. O Irmão tem
conhecimento dela?
CONSIDERAÇÕES.
De fato não é
possível encontrar nada sério a respeito, simplesmente porque essa é mais uma
daquelas grosseiras invenções que se espalharam pelo fértil e imaginativo solo da
Maçonaria.
Esse anacrônico
costume que povoou a decoração de muitos templos maçônicos no passado, infelizmente
ainda hoje, de vez em quando, ganha espaço nas nossas lides.
Quiseram os
inventores dessa lâmpada de “iluminação avermelhada” nos templos justificar como
fosse ela um símbolo da presença da Divindade no recinto, o que, por extensão,
deveria ela permanecer “eternamente acesa”!!!
Ora, além de desmedido
despropósito comparar a Divindade com uma “lâmpada vermelha acesa”, ao que
parece é que realmente os seus inventores nunca aprenderam que nas Lojas que
praticam o REAA\, assim como naqueles
em que há a representação da Divindade existe apenas e tão somente o Delta
Radiante que vai representado por um triângulo equilátero preenchido ou não com
caracteres (variando conforme o rito) e cujo qual fica posicionado ao alto e centro
do Retábulo do Oriente (parede imediatamente atrás do lugar do Venerável) entre
o Sol e a Lua logo abaixo do dossel.
Outros artífices do
absurdo ainda tentaram justificar essa bobagem mencionando que a “luz vermelha”,
depois trazida para dentro do templo, era reminiscência de um artifício para
chamar a atenção dos maçons no sentido de indicar que ali era um lugar de
reunião maçônica.
Na verdade, além de
não fazer sentido, esse nada mais foi do que outro disparate, já que em nome do
sigilo, nunca foi à intenção da Maçonaria chamar atenção para os seus locais de
reunião (muito menos dentro da Loja), além do que os maçons sempre souberam por
métodos próprios a encontrar as suas oficinas de trabalho. Aliás, uma luz
vermelha poderia mesmo era chamar a atenção para outra coisa...
Assim, essa “luz
vermelha” retrógrada, que alguns queriam compará-la com um símbolo da Divindade,
ou mesmo chamar atenção para um local de trabalho maçônico, nos parece mesmo é
com algo que até identifica um lugar, mas que eu, respeitosamente aos meus
leitores, prefiro nem comentar.
Concluindo, essa é mais uma daquelas
carcaças de dinossauro que vez por outra ainda aparece na nossa Sublime
Instituição. Como diz o caso, matar o bicho é fácil, difícil é consumir seus
restos mortais. Essa lâmpada avermelhada genuinamente não existe.
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2017
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