Em 09/08/2017 o Respeitável Irmão
Carlos Lunkes, Loja Tiradentes, 2.432, REAA, GOB-PR, Oriente de Marechal
Cândido Rondon, Estado do Paraná, pede esclarecimentos para o seguinte:
DÚVIDAS RITUALÍSTICAS – MESTRE DE CERIMÔNIAS
Na nova gestão de nossa Oficina ocupo
o cargo de Mestre de Cerimônias e gostaria de poder contar com a ajuda do Irmão
para corrigir alguns costumes da nossa Loja no que diz respeito ao ritual.
Abaixo algumas dúvidas que tenho
nesse momento:
1- É na Sala dos Passos Perdidos ou no
Átrio que devemos nos paramentar? Pois no livro de procedimentos ritualísticos
2009, diz que é no Átrio (Página 127, item 06) e no livro de procedimentos
ritualísticos 2016 (Página 136, item 06) que diz que é na Sala dos Passos
Perdidos.
Obs: Na página 13 do
livro de procedimentos ritualísticos 2016, novamente afirma que é no Átrio que
os maçons revestem-se de suas insígnias e paramentos.
Qual está correto?
2- Quando organizo o cortejo, posso
nominar todos os cargos como oficiais ou devo nominar cada cargo?
3- Quais os objetos que devem ficar
sobre o Altar do Venerável Mestre?
Obs. Hoje além do
malhete, RGF, RI, a Espada Flamejante e o Ritual para os trabalhos, temos um
chapéu preto e uma caveira.
4- Em votações como devo pronunciar
corretamente quando:
Todos do Quadro da Loja aprovam?
A minoria aprova?
A maioria aprova?
Alguns Irmãos aprovam e outros se
abstêm?
CONSIDERAÇÕES:
- Antes
da sessão é no átrio que o Mestre de Cerimônias reveste os Irmãos com as
suas joias e organiza o préstito para o ingresso no Templo. Já na Sala dos
Passos perdidos os Irmãos se paramentam (vestem os seus aventais), vestem
o balandrau se for o caso, assinam o Livro de Presenças e outros afins
relativos aos trabalhos maçônicos antes do ingresso no Templo.
Na próxima revisão dos Procedimentos Ritualísticos deixaremos isso mais
claro.
- Fica
ao seu critério, todavia, sugere-se o seguinte: estando organizado o
préstito o Mestre de Cerimônias nomina sequencialmente para o ingresso,
Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais, Dignidades, Mestres
Instalados, Autoridades (no caso de entrada em família) e por último o
Venerável Mestre que é conduzido pelo Mestre de Cerimônias (que vai à
frente). Sugere-se que o Mestre de Cerimônias, no caso de ingresso em
família, antecipadamente comunique àqueles que ocupam lugar no Oriente que
para lá se dirijam diretamente. Isso evita procedimentos desnecessários,
perda de tempo e massagem no ego de alguns.
Não há necessidade de nominar Irmãos um a um ou cargo por cargo.
- Sobre
o Altar ocupado pelo Venerável, dos itens mencionados na sua questão,
dispensa-se a “caveira”. Sobre o Altar não há lugar para ela, já que a
mesma é elemento simbólico da câmara de reflexão. Tíbias cruzadas e
caveira são elementos decorativos (adereços) das cortinas que decoram a
Câmara do Meio (Loja de Mestre). Quanto ao chapéu, negro e desabado, ele é
elemento utilizado e pode permanecer para ser usado, pois é inclusive
mencionado no Ritual do Mestre. No rigor da tradição, o Venerável Mestre
no REAA\ em Loja de Aprendiz e Companheiro deveria
usá-lo, enquanto que na Loja de Mestre, deveriam usá-lo todos os Mestres.
- A
função de aprovar é ofício do Venerável Mestre, previsto inclusive no RGF
em seu Artº. 116, inciso VIII, entretanto, se o Mestre de Cerimônias
contar os votos ele apenas se limita a comunicar conforme o caso: tantos votos a favor, tantos contra,
tantas abstenções. No caso de unanimidade ele declara: todos os votos a favor, ou todos os votos contrários. Quem
declara aprovado ou não é o
Venerável. No caso de empate é dele o voto de minerva.
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2017.
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