terça-feira, 29 de outubro de 2024

TRONCO - COMUNICAÇÃO DO RESULTADO DA COLETA

Em 04/03/2024 o Respeitável Irmão Sílvio Scofield, Loja Deus, Luz e Caridade, 970, GOB BAIANO, REAA, Oriente de Caravelas, Estado da Bahia, apresenta a dúvida seguinte:

 

COMUNICAÇÃO DO RESULTADO DA COLETA.

 

Em primeiro lugar quero parabenizar pela iniciativa e disponibilidade.

Sobre a Ritualística faço o seguinte questionamento:

O manual de Aprendiz (REAA) na pag. 75, após o Tr de Benef fazer seu giro, o Ven pede ao Ir Hosp levá-lo ao Ir Tes para aquele ser conferido.

Nas letras azuis temos que o Ven deve dar andamento aos trabalhos enquanto é feita essa conferência, depois o Tes comunica o apurado pela coleta.

Nas Orientações Ritualísticas temos "IV – O Tes, com brevidade, mas sem atrapalhar o andamento dos trabalhos, pede a Pal ao 1º Vig. Autorizado, à Ord comunica ao Ven Mestre o resultado apurado na coleta; V – Por sua vez, o Ven Mestre comunica o resultado à Loja."

Diante dessas informações vem o questionamento. A comunicação pelo Tes e pelo Ven pode ser feita na hora da "Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular", ou deve ser logo após ser conferido, conforme consta na mesma página 75.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Como a praxe é de que logo após ter sido a circulação do Tronco encerrada (antes ainda da conferência) o Venerável Mestre dê andamento aos trabalhos, geralmente o resultado é informado durante o período da Palavra à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular.

Recomenda-se sempre que o Venerável Mestre não aguarde a conferência do Tronco para prosseguir com a sessão – os trabalhos seguem normalmente durante a
conferência.

Assim sendo, o Tesoureiro espera a palavra chegar na sua Coluna para pedi-la ao Vigilante e informar o resultado ao Venerável Mestre.

No caso de a palavra já ter passado pela coluna, e esteja no Oriente, o Tesoureiro, sem cortar a fala de outrem, em momento oportuno, pede autorização ao respectivo Vigilante para poder informar o resultado da coleta.

O Venerável Mestre, logo que receber a comunicação com o resultado informa à Loja.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

OUT/2024

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

LUZES EMBLEMÁTICAS SOBRE O ALTAR EM LOJA FECHADA

Em 04/03/2024 o Respeitável Irmão Mauro Hermógenes Lopes Covre, Loja Luz e Trabalho, 144, sem mencionar o Rito, GLESP (CMSB), Oriente de Ilha Solteira, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

DÚVIDAS SOBRE AS LUZES EMBLEMÁTICAS

 

Em que posição, sobre o Altar dos Juramentos, devem estar o Comp e o Esq, antes da abertura e em qual devem ficar após o fechamento do Livro da Lei?

Sobre o L da L? Ou à frente do mesmo? Ou nas laterais do L da L sobre o A dos JJur? Quem fica à direita e quem fica à esquerda do Livro da Lei?

Tenho dúvidas e gostaria, se possível, que me esclarecesse, ou mesmo me indicasse fontes de consulta. No Ritual de Aprendiz, da GLESP, edição de 2017, não há nenhuma referência sobre a posição.

Desde já vos agradeço!

OBS - Estou realizando uma pesquisa em minhas revistas "A Trolha" (todas), tenho todas as
revistas, desde o nº 01 até o nº 448, fevereiro de 2024. Se houver alguma indicação nas mesmas e, for possível, me informe, por favor.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Entendo que seria um excesso de preciosismo criar uma regra para a disposição das Luzes Emblemáticas quando a Loja estivesse fechada.

Assim, depois de fechada a Loja, o que costumeiramente ocorre é que o Livro da Lei fechado, o Esquadro e o Compasso (com as hastes fechadas) permaneçam sobre o Altar, não havendo regras de disposição sobre se os instrumentos ficam sobre o Livro, à sua direita ou à esquerda, ou ainda um à direita e outro à sua esquerda, etc.

Reitero, não há regra litúrgica para isto. O recomendável é que todos fiquem sobre o Altar para a abertura da próxima sessão. Apenas isto.

À vista disso, eu desconheço qualquer bibliografia (séria) que trate de onde devam ficar os instrumentos e o Livro enquanto a Loja estiver fechada.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

OUT/2024

 

RITUAL PARA CONSAGRAÇÃO DE ESTANDARTE

Em 04.03.2024 o Respeitável Irmão Hisemberg Osorio Nunes, Loja Extremo Norte de Roraima, 2483, Rito Adonhiramita, GOB-RR, Oriente de Normandia, Estado de Roraima, apresenta a dúvida seguinte.

 

CONSAGRAÇÃO DE ESTANDARTE

 

Se possível, gostaria de saber como é feita a Consagração de Estandarte de uma Loja Adonhiramita e se o antigo Estandarte fica dentro do Templo durante a ritualística. Sou MM e recebi esta tarefa.

 

RESPOSTA

 

Os procedimentos para Consagração e Entrega de Estandarte, com adaptações e adequações para cada um dos Ritos praticados no GOB, se encontram no Ritual de Consagração e Entrega de Estandarte, como parte dos Rituais Especiais - Sessões Exclusivas, GOB, 2016, dele às páginas 49 e seguintes.

Este ritual se encontra em vigência no Grande Oriente do Brasil e deve ser solicitado à respectiva Secretaria Estadual da Guarda dos Selos.

 

 

Fraterno Abraço

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

OUT/2024

 

USO DO MALHETE PELAS LUZES

Em 29/02/2024 o Respeitável Irmão João Carlos da R. Lima, Loja Libertadores da América, 3450, REAA, GOB-RJ, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

 

SEGURANDO O MALHETE

 

Tenho dúvidas quanto ao Venerável Mestre ficar à ordem ou segurando o malhete, por uso e costumes. Esta dúvida é até por frequentar outras Lojas e vejo as 2 condições. No SOR, pelo menos no encerramento da Sessão e passar a palavra ao 1° Diácono, ali está claramente colocado que é para ficar à Ordem. Quando abrimos o livro da lei, esta também deverá ser a postura do Venerável Mestre? Sei que na Grande Loja é que eles seguram o malhete, mas
tenho esta dúvida no GOB.

 

CONSIDERAÇÕES:

 

As Luzes da Loja (o Venerável Mestre e os Vigilantes) fazem o sinal como os demais Irmãos, isto é, com a mão. Assim, em Loja aberta, nas ocasiões em que o Venerável e os Vigilantes estiverem em pé em seus lugares, eles devem deixar os seus malhetes para compor o Sinal naturalmente, como os demais Irmãos.

O titular deve pousar o malhete no lado esquerdo do seu peito apenas quando, por dever de ofício, estiver portando malhete fora do seu lugar.

Há ainda outra ocasião em que o 1º Vigilante, em pé no seu lugar, pousa o malhete no lado esquerdo do seu peito. Trata-se de quando o 1º Vigilante, para a abertura da Loja de Aprendiz no REAA, cumpre o seu segundo dever verificando se todos nas Colunas são maçons. Nesta ocasião, para que o Vigilante não revele o sinal à aqueles que devem se identificar pelo sinal, o mesmo, em pé, pousa o malhete no lado esquerdo do seu peito (isto está previsto no SOR e no novo ritual que será distribuído ainda em 2024).

Por fim, vale lembra que estamos no GOB, portando devemos seguir as diretrizes e costumes previstos na nossa Obediência.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

OUT/2024

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

OS MANDAMENTOS DA MAÇONARIA - ISTO EXISTE?

 

Em 23/05/2024 o Respeitável Irmão, Benjamim B. Dias, Loja Cavaleiros do Sangreal (?), deve ser Santo Graal, REAA, 315, GLESP (CMSB), Oriente de São Paulo, Capital, formula a seguinte questão:

 

MANDAMENTOS DA MAÇONARIA

 

Gostaria de saber sua opinião relativa à existência dos 33 mandamentos da Maçonaria. Sua origem, veracidade e seguimento por parte dos Irmãos.

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Eu desconheço qualquer coisa nesse sentido. Sem dúvida esta deve ser mais uma dessas invenções que costumeiramente vivem atracando no concorrido porto das fantasias.

             Ora, a Maçonaria não tem trinta e três “mandamentos”. Antes de mais nada, a Instituição, conhecida como Moderna Maçonaria, é composta por ritos e cada um deles possui sua estrutura doutrinária que tanto pode se teísta, deísta, deísta/teísta ou mesmo agnóstica. Rigorosamente devem obedecer os Landmarks da Ordem - imemoriais, espontâneos e universalmente aceitos.

Nas regras maçônicas inglesas (teísta) nada existe a este respeito, muito menos
haveria na francesa (deísta).

Mandamento é um termo bastante utilizado pelas religiões, todavia a Maçonaria não é uma religião. O muito que ela pode ser é religiosa porque os seus membros, em uma condição sine qua non, independente do seu credo ou religião, devem admitir a crença em um Princípio Criador. Este Princípio Criador recebe na Maçonaria o título de Grande Arquiteto do Universo, nome conciliatório entre as crenças dos seus membros.

Nos tempos da Maçonaria Operativa, as corporações de ofício possuíam seus “regulamentos”, não “mandamentos”. Conhecidos como Old Charges (Antigas Obrigações), elas instituíam normas para o trabalho, no caso, ditavam lendas de feição ética, moral e religiosa (por influência da Igreja/Estado na época) e ainda as regras do ofício. No entanto, nada disso tinha a ver com “mandamentos religiosos”.

As Old Charges também ficariam conhecidas como “Manuscritos do Ofício” – eram lidas aos rudes operários em forma de verso, escritas geralmente por um clérigo do monastério que protegia a guilda.

A atual Moderna Maçonaria, especulativa ou dos aceitos, é uma Instituição formada por Obediências Maçônicas naturais dos países onde ela é praticada – seguem rigorosamente os Landmarks da Ordem.

Cada uma destas Obediência, ou Potência Maçônica, possui a sua Constituição adaptada aos costumes regionais e à legislação vigente no País.

Em linhas gerais, para que as Obediências Maçônicas sejam reconhecidas com regulares, suas constituições devem seguir as Regras Gerais e os Pontos de Reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra e/ou de outros Corpos Maçônicos regulares espalhados pelo mundo.

Pelo que eu conheço de Maçonaria, nenhuma Potência regular adota mandamentos (sic) para a Maçonaria (muito menos com trinta e três mandamentos). A propósito, o sugestivo número “trinta e três” reportado ao número de “mandamentos”, certamente foi inspirado no sistema de Altos Graus do REAA, mesmo que isto nada tenha a ver com mandamentos - afinal, a imaginação não possui limites.

Assim, acredito que isto deva ser mais uma destas balelas que povoam o imaginário de alguns, principalmente daqueles que pertencem aos quadros da Sublime Ordem, mas que ainda não entenderam que Maçonaria não admite no seu seio proselitismos religiosos.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

OUT/2024