sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

ESPADA FLAMEJANTE APONTADA PARA O NORTE


Em 01/11/2019 o Respeitável Irmão Cássio Ribeiro, Loja Vigilantes de Contagem, 3.227, REAA, GOB-MG, Oriente de Contagem, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

ESPADA FLAMEJANTE


Por que a espada do Venerável Mestre fica apontada para o norte. Coluna dos Aprendizes.

CONSIDERAÇÕES

No REAA a Espada Flamejante, que representa a chama de um raio, é utilizada pelo Venerável Mestre nas consagrações de candidatos durante as Iniciações, Elevações e Exaltações.
Símbolo da justiça de Salomão (rápida e fulminante), ritualisticamente nela apenas podem tocar aqueles que já tenham sido eleitos para o veneralato de uma Loja. Por representar um raio de fogo, durante as consagrações o Venerável Mestre não deve encostá-la no candidato. Por representar uma chama de fogo, ela então não tem como ser embainhada.
Sendo assim, ela descansa sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre, geralmente pelo seu lado sul por coincidir com a mesma banda do Oriente em que tem assento o Porta-Espada.
Sobre o Altar a Espada Flamejante deve ficar depositada sobre uma almofada ou escrínio para que durante sua condução pelo Porta-Espada, não sendo ele um Mestre Instalado, não venha nela tocar.
Agora, quanto ao lado para qual a Espada Flamejante deva ficar apontada enquanto repousa sobre o Altar é algo irrelevante, pois isso não possui nenhum significado para a liturgia maçônica – tanto ela pode descansar apontando para a direita como para a esquerda.
Comentos que mencionem o lado para qual ela deva apontar não passam de meras ilações.

T.F.A.

PEDRO JUK


JAN/2020


RITO BRASILEIRO - O QUE SIGNIFICA "SEM LEVANTAR A LOJA".


Em 31.01.2020 o Respeitável Irmão Marcos José Thebaldi, Loja Suprema Harmonia, 3.858, Rito Brasileiro, GOB-SP, Oriente de Jaú, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:

SEM LEVANTAR A LOJA


Estamos com a seguinte dúvida:
No Ritual de Aprendiz Maçom (Rito Brasileiro), pág. 111 (cópia anexa), há explicações sobre a entrada de visitantes e no final consta o seguinte:
(...) Não havendo impedimentos, o Venerável determina o ingresso, sem levantar a Loja. (...).
Irmão Pedro, o que significa “sem levantar a Loja”?

CONSIDERAÇÕES:

No meu entendimento significa que a Loja deve permanecer como está, isto é, todos sentados.
Consultando a respeito o Eminente Irmão Júlio César da Costa, Secretário Geral Adjunto de Orientação Ritualística para o Rito Brasileiro, GOB, o mesmo assim me confirmou:
"(...)tratam-se de Irmãos que não estejam investidos em cargos de autoridade ou portadores de Títulos e Recompensas previstas no Protocolo de Recepção contido no RGF, assim ao serem recepcionados no Templo, entrarão com as formalidades de praxe (Marcha do Grau em que a Loja estiver reunida) sem que os demais Irmãos presentes se levantem e fiquem à Ordem ou em Sinal de Obediência (levantar a Loja), pois não gozam de tal prerrogativa".
Note que esse é um procedimento comum àqueles que não estejam investidos em cargos como autoridades ou mesmo que não sejam portadores de Títulos de Recompensa.

T.F.A.

PEDRO JUK


JAN/2020

À G.'. D.'. G.'. A.'. D.'. U.'.- SUA UTILIZAÇÃO DURANTE O USO DA PALAVRA


Em 30/10/2019 o Respeitável Irmão Orlando Voiceman, Loja José Ferreira Vieira, 168, REAA, GLESP (CMSB), Oriente de Votuporanga, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

USO DA PALAVRA E A EXPRESSÃO "À G D G A D U∴".


Bom dia, Irmão. Acompanho sempre os seus preciosos esclarecimentos sobre a nossa ritualística e trago uma dúvida. Sempre sou instado na Ordem do Dia a tecer comentários ou explicações a respeito da nossa simbologia. Às vezes, após a aplicação de alguma instrução, outras sobre dúvidas levantadas nos estudos do quarto de hora. Seguimos o REAA e, quando sou inquirido, faço apenas a saudação às Luzes, não introduzindo minhas explanações com a expressão "À Gl do Gr Arq do Univ∴", por considerar que seria muito repetitivo fazê-lo duas ou três vezes na mesma sessão. Além disso, creio que como se tratam de explicações, esclarecimentos diversos, isso dispensaria a norma, o que acontece, por exemplo, no uso da palavra a bem da Ordem e do quadro. Na minha concepção, a expressão deve abrir somente peças de arquitetura para aumento de salário ou específicos trabalhos de instrução. Pesquisei o assunto, mas não encontrei nada a este respeito, a não ser que esta obrigatoriedade já não existe no Rito Moderno. O irmão poderia me auxiliar com seu vasto conhecimento?

CONSIDERAÇÕES

A expressão que exalta a glória do "GADU" é muito comum na Moderna Maçonaria, especialmente quando utilizada pela Maçonaria Latina se apresentando geralmente nos títulos de documentos (atas, certificados, correspondências), assim como em placas comemorativas, peças de arquitetura e outros afins do gênero.
Quanto a sua utilização na abertura da fala de um obreiro em Loja durante o uso da palavra, isso não é comum e nem á parte de procedimentos e costumes. O certo é não se utilizar dessa expressão, devendo o usuário da palavra, ao iniciar a sua fala, se dirigir à Loja na forma de costume, isto é, mencionando de modo protocolar as Luzes da Loja, e genericamente as autoridades presentes e demais Irmãos. Reitero, sem colocar antes a expressão "À G D G A D U".
A bem da verdade a utilização da expressão nos títulos não é uma questão de "obrigatoriedade", mas de costume.
É recomendável que, antes de se pronunciar repetitivamente e de modo desnecessário essa expressão, entender que a designação de "Grande Arquiteto do Universo" dada a Deus pela Maçonaria objetiva se referir de modo amplo à uma força superior, criadora de tudo o que existe.
De modo conciliatório, em Maçonaria a expressão "G A D U" não faz referência a essa ou aquela religião ou crença, permitindo, entretanto, que maçons de várias religiões se reúnam numa mesma Loja maçônica com um mesmo objetivo - o de aprimorar o homem para que ele participe em harmonia com a sociedade onde ele vive (ditames de respeito, ordem e tolerância).
Cabe mencionar que o título "Grande Arquiteto do Universo" não é apanágio exclusivo da Maçonaria, e nem por ela não foi inventado. Todavia, a Moderna Maçonaria, especulativa por excelência e nascida na Grã-Bretanha em 1717, o adotou e o institucionalizou como um único denominador comum para manifestação de crença em Deus.
Isso se deu principalmente para que os integrantes das Lojas nelas vivessem em harmonia, sobretudo pelas condições político-religiosas conflitantes que assolavam a Inglaterra entre os séculos XVII e início do XVIII.
Contudo, cabe lembrar que no decorrer dos tempos a Moderna Maçonaria se firmou como uma escola de filosofia, moral e bons costumes, não sendo, inclusive uma religião e nem possui pretensão de concorrer com outras religiões.
Dando por concluída sua questão, ratifico que a expressão "À G D G A U" não é expressão para que obreiros como regra dela se utilizem para iniciar suas locuções em Loja.

T.F.A.

PEDRO JUK


JAN/2020

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

MAR DE BRONZE


Em 29/10/2019 o Respeitável Irmão Augusto Fabiano de Souza Bernardinho, Loja José Garibaldi, 36, GOMG (COMAB), Oriente de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

MAR DE BRONZE


Minhas saudações fraternais. Agradeço muito a resposta da minha dúvida do e-mail e aqui estou novamente à sua procura trazendo mais um questionamento. O estimado irmão teria uma bibliografia sobre o Mar de Bronze para me passar? A respeito do mesmo, simbolicamente qual seu significado, história e utilização em loja? Seria ele apenas utilizado para purificação com a água nas iniciações ou teria mais algum significado exotérico?

COMENTÁRIOS

Presente na Maçonaria por influência da cultura e religião hebraica, em se tratando do REAA o Mar de Bronze genuinamente deve ocupar lugar na porção ocidental do Templo Maçônico. Sua presença se dá em lembrança ao Mar de Bronze do Templo de Jerusalém que, segundo a Bíblia, fora fundido pelo artífice Hiram Afif (Hiram meu Pai).
No Templo Hebraico ele era assim chamado por ser um grande reservatório de água utilizado nas abluções e nos rituais de purificação. O texto bíblico o descreve em Reis I, 7, 23 a 26 da seguinte forma.
"Hiram fundiu também um mar de bronze, que media dez côvados de um lado a outro, todo redondo, e tinha a altura de cinco côvados; a sua circunferência media-se por um fio de trinta côvados. Por baixo da borda havia saliências de talha em número de dez para cada côvado, dispostas em duas ordens, formando com o mar uma só peça. Esse assentava sobre doze bois, dos quais três olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente. O mar apoiava-se sobre eles e a parte posterior dos seus corpos ocultava-se para o lado de dentro. Tinha a espessura de um palmo; a sua borda assemelhava-se à um copo em forma de lírio e a sua capacidade era de dois mil batos".
No que diz respeito à sua presença como mobiliário nos Templos Maçônicos de alguns ritos, no REAA ele é utilizado para a purificação ritualística das mãos do Candidato pelo elemento água durante a segunda viagem.
Embora o Templo Maçônico esteja longe de ser uma cópia fiel do Templo de Jerusalém como alguns ainda pensam, sem dúvida muitos aspectos místicos a ele relacionado se fazem presentes na Moderna Maçonaria, sobretudo pela sua organização doutrinária.
No que diz respeito à bibliografia maçônica indico, dentre outros, os livros: "Maçonaria e sua Herança Hebraica", "As Origens Históricas da Mística Maçônica" e "Shemá Israel...", todos de autoria do consagrado autor José Castellani.
Quanto ao significado do Mar, ele é um mobiliário destinado à purificação pelos elementos, no caso para limpar as mãos de possíveis resquícios lodosos do vício que porventura tenham permanecido. A prática em si demonstra que o Iniciado é preparado para que, ao receber a Luz, não traga nada consigo que pertença à vida passada. A água é um dos elementos que envolvem a alegoria na passagem das trevas para a Luz.
No tocante a outro significado, este não existe. Está ali presente para que nele se proceda a purificação e é utilizado no simbolismo apenas e tão somente na Iniciação, oportunidade em que o Candidato morre simbolicamente para uma vida e se prepara para o renascer de outra. A purificação das mãos é uma das condições de passagem pela porta que ele houvera batido para pedir passagem.




T.F.A.

PEDRO JUK


JAN/2019.

domingo, 26 de janeiro de 2020

JOIA DO MESTRE INSTALADO. ARCO GRADUADO E ABERTURA DO COMPASSO


Em 29/10/2019 o Respeitável Irmão Jorge Luís B. de Carvalho, Loja Universo, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a questão abaixo:

JOIAS, ARCO DE CÍRCULO.


A curiosidade (conhecimento) me trouxe mais uma vez ao Irmão para me auxiliar no entendimento simbólico das figuras abaixo:
1 – Estes semicírculos o que representam? São graduados?
2 - As aberturas são as mesmas nestes diferentes símbolos?
3 - O que cada um deles representa em seu conjunto?
Mestre instalado e Autoridades Estaduais (com esquadro e semicírculo), Grão Mestre e GM Adjunto, Perfeito e Sublime Maçom – Grau 14 REAA.
Recorri a diversos livros, perguntei a diversos e conceituados Irmãos, mas não obtive respostas sobre a simbologia da joia do Mestre Instalado (GOB) utilizada também nas joias das autoridades estaduais do GOB e secretarias, bem como as joias do Grão Mestrado Adjunto e Grão Mestrado Geral, sendo que nesses últimos não existe o esquadro. Diversos escritores falam sobre o Teorema de Pitágoras, mas esse símbolo pertence aos mestres instalados da Grande Loja.
Temos também com pequenas divergências uma simbologia no grau 14 semelhante, com pequenas alterações. Citei apenas o Grau 14 mas, outros graus filosóficos também possuem essa simbologia.
Mais uma vez, humildemente agradeço a sua gentileza e presteza em me auxiliar nessa difícil busca de respostas sobre simbologia maçônica.

CONSIDERAÇÕES.

A despeito de inúmeras especulações sobre as joias dos Mestres Maçons Instalados, na realidade esse conjunto simbólico deve ser visualizado sob dois aspectos, ou seja, aquele que qualifica a joia do Venerável Mestre e a que qualifica a dos Ex-Veneráveis. Ainda nesse contexto, também as ideias que se coadunam aos costumes da Maçonaria Inglesa e os da Maçonaria Francesa.
Sem entrar em detalhes, reitero que cerimonial de Instalação é original na Maçonaria anglo-saxônica. Já na Maçonaria latina (francesa), Instalação é simplesmente sinônimo de posse.
Em se tratando de joias distintivas, o Esquadro, utilizado pelo Venerável Mestre, o identifica com o período ancestral da Ordem, ou seja, com o período operativo e a imprescindível aplicação desse instrumento nas antigas construções.
Dado a isso é que em qualquer vertente maçônica, o Venerável Mestre traz consigo como joia distintiva um Esquadro de ramos desiguais. Isso se dá porque o Esquadro junto ao Venerável representa um dos instrumentos do ofício, portanto deve possuir ramos desiguais (com cabo e graduação) de tal modo que a sua figura possa sugerir a construção de um triângulo retângulo, elemento geométrico fundamental para esquadrejamento dos cantos das construções.
É bom lembrar que a disposição dos ramos do Esquadro na proporção de três e quatro (catetos) e cinco (hipotenusa) o identifica como símbolo da 47ª Proposição de Euclides (Teorema de Pitágoras), cujo elemento é tido na Maçonaria Especulativa como um dos emblemas de Verdade Universal.
São essas são as qualificações simbólicas atinentes ao Esquadro como a joia distintiva do Venerável Mestre.
Em se tratando da joia distintiva de Ex-Veneráveis, em face a existência de duas vertentes maçônicas – a inglesa (teísta) e a francesa (deísta) – esses emblemas, por questões culturais e doutrinárias acabam se diferenciando entre elas.
Nesse sentido, na vertente inglesa o Ex-Venerável é conhecido como "Past Master", ou "Imediate Past Master" (para o mais recente). Já na vertente francesa ele é o Ex-Venerável, ou o Ex-Venerável mais recente da Loja.
O termo Mestre Instalado, por força de hábito, o que não cabe aqui agora comentário, acabou se formalizando na Maçonaria latina com um título distintivo (não é grau) dado àqueles que foram eleitos um dia para o veneralato de uma Loja, o que, em linhas gerais acabou se generalizando entre o Venerável Mestre e os Ex-Veneráveis.
No tocante às diferenças, o "Past Master" ou o "Imediate Past Master" (maçonaria anglo-saxônica) utiliza uma joia composta pelo mesmo esquadro utilizado pelo Venerável Mestre, porém pela parte interna do ângulo, preso aos ramos, soma-se uma representação pictográfica do Teorema de Pitágoras na proporção 3, 4 e 5.
Já o Mestre Instalado (Ex-Venerável mais recente ou não) da maçonaria francesa traz consigo uma joia distintiva composta por um Compasso sobre um Esquadro, sendo que o primeiro se apresenta aberto a 45 graus tendo as pontas das suas respectivas hastes incidentes a um arco de círculo correspondente à oitava parte de um total de 360 graus (totalidade cósmica). Ao centro do conjunto Esquadro-Compasso vai um "Olho Onividente" rutilante, ou mesmo a figura do Sol.
Significados - Quanto às explicações pertinentes às joias distintivas, a do "Past Master" (maçonaria inglesa), a representação pictográfica do Teorema de Pitágoras representa por parte do seu usuário o domínio e prática restrita àqueles que já ocuparam o cargo de Venerável Mestre. Em termos práticos, o seu conhecimento habilita o profissional que, munido do cordel e da trena aplique com precisão a 47ª Proposição de Euclides no esquadrejamento dos cantos que a posteriori serão levantados a prumo. De modo especulativo essa alegoria menciona a retidão e o zelo que devem ser aplicados no canteiro especulativo (Loja). Assim, presente na joia distintiva do "Past Master" esse emblema exprime que o domínio dessa grande Verdade só é reservado àqueles que dirigem, ou já dirigiram, os trabalhos simbólicos de uma Loja maçônica.
No que diz respeito ao significado da joia distintiva do Ex-Venerável (Mestre Maçom Instalado) da maçonaria latina, a abertura do Compasso a 45 graus – 8ª parte do círculo, representa, em primeira análise, o comedimento nas ações daquele que foi um dia instalado na cadeira da Loja. Em síntese, a limitação da abertura do Compasso significa que a Sabedoria deve ser usada com moderação, pois o poder, se utilizado em excesso e sem limite, pode se transformar em opressão e tirania. A abertura em 45 graus sobre o arco de círculo também simboliza a humildade e a limitação do ser humano diante do conhecimento cósmico da divindade. A abertura a 45 graus simula a metade da abertura máxima de 90 graus ¼ do círculo – o ângulo reto ou esquadria (abertura áurea). O Esquadro simboliza o caminho da retidão e o Compasso a justa medida, virtudes imprescindíveis àqueles que conduzem os trabalhos de uma Loja. O Sol, ou o Olho Onividente, representa a Sabedoria aplicada às ações de um Mestre Maçom Instalado.
Cabe lembrar que o REAA, embora possua, por questões históricas, influências anglo-saxônicas, ele é um rito de raiz essencialmente francesa.
Por fim, a graduação de um segmento de arco de círculo associado à abertura do compasso denota limite e comedimento. É o que eu poderia explanar atendendo ao significado. De resto, variações existem, mas elas carecem de um estudo acurado já que ao bel prazer dos "achistas", muitos símbolos indubitavelmente se encontram deturpados.


E.T. – Esses comentários se prendem apenas à Maçonaria simbólica que é a universal. Ao colegiado litúrgico dos "graus filosóficos" cabe as explicações inerentes a essa escola.



T.F.A.

PEDRO JUK


JAN/2020