quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

RETORNO PELA BATERIA DO GRAU - SAÍDA TEMPORÁRIA


Em 11.10.2019 o Respeitável Irmão José Fabiano Ribeiro, Loja Saldanha Marinho, 1.601, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita o seguinte esclarecimento:

RETORNO - BATERIA NA PORTA


Tenho uma dúvida a respeito da batida de entrada no Templo após início em Grau 2. Já li várias trabalhos a respeito de atrasinhos, mas minha dúvida é: já em sessão, no Tempo de Estudos em apresentação de um trabalho Grau 2, o Venerável Mestre pede para que o Companheiro saia do templo para ser trolado, como deve ser a bateria para retorno, sempre na universal de Aprendiz, ou se dá na batida do Grau 2? Ficaria muito feliz se me tirasse essa dúvida.

CONSIDERAÇÕES.

Vamos antes tratar do termo "trolado" mencionado na sua questão.
Essa não é a expressão apropriada para o caso. Como o próprio ritual ensina, o termo adequado é "telhado".
Nesse caso, a palavra telhamento é um neologismo maçônico adotado para designar a verificação da qualidade do maçom no tocante ao seu grau. A cobertura dos trabalhos designa na Moderna Maçonaria a manutenção da qualidade e do sigilo (um dos Landmarks da Ordem). Daí o Cobridor do Grau e os cargos de Cobridor (Inner Guard) e Guarda Externo (Tyler) se relacionarem à cobertura, por extensão ao telhamento como ato de telhar.
Como o termo figurado está associado diretamente à cobertura do recinto, designa-se então que a mesma se faz figuradamente com telhas (telhadura – ato ou efeito de telhar) e não com "trolas" (sic) ou trolhas. Nesse sentido, conforme a sua questão o Companheiro seria telhado e não trolado, ou trolhado. Destaque-se que o termo "trolhar" é utilizado em Maçonaria para aparar arestas (eventuais rusgas que possam existir entre os Irmãos), pois trolha não cobre, mas alisa superfícies.
Em relação ao Grau de Companheiro e a bateria na porta para retorno de um obreiro que teve para si o templo coberto temporariamente, o ato não se trata de um atraso, porém o de um procedimento instrucional. Nesse caso o Companheiro fará a entrada formal como instrução pela bateria do Grau 02 na porta, destacando que esse não é ingresso de retardatário, mas um caso de instrução e verificação de um obreiro que inclusive já se encontrava participando dos trabalhos. Ele com aspirante ao aumento de salário só saiu temporariamente para cumprir exigências de avaliação que lhe foram impostas pela doutrina do Rito.
Já o atrasado é aquele que chega na Loja após terem sidos iniciados os trabalhos. Nesse caso, independente do grau em que a Loja esteja trabalhando, o retardatário pede ingresso pela bateria universal (de Aprendiz). Desse modo, atrasado em qualquer circunstância dá na porta a bateria universal (de Aprendiz).


T.F.A.

PEDRO JUK

JAN/2020

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