Em 11.10.2019 o Respeitável Irmão José Fabiano Ribeiro, Loja Saldanha
Marinho, 1.601, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita o
seguinte esclarecimento:
RETORNO - BATERIA NA PORTA
Tenho uma dúvida a
respeito da batida de entrada no Templo após início em Grau 2. Já li várias
trabalhos a respeito de atrasinhos, mas minha dúvida é: já em sessão, no Tempo
de Estudos em apresentação de um trabalho Grau 2, o Venerável Mestre pede para
que o Companheiro saia do templo para ser trolado, como deve ser a bateria para
retorno, sempre na universal de Aprendiz, ou se dá na batida do Grau 2? Ficaria
muito feliz se me tirasse essa dúvida.
CONSIDERAÇÕES.
Vamos antes tratar do termo "trolado"
mencionado na sua questão.
Essa não é a expressão apropriada para o caso.
Como o próprio ritual ensina, o termo adequado é "telhado".
Nesse caso, a palavra telhamento é um
neologismo maçônico adotado para designar a verificação da qualidade do maçom
no tocante ao seu grau. A cobertura dos trabalhos designa na Moderna Maçonaria a
manutenção da qualidade e do sigilo (um dos Landmarks da Ordem). Daí o Cobridor
do Grau e os cargos de Cobridor (Inner Guard) e Guarda Externo (Tyler)
se relacionarem à cobertura, por extensão ao telhamento como ato de telhar.
Como o termo figurado está associado diretamente
à cobertura do recinto, designa-se então que a mesma se faz figuradamente com
telhas (telhadura – ato ou efeito de telhar) e não com "trolas" (sic)
ou trolhas. Nesse sentido, conforme a sua questão o Companheiro seria telhado
e não trolado, ou trolhado. Destaque-se que o termo "trolhar" é
utilizado em Maçonaria para aparar arestas (eventuais rusgas que possam existir
entre os Irmãos), pois trolha não cobre, mas alisa superfícies.
Em relação ao Grau de Companheiro e a bateria
na porta para retorno de um obreiro que teve para si o templo coberto temporariamente,
o ato não se trata de um atraso, porém o de um procedimento instrucional. Nesse
caso o Companheiro fará a entrada formal como instrução pela bateria do Grau 02
na porta, destacando que esse não é ingresso de retardatário, mas um caso de
instrução e verificação de um obreiro que inclusive já se encontrava participando
dos trabalhos. Ele com aspirante ao aumento de salário só saiu temporariamente para
cumprir exigências de avaliação que lhe foram impostas pela doutrina do Rito.
Já o atrasado é aquele que chega na Loja após
terem sidos iniciados os trabalhos. Nesse caso, independente do grau em que a
Loja esteja trabalhando, o retardatário pede ingresso pela bateria universal (de
Aprendiz). Desse modo, atrasado em qualquer circunstância dá na porta a bateria
universal (de Aprendiz).
T.F.A.
PEDRO
JUK
JAN/2020
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