Em
10/07/2017 o Respeitável Irmão Paulo Assis Valduga, Mestre Maçom, portador de
quite-placet da Loja Luz Invisível, REAA, COMAB, Oriente de São Borja, Estado
do Rio Grande do Sul, solicita comentários sobre uma peça de arquitetura que
tem por mote o trabalho do Mestre de Cerimônias no Rito Escocês Primitivo.
FORÇA CÓSMICA
Gostaria de me ensinar o que é
FORÇA CÓSMICA, por favor, não vá me responder que é uma força vinda do cosmos,
para isso não preciso ser um Carl Sagan, mas como ela é citada (a mil) em
Maçonaria e até hoje ninguém soube me explicar convenientemente, apelo para a
vossa sapiência: como se traduz? O que ela faz? Atinge ou privilegia apenas alguns
iluminados? Tem a ver com os raios cósmicos que nos bombardeiam dia e noite?
Vendo e lendo coisas pitorescas
na Arte Real me despeço com um grande e fraterno abraço
CONSIDERAÇÕES.
Pois é meu Irmão, o que
fazer. Essas são as ilações e contradições de ocultistas que insistem em rechear
a nossa sofrida cultura maçônica com as suas opiniões particulares.
Convenientemente, eu temo
que o Irmão não vá achar ninguém que lhe dê uma explicação plausível e livre de
fantasias.
É incrível o imaginário
humano e as suas qualificações. Forças astrais, cósmicas, egrégoras, etc., são
meras ilações em se tratando da pura Maçonaria.
Vivemos esse “caos
cultural” desde o século XVIII quando a Maçonaria Especulativa, ou dos Aceitos,
aceitou o ideário filosófico, cultural e social de diversas manifestações
humanas. Na intenção de formar um arcabouço simbólico, muitos se aproveitaram dessa
oportunidade para fazer proselitismo e expor suas convicções em nome da
liberdade de manifestação e pensamento.
Essa semente maligna (do
imaginário) proliferou e ainda nos alcança em pleno século XXI trazida por
espíritos temerários que teimam em fazer dos templos maçônicos um palco por onde
desfilam anacronismos, credos e superstições.
É mesmo de se ficar horrorizado
quando tratamos de uma Instituição como a Moderna Maçonaria nascida para
espargir luzes e combater a ignorância possuir nas suas entranhas ideias
suportadas por comentos tendenciosos e falaciosos.
Assim, ainda encontramos,
em nome da liberdade de pensamento, sensitivos e videntes maçons que insistem
em “ver” espíritos, sentir forças astrais, cósmicas e outras coisas que a
valham dentro do Templo, esquecendo-se esses (ou mesmo sem saber) que a Loja é
um canteiro de obras especulativo que propõe a reconstrução de um homem despido
de vícios, vaidades e superstições.
Nada tenho contra a
credulidade humana, todavia cada um deve buscar a sua fé nos ambientes que lhe
são próprios e nunca de modo desordenado “achar” que a Maçonaria foi criada
para essa finalidade.
Não sou adepto dessas
ideias e, em não sendo delas partidário, pouco disponho, ou melhor, nada possuo
para explicar sofismas. Ora, comparar o Mestre de Cerimônias com um peregrino e
o seu “cajado” (sic) no caminho de
Santiago de Compostela é mesmo d’escrachar[1].
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2017
[1] Trecho de um trabalho
a mim enviado pelo consulente no intuito de me mostrar, dentre outras, uma das
aberrações escritas intitulado Bajo la
Dirección del Maestro de Ceremonias - Diario Masónico 01 julio 2017.
Me recordo de quando houve uma intervenção em uma Loja do litoral paranaense justamente por desejarem transformar o templo maçônico em terreiro.
ResponderExcluirAinda bem que foi corrigido e a loja hoje é uma referência.
Ainda vejo que restam alguns ilusionistas que acreditam nessa "força" sem perceber que a verdadeira força está no conjunto de membros que compõe a loja seguindo seus verdadeiros princípios que é o trabalho e o desenvolvimento intelectual do ser humano para levantar Templos às virtudes.
Não por acaso eu fui o interventor da Loja. Três abraços mano Jorge.
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