Em 01/06/2017 o
Respeitável Irmão Paulo Assad, Loja Mineira de Estudos e Pesquisas Maçônicas, Grande
Oriente de Minas Gerais (COMAB), Rito de York, Oriente de Uberaba, Estado de
Minas Gerais, através do meu Blog http://pedro-juk.blogspot.com.br,
formula a seguinte questão:
TRAJE NO RITO DE YORK
Fundamos uma Loja do Rito de York. Como é tudo novo nesse rito para nós,
temos muitas duvidas. Qual a vestimenta correta para assistir as reuniões?
Terno e gravata, balandrau ou apenas o avental.
CONSIDERAÇÕES.
Primeiro é preciso ver o que preceitua o
Regulamento do seu Grande Oriente no que diz respeito ao traje nas Sessões
Maçônicas das suas Lojas. Se nele nada mencionar a respeito, então existem
ainda as tradições e costumes hauridos dos Ritos ou Trabalhos maçônicos que
podem ser seguidos.
No tocante ao Rito de York, caso seja aquele praticado
pelo Craft norte-americano, o traje costumeiro habitualmente é determinado pela
Grande Loja Estadual americana a qual ele pertence. Geralmente nos Estados
Unidos da América no Norte, algumas Grandes Lojas admitem nas sessões comuns (as
que aqui conhecemos como “econômicas”) um traje normal e que seja confortável
conforme o clima da região, desde que seja ele decente. Obviamente que o maçom
veste por sobre ele seu o respectivo avental, mantendo o traje de gala (terno e
gravata pretos, camisa branca e sapatos e meias pretos) apenas para as Sessões
Magnas (públicas ou exclusivas para maçons). Mas isso, como já mencionado,
depende da Grande Loja estadual e dos seus costumes, já que algumas delas
somente aceitam nas suas sessões, sejam elas magnas ou não, maçons vestidos com
traje de gala e avental.
Já no Craft inglês que infelizmente aqui no
Brasil inventaram para o Trabalho de Emulação o nome equivocado de Rito de York
(embora alguns defendam o título ferrenhamente), o mais comum é que o maçom se
apresente trajado de terno e gravata pretos, camisa branca e sapatos e meias
pretos, obviamente também usando o avental.
No Brasil, em se tratando de rituais da vertente
inglesa de Maçonaria, a praxe é seguir o traje conforme se faz na Inglaterra,
mas é necessário que antes se consultem os regulamentos das nossas Obediências para
examinar se os mesmos se identificam. Em último caso, havendo contradições, a
Loja pode estabelecer no seu Regimento Interno o hábito do terno preto, desde
que isso não afronte alguma Lei emanada de instância superior.
Em síntese, aqui no Brasil conforme a
Obediência, quando se menciona Rito de York, ele tanto pode ser componente do
Craft norte-americano, como do inglês. Cabem as Lojas que o adotam saber fazer
essa distinção, pois embora de títulos análogos, existem diferenças entre eles.
Na Inglaterra a Grande Loja não reconhece
ritos, mas Trabalhos (workings) a
exemplo do ritual de Emulação, Bristol, Taylor’s, Humber, West End, etc. O nome
Rito de York nem se faz presente na Moderna Maçonaria inglesa senão como uma
referência lendária aos maçons de York, uma pequena cidade medieval existente
em North Yorkshire na Inglaterra.
Já nos Estados Unidos da América do Norte, o
Craft americano se baseia na organização do sistema antigo inglês (1751)
organizado em solo norte-americano por Thomas Smith Webb, cujo rito ficaria
conhecido como Rito de York ou Rito Americano.
Concluindo, em se tratando de ritos ou
trabalhos derivados da Maçonaria inglesa e norte-americana, o seu traje mais
apropriado é o formal (terno preto), dispensando-se completamente o uso do balandrau
negro talar, pois embora seja ele também genuinamente maçônico, não é adotado e
até mesmo contestado por alguns exegetas, sobretudo se mencionado no Rito de
York.
T.F.A.
PEDRO
JUK
JULHO/2017
Emin. Ir. Pedro Juk. A denominação "Rito de York" no GOB foi dada pelos próprios maçons Ingleses, e não por algum gênio do GOB. O GOB denominava os Ritos que não tinham graus superiores como "Rito Symbolico", e passou a adotar "Rito de York" na Constituição de 1907 pois era como os Ingleses no Brasil, e suas Lojas no GOB (Eureka, Duke of Clarence e Morro Velho, só para denominar as fundadas no século XIX) denominava o rito que praticavam. Não utilizavam o Emulation Ritual pois este só foi publicado em 1967. Então, para nós GOBIANOS, o rito que trabalha com um ritual inglês adaptado à legislação do GOB (o Emulation, mas poderia ser qquer outro) é RITO DE YORK.
ResponderExcluirVamos respeitar a sua opinião.
ExcluirMuito obrigado mas não é uma questão de opinião, mas um resgate de fatos DOCUMENTADOS. Por outro lado os que "defendem ferrenhamente" que o Rito de York do GOB deveria se chamar "Trabalho de Emulação" não apresenta nenhum documento para embasar esta opinião. Em nenhuma sessão do Grande Capitulo do Rito de York (que funcionou entre 1913 e 1935) há algum questionamento quanto ao nome do Rito, muito pelo contrário: em correspondências enviadas a Londres mencionavam que trabalhavam no Rito de York. Por outro lado, o "Trabalho de Emulação" não tem, por exemplo, Diretor de Cerimônias e o Rito de York tem; não tem Mestre da Caridade e o Rito de York tem; não faz coleta para o tronco de beneficência e o Rito de York faz; não tem Membro do Ministério Público e o Rito de York tem; nao tem Capelão e no Rito de York tem; não faz leitura de atas e no Rito de York faz; não tem entrada do pavilhão nacional e no Rito de York tem. No Trabalho de Emulação o 1º Diácono senta na cadeira onde no Rito de York é reservada apenas ao Grão Mestre. Por outro lado, o Rito Escocês Antigo e Aceito não é escocês e já sofreu inúmeras alterações desde que chegou ao Brasil proveniente da França. Porque não mudam o nome?
ResponderExcluirObrigado pela exposição. Fraterno Abraço.
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