Em 01/07/2018 o Respeitável Irmão
Joaquim Vicente Filho, Loja Duque de Caxias Luzeiro do Oriente, 252, REAA,
GOB-PE, Oriente de Recife, Estado do Pernambuco, solicita esclarecimentos para
o que segue:
BATERIA NA PORTA E O RETARDATÁRIO.
Nobre irmão, são tantas dúvidas entre
os Maçons, umas devido às invencionices, outras à usos e costumes, etc. Quando
somos indagados sobre um irmão chegar atrasado na reunião qual seria a forma de
adentrar ao Templo. Embora o ritual diga que o Cobridor Interno verifica quem
bate pra anunciar em seguida, tenho me baseado no que aprendi há 34 anos:
Suponhamos que a Loja esteja trabalhando no Grau 3 O irmão atrasado bate como
Aprendiz – O Cobridor devolve as pancadas como Aprendiz o atrasado bate como
Companheiro O Cobridor devolve como Companheiro e aí se bate como Mestre.
Sei que não consta nos rituais, mas
me parece com todo respeito ser uma forma correta de telhamento. Qual a sua
opinião a respeito, e se procede?
CONSIDERAÇÕES.
Já escrevi bastante
sobre esse assunto, entretanto pelo perfil do maçom latino, ele sempre volta à
tona.
Na realidade, a
pontualidade é uma das virtudes do maçom, daí os nossos regulamentos e rituais
não preconizarem instruções para o ato de se chegar atrasado.
Nesse sentido, em
se tratando da pontualidade e o início dos trabalhos da Loja, o atraso não
deveria existir, mas como há o tal do “por motivo de força maior”, não raras
vezes aparecem justificativas para a sua existência.
Por aqui o Cobridor
Externo tem sido um mero elemento decorativo nos trabalhos da Loja, sendo um
cargo que dificilmente é preenchido e, quando ele porventura é ocupado, boa parte
dos rituais orienta para que logo após a abertura dos trabalhos se dê o seu
ingresso e permanência no interior da sala da Loja (fica sem função).
Obviamente que se
houvesse um Cobridor Externo no átrio da Loja, um eventual retardatário por
primeiro a ele se dirigiria antes de bater diretamente na porta do Templo,
cabendo a esse Cobridor dar as informações necessárias e tomar as providências.
Como nenhuma coisa
e nem outra acontece, vez por outra a Loja convive com retardatários batendo à
porta para pedir ingresso. Dado a isso existe uma regra consuetudinária para
que não aconteçam verdadeiras batucadas por transformação de baterias na porta.
Assim, independente do grau de trabalho da Loja, o retardatário dará sempre na
porta a bateria maçônica universal - a do Aprendiz Maçom.
Nesse sentido, em
sendo propício o momento para o ingresso de um retardatário, o Cobridor Interno
comunica a Loja e os procedimentos se seguem na forma de costume. Em seguida o
Cobridor verifica quem bate, cabendo a ele verificar se o retardatário possui
grau suficiente para ingressar. Portanto, não existem nessa oportunidade
réplicas e nem adequações de bateria do grau entre os protagonistas. Em
síntese, o retardatário bate sempre como Aprendiz, ficando o seu ingresso
condicionado à sua qualificação iniciática (grau) e a condição na qual a Loja
esteja aberta. A verificação é feita pessoalmente pelo Cobridor Interno.
Se porventura o
retardatário pedir ingresso na forma de costume (bateria universal) e o momento
não for propício para o seu ingresso, o Cobridor Interno então dará pelo lado
de dentro a mesma bateria universal, o que deve ser imediatamente subentendido
como um aviso para que o retardatário aguarde. Assim, o retardatário espera até
que lhe seja franqueado o ingresso. Atenção: essa atitude não pode ser
confundida como um pedido para que se dê a bateria de outro grau. Ela significa
simplesmente: aguarde!
Por assim ser, no
caso de Irmão chegar atrasado e pedir ingresso, a bateria na porta será sempre
uma só - a universal (Aprendiz).
A condição de
ingresso ou não, depende da verificação in
loco feita pelo Cobridor Interno. Nunca, nessa oportunidade, se deve mudar
para a bateria correspondente a outro grau.
Obviamente que toda
essa prática é apropriada para um retardatário que seja membro do quadro, ou no
máximo um Irmão conhecido da Loja. Em se tratando de Irmão desconhecido, o
pedido de ingresso também será pela bateria universal (Aprendiz), porém a investigação
deve demandar de telhamento completo executado pelo Segundo Experto, assim como
o Orador deve constatar a regularidade e a veracidade da identidade maçônica do
visitante.
No Blog do Pedro
Juk certamente o Irmão encontrará mais comentários a respeito desse tema.
T.F.A.
PEDRO JUK
SET/2018
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