Em 17.08.2022 o Respeitável Irmão Pedro Henrique Flessak, Loja Cavaleiros de Aço Sudoeste, 4506, REAA, GOB-PR, Oriente de Marmeleiro, Estado do Paraná, pede esclarecimentos.
MARCHA DO APRENDIZ
CONSIDERAÇÕES.
O Orador da sua Loja está corretíssimo. A questão é que nada mudou, mas
foi sim corrigido esse "fetiche" de que Aprendiz deve arrastar os pés
e andar de lado (com o pé esquerdo arrastando para frente) durante a marcha do
seu grau.
Infelizmente esse erro crasso ficou radicado no REAA sob a justificativa,
dentre outros absurdos, de que o Aprendiz, ainda ligado a matéria, tem que
arrastas os pés durante a marcha. Pura invencionice que acabou encantando ritualistas
que certamente desconhecem a origem dessa prática ritualística.
Corretamente, no REAA o Aprendiz, compondo o Sin∴ de Ord∴ do grau deve, ao executar a marcha, andar normalmente em linha reta,
isto é, sem arrastar o pé avançar por primeiro o p∴ esq∴ e em seguida, sem arrastar o pé juntar a ele o seu p∴ dir∴ pelos cc∴, formando assim uma esq∴ sobre o Pavimento Mosaico disposto de modo oblíquo e não feito um
tabuleiro de xadrez (vide essa disposição na página 22 do ritual).
Desse modo o pé esquerdo fica aberto a 45º do eixo imaginário
Leste-Oeste e o direito, da mesma forma, também a 45º (posição aproximada).
A referência dos pés em esquadria é o Pavimento Mosaico com as suas
intersecções oblíquas. Cada peça quadrada preta e branca que forma o pavimento
é uma espécie de medida de um passo.
Na verdade, o Pavimento não exige que os pés fiquem milimetricamente coincidindo
com as linhas das juntas, contudo dá a referência para a postura dos pés. Isso
faz com que o Aprendiz não fique a apontar equivocadamente o p∴ esq∴ para frente e andando de lado.
No REAA a postura ao caminhar na marcha é ter o corpo de frente para o Oriente,
não o ombro esquerdo para frente.
Infelizmente, boa parte dos nossos Irmãos aprendeu de modo errado e acha
que somos nós que estamos mudando as coisas, o que não é verdade, pois o que de
fato está se fazendo é corrigir um vício errado que de há muito vinha sendo seguido.
No anexo que lhe enviei anteriormente há uma ilustração dos passos do Aprendiz
feitos no REAA.
Só para ilustrar, nos tempos primitivos, época dos primeiros rituais do
simbolismo do REAA, entre 1804 e 1821 na França, comentava-se apenas e tão
somente que eram dados oito passos normais, ainda sem que os mesmos fossem
divididos nos três graus (nem há registro de que se andava com o sinal).
Assim, desde esses primórdios ritualísticos não se via nenhuma menção ao
arrastar de pés. A referência era pura e simplesmente andar com “passos normais”.
Concluindo, reitero que seja observado o Sistema de Orientação
Ritualística (SOR) do GOB, implantado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre
Geral. O SOR é a única orientação oficial do GOB, lembrando, nesse particular,
que todos os manuais de dinâmica, procedimentos e outros do gênero estão
suspensos por Decreto desde 2009 (vide no Decreto que institui cada ritual).
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Geral de Orientação
Ritualística
GOB-PODER CENTRAL.
http://pedro-juk.blogspot.com.br
JAN/2023
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu Ir, embora a curiosidade não deva guiar o profano a Iniciação, ela deve acompanhar o já Iniciado. Tendo isso em mente, executei a marcha das duas formas, com o pé esquerdo voltado para frente (corpo de lado) e com os pés em esquadria (corpo de frente). Na primeira posição, o ato de arrastar os pés é bem fácil, quase que natural. Já na segunda posição, é extremamente difícil, antinatural e até desconfortável. Fica a curiosidade (conhecimento) para os IIr.
ResponderExcluir