quinta-feira, 30 de maio de 2024

COLETA DO TRONCO E A MODERNIDADE TECNOLÓGICA

 

Em 07.09.2023 o Respeitável Irmão Adriano Amaral de Oliveira Burity, Loja Harmonia Itarantiense, REAA, GLEB (CMSB), Oriente de Itarantim, Estado da Bahia, apresenta a dúvida seguinte:

 

TRONCO E A MODERNIDADE TECNOLÓGICA

 

Achei seu site, pois estava pesquisando sobre o tronco de solidariedade e como manter o landmark diante de tanta tecnologia.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

A caridade não se trata propriamente de um Landmark, porém ela é uma forma, até certo ponto iniciática, de se praticar a virtude da filantropia sem ostentação.

A forma ritualística de coleta do Tronco, através de uma bolsa durante um determinado período da sessão, é característica de alguns ritos maçônicos, principalmente os de vertente francesa, como é o caso do REAA.

No que diz respeito à tecnologia e o tronco de beneficência maçônica, ela bate de frente com o sigilo – este sim um Landmark - já que o Tesoureiro ao receber o produto auferido, se não na forma de costume, acabaria sabendo o valor individual das doações.

Nesta conjuntura, há ainda o conceito iniciático que envolve a circulação da bolsa, o que lhe dá uma característica especial durante a liturgia da coleta.

                     É oportuno dizer que, mediante a lisura e transparência da coleta, o seu produto em moeda corrente deve ser conferido, anunciado e anotado na mesma sessão em que o tronco fez o trajeto ritualístico.

À vista disso, a forma consagrada de coleta deve permanecer como está, isto é, obedecendo à circulação e os doadores sendo discretos na doação. Assim, antes de deturpar uma prática prevista no ritual em nome do modernismo, o melhor é que os Irmãos venham para a sessão preparados e com um montante a ser doado, ou seja, trazer consigo algum valor em espécie se ele puder doar alguma coisa. Não há como alterar uma prática consagrada há anos a despeito do progresso tecnológico. 

Doações para a caridade da Loja também podem ser feitas fora da prática ritualística, isto sim, sem o segredo de saber quem doou e quanto doou. Basta que se crie um mecanismo para tal, mas fora de uma sessão ritualística para não ferir o ritual. Nesse caso o doador fará uso de outros métodos, sem, contudo, ir contra a liturgia de uma coleta consagrada e prevista pelo ritual.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

MAIO/2024

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