Em 20.05.2023 o Respeitável Irmão Joséllio Carvalho, Loja Libertas Quae Sera Tamen, 1180, REAA, GOB-MG, Oriente de Ipanema, Estado de Minas Gerais, faz a pergunta seguinte:
LUVAS FEMININAS
Tenho uma dúvida, qual talvez possa ser a de outros
irmãos, por isso recorro a ti. Na iniciação são entregues luvas para o novo Irmão
e a Cunhada.
Os Irmãos mais antigos dizem que a luva da cunhada por ser usada por ela para identificação e pedido de socorro, como se fosse um sinal, mas nunca vi isso descrito pelo GOB ou outra Obediência.
Além do belo simbolismo da luva branca, ela tem
alguma serventia prática para a esposa de um maçom?
CONSIDERAÇÕES.
Veja, em lugar algum no ritual do REAA em vigência no GOB está escrito
que o Aprendiz recém iniciado deva entregar o par de luvas femininas especificamente à sua
esposa.
Notadamente lhe é dito que ele deve entregar àquela que lhe causar maior
estima. Isso quer dizer que à sua escolha ele livremente pode entrega-las à sua esposa, sua
mãe, sua madrinha, avó, filha, tia, ama de leite, etc.
Obviamente que isso não dá brecha para destiná-las a uma amante, por
exemplo, pois se parte do pressuposto de que durante as sindicâncias no processo
de admissão nada foi constatado de imoral que maculasse a conduta do candidato,
o que fez com que ele fosse aprovado limpo e puro.
No caso do REAA, onde o Aprendiz tem a liberdade de entregar o par de
luvas àquela que ele julgar segundo a sua determinação, a Maçonaria procura dar com isso uma lição
de liberdade, em oposição a qualquer ato de imposição.
Assim, em se tratando do REAA, conforme o ritual, o Iniciado é quem
escolhe a quem entregar o par de luvas.
Nesse sentido, é oportuno lembrar que também não existe nenhuma orientação
prevendo entrega formal à pessoa escolhida. Cabe ao iniciado escolher quando e
como particularmente ele fará a entrega. À vista disso, não é dado o direito de
ninguém interferir no momento e na escolha.
No que diz respeito ao “sinal de socorro” com as luvas para a portadora
das mesmas, afirmo peremptoriamente que no REAA essa prática não existe, portanto,
nem merece comentários da minha parte, até porque não se encontra relatado nem mesmo no
ritual em vigência e nem no SOR.
Por oportuno, reitero que essas considerações são atinentes ao ritual de
Aprendiz do REAA em vigência no GOB, a despeito de que podem existir rituais de
outros ritos que possam adotar práticas que envolvem esse tema. Assim, insisto
em afirmar que não se admitem práticas de outros ritos em um outro determinado rito.
Respeite-se antes de mais nada a sua estrutura doutrinária original. Trocando
em miúdos, isso quer dizer que “cada macaco fica no seu galho”.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
OUT/2023
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