Em 08/12/2017 o Respeitável Irmão
Thiers Trindade, Loja José Mesquita Silveira, 2.548, Rito Brasileiro, GOB-SE,
Oriente de Itabaiana, Estado do Sergipe, apresenta a questão que segue:
ABORDAGEM NA TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA.
Li em um blog na internet uma peça de sua autoria (TRANSMISSÃO DA
PALAVRA SAGRADA) e me chamou muita atenção sobre a chegada dos Diáconos aos
altares dos Vigilantes para a transmissão da palavra.
Esse é um assunto que gera muitos debates em nossa oficina, em nosso
ritual lê-se que: (os diáconos chegam
pela esquerda dos altares dos vigilantes) é nesse ponto que começ
a as
dúvidas, muitos entendem que a chegada deve ser feita pelo lado esquerdo do
vigilante que está de pé, já outros (como eu) entendem que a chegada deve ser
pelo lado esquerdo do diácono que está chegando, sendo assim pelo lado direito
do Vigilante e para pensar assim, tomei como base alguns fatos...
1º - O recebimento da palavra no oriente se dá da mesma forma, no ritual
lê-se da mesma forma (chega pela
esquerda do altar do Ven\) com a diferença que lá explica sobre o lado
nordeste, sendo assim fica claro que no Oriente a chegada é pelo lado esquerdo
do Diácono e consequentemente à direita do Ven\, sendo assim, supõe-se que no Ocidente deve-se fazer da mesma forma.
2º - A circulação no ocidente deve ser feita no sentido horário, sendo
assim, quando o Diácono chega para transmitir a palavra, esse deve chegar pelo
lado esquerdo dele e direito do vigilante, pois caso seja feito o inverso, o
Diácono passará primeiro pela frente do altar do Vigilante e depois voltará p/
chegar ao lado esquerdo do Vigilante, quebrando assim a forma correta de
circulação.
Esses são alguns pontos que geram muitos debates por aqui e que nunca
tivemos nenhum esclarecimento nem do GOB e nem da própria delegacia do Rito.
Ao ler sua peça, notei que pensa como eu e queria saber se tem mais
algum esclarecimento sobre este assunto.
CONSIDERAÇÕES.
Sem inventar e sem
complicar, as Luzes da Loja costumeiramente são abordadas pela sua direita,
isto é, pelo seu ombro direito. Não existe a complicação de se ficar
contornando as mesas na intenção de fazer firulas ritualísticas horárias.
Infelizmente nossos
rituais não raras vezes tem sido muito confusos devido aos “fazedores de
ritual” que não atentam para os detalhes que são necessários para a execução de
um procedimento ritualístico.
Nessas descrições é
preciso que fique bem claro se o lado direito e esquerdo é daquele que aborda,
ou daquele que é abordado. Geralmente se usa o termo “ombro direito” para
aquele que está sendo abordado.
Se observado esse
detalhe, solucionam-se os problemas de interpretação nesse caso.
Devo ainda esclarecer
que a abordagem pela direita, em se tratando da direita das Luzes, ela atende
apenas a praticidade da ação sem que nela nada exista de esotérico, oculto ou
místico.
É mesmo
impressionante como uma ação tão simples se complica ao ponto de gerar debates
sobre assuntos que nada constroem.
Para piorar ainda
mais, editam-se rituais complicados e prolixos, mas quando é solicitada uma
explicação à autoridade competente ela só faz em se calar – provavelmente
porque não tem fundamento para responder.
Esse ritual mencionado
na questão poderia pelo menos indicar sob qual ponto de vista se vislumbra o
lado direito e o lado esquerdo de alguém ou de alguma coisa.
No que diz respeito à
circulação horária no Ocidente, que é comum em alguns Ritos, ela só deveria se
dar quando da passagem de alguém em Loja aberta de uma para outra Coluna. Nesse
caso a referência é o centro do Templo no Ocidente e com o ombro direito para o
lado de dentro do trajeto circular imaginário.
Assim, do Norte para
o Sul se passa pelo espaço mais próximo do limite do Ocidente com o Oriente,
enquanto que do Sul para o Norte se faz passando pelo extremo do Ocidente no
espaço próximo à porta de entrada da Sala da Loja.
Como o Rito
Brasileiro teve a sua criação fundamentada no REAA, genuinamente na mesma
Coluna não existe, ou pelo menos não deveria existir circulação, portanto dispensam-se
as “voltinhas” em torno dos lugares dos Vigilantes.
Concluindo, menciono
que essas considerações se prendem à originalidade ritualística e não possui
nenhuma intenção de desrespeitar ritual em vigência.
T.F.A.
PEDRO JUK
MARÇO/2018
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