segunda-feira, 19 de março de 2018

LADO DA ABORDAGEM NA TRANSMISSÃO DA PALAVRA


Em 08/12/2017 o Respeitável Irmão Thiers Trindade, Loja José Mesquita Silveira, 2.548, Rito Brasileiro, GOB-SE, Oriente de Itabaiana, Estado do Sergipe, apresenta a questão que segue:

ABORDAGEM NA TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA.


Li em um blog na internet uma peça de sua autoria (TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA) e me chamou muita atenção sobre a chegada dos Diáconos aos altares dos Vigilantes para a transmissão da palavra.
Esse é um assunto que gera muitos debates em nossa oficina, em nosso ritual lê-se que: (os diáconos chegam pela esquerda dos altares dos vigilantes) é nesse ponto que começ
a as dúvidas, muitos entendem que a chegada deve ser feita pelo lado esquerdo do vigilante que está de pé, já outros (como eu) entendem que a chegada deve ser pelo lado esquerdo do diácono que está chegando, sendo assim pelo lado direito do Vigilante e para pensar assim, tomei como base alguns fatos...
1º - O recebimento da palavra no oriente se dá da mesma forma, no ritual lê-se da mesma forma (chega pela esquerda do altar do Ven\) com a diferença que lá explica sobre o lado nordeste, sendo assim fica claro que no Oriente a chegada é pelo lado esquerdo do Diácono e consequentemente à direita do Ven\, sendo assim, supõe-se que no Ocidente deve-se fazer da mesma forma.
2º - A circulação no ocidente deve ser feita no sentido horário, sendo assim, quando o Diácono chega para transmitir a palavra, esse deve chegar pelo lado esquerdo dele e direito do vigilante, pois caso seja feito o inverso, o Diácono passará primeiro pela frente do altar do Vigilante e depois voltará p/ chegar ao lado esquerdo do Vigilante, quebrando assim a forma correta de circulação.
Esses são alguns pontos que geram muitos debates por aqui e que nunca tivemos nenhum esclarecimento nem do GOB e nem da própria delegacia do Rito.
Ao ler sua peça, notei que pensa como eu e queria saber se tem mais algum esclarecimento sobre este assunto.

CONSIDERAÇÕES.

Sem inventar e sem complicar, as Luzes da Loja costumeiramente são abordadas pela sua direita, isto é, pelo seu ombro direito. Não existe a complicação de se ficar contornando as mesas na intenção de fazer firulas ritualísticas horárias.
Infelizmente nossos rituais não raras vezes tem sido muito confusos devido aos “fazedores de ritual” que não atentam para os detalhes que são necessários para a execução de um procedimento ritualístico.
Nessas descrições é preciso que fique bem claro se o lado direito e esquerdo é daquele que aborda, ou daquele que é abordado. Geralmente se usa o termo “ombro direito” para aquele que está sendo abordado.
Se observado esse detalhe, solucionam-se os problemas de interpretação nesse caso.
Devo ainda esclarecer que a abordagem pela direita, em se tratando da direita das Luzes, ela atende apenas a praticidade da ação sem que nela nada exista de esotérico, oculto ou místico.
É mesmo impressionante como uma ação tão simples se complica ao ponto de gerar debates sobre assuntos que nada constroem.
Para piorar ainda mais, editam-se rituais complicados e prolixos, mas quando é solicitada uma explicação à autoridade competente ela só faz em se calar – provavelmente porque não tem fundamento para responder.
Esse ritual mencionado na questão poderia pelo menos indicar sob qual ponto de vista se vislumbra o lado direito e o lado esquerdo de alguém ou de alguma coisa.
No que diz respeito à circulação horária no Ocidente, que é comum em alguns Ritos, ela só deveria se dar quando da passagem de alguém em Loja aberta de uma para outra Coluna. Nesse caso a referência é o centro do Templo no Ocidente e com o ombro direito para o lado de dentro do trajeto circular imaginário.
Assim, do Norte para o Sul se passa pelo espaço mais próximo do limite do Ocidente com o Oriente, enquanto que do Sul para o Norte se faz passando pelo extremo do Ocidente no espaço próximo à porta de entrada da Sala da Loja.
Como o Rito Brasileiro teve a sua criação fundamentada no REAA, genuinamente na mesma Coluna não existe, ou pelo menos não deveria existir circulação, portanto dispensam-se as “voltinhas” em torno dos lugares dos Vigilantes.
Concluindo, menciono que essas considerações se prendem à originalidade ritualística e não possui nenhuma intenção de desrespeitar ritual em vigência.



T.F.A.

PEDRO JUK


MARÇO/2018

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