Em 04/12/2017 o Respeitável Irmão
Enéas Dourado, Loja Irmão Valdez Pereira, 4.077, REAA. GOB-PA, Oriente de
Paragominas, Estado do Pará, solicitas informações abaixo:
Gostaria de merecer sua ajuda no entendimento da ritualística do Rito
Escocês Antigo e Aceito jurisdicionado ao GOB.
Fui recentemente nomeado presidente de ritualística de minha Loja.
São muitas dúvidas, se houver um manual com passo eu agradeceria
receber, vou citar algumas duvidas expostas pelos irmãos:
- Como proceder
com a entrada do pavilhão nacional? Posição para segurar a bandeira? Fica
entre colunas até acabar o hino ou segue caminhando com o hino
acontecendo? Ou entra segue ate o oriente e lá se toca o hino? Quando
chegar ao oriente, qual a posição das mãos e braços e da bandeira? A
guarda sobe no oriente? E a saída do pavilhão?
- Quando se pede a
palavra, existe o comando do venerável "podeis ficar sem esta a
ordem" ou o obreiro tem que falar a ordem não podendo desfazer ate o
final de sua fala?
- Quando é
solicitado que as colunas fiquem a ordem por ocasião de verificar se são
maçons, ficam à Ordem voltados para a Câmara do Meio ou voltados para o
Oriente?
- Temos muitas
duvidas que muitas vezes não estão em letras azuis no ritual para deixar
clara sua execução, se houver um material com informações nesse modelo
iria nos ajudar muito a compreender a ritualística de forma correta e não
correr o risco de transferir a informação de forma errada aos aprendizes.
CONSIDERAÇÕES.
- Ingresso
do Pavilhão Nacional.
a) A Bandeira é
conduzida pelo Porta-Bandeira na posição vertical à frente do corpo empunhando
o mastro com as duas mãos - à direita logo acima da esquerda. Braços e
antebraços respectivos são mantidos horizontalmente na condução.
O Porta-Bandeira ao ingressar no Templo coloca o Pavilhão sobre o seu
ombro direito inclinando o mastro para trás e mantendo as mãos na mesma forma da
empunhadura da condução. Esse procedimento se dá para que a Bandeira não se
choque com a verga da porta na passagem. Passando pela mesma, o condutor volta
a posicioná-la na vertical.
b) Ingressando, o
Porta-Bandeira, seguido pela Guarda de Honra, para próximo à porta entre
Colunas com o Pavilhão empunhado pelo mastro à frente do seu corpo na vertical.
A Guarda também com as espadas em ombro-arma (na vertical pelo lado direito do
corpo) para ao mesmo tempo na retaguarda do Pavilhão.
c) Assim que o Porta-Bandeira
esteja posicionado entre Colunas, dá-se o canto do Hino Nacional. A Comissão de
Recepção posicionada no Norte e no Sul, assim como a Guarda de Honra, permanece com as espadas em ombro-arma. Dá-se então o canto do Hino.
d) Encerrado o canto
do Hino Nacional o Porta-Bandeira acompanhado da Guarda de Honra se desloca
para o Oriente passando todos pela Coluna do Norte. À passagem da Bandeira a Comissão de Recepção abate espadas.
e) O Porta-Bandeira
ingressa no Oriente enquanto que a Guarda de Honra para no Ocidente próximo à
entrada do Oriente se mantendo com as espadas em ombro-arma.
f) O condutor do
Pavilhão então coloca o mesmo no lugar devido e se posiciona no seu lugar
enquanto que o Venerável Mestre ordena ao Mestre de Cerimônias que desfaça a
Guarda de Honra e a Comissão de Recepção.
g) Sugere-se também
consultar o Decreto nº 1476 do GOB, datado de 17/05/2016 em vigência e que
dispõe sobre o Cerimonial para a Bandeira Nacional, inclusive a sua retirada do
Templo.
- Em
Loja aberta no REAA\ todo o obreiro que fizer o
uso da palavra e estiver em pé, se posiciona à Ordem. Antes de usar a
mesma propriamente dita, ele protocolarmente se dirige genericamente (sem
a necessidade de individualizar nomes) às Luzes da Loja (Venerável Mestre,
Primeiro e Segundo Vigilantes), autoridades presentes e demais Irmãos –
isso não é saudação.
Feita a menção protocolar, em casos esporádicos, o Venerável Mestre pode
autorizar o usuário da palavra a falar a vontade, isto é, desfazendo o Sinal.
Num caso desses, que não deve ser usualmente utilizado, o obreiro desfaz o
Sinal e respeitosamente se posta para usar a palavra. Terminando a sua fala ele
volta imediatamente a compor o Sinal e, antes de tomar assento, desfaz o mesmo
na forma de costume.
É de péssima geometria o que fazem alguns Veneráveis ao dispensar
corriqueiramente a composição do Sinal. Essa é uma atitude permitida, porém
somente em casos que realmente mereçam esse procedimento. É ilegal também o
obreiro pedir para falar à vontade.
É oportuno
mencionar que o obreiro estando à Ordem fala objetivamente devido ao
desconforto de se posicionar com o Sinal composto. Com essa atitude evitam-se
pronunciamentos extensos e providos de rançoso lirismo que mais servem para
esgotar a paciência dos demais. Obreiro à Ordem fala pouco e somente o
necessário, poupando inclusive o Secretário de ficar anotando verborragias que
serão repetidas quando da leitura da ata.
- Nem
uma coisa e nem outra. Os obreiros ficam sim à Ordem tendo como referencia
o assento à sua retaguarda. Conforme estiver disposta a sua cadeira o
Obreiro simplesmente dela se levanta. Nesse caso não existem outras
recomendações. Em síntese cada Irmão fica em pé conforme o seu lugar em
Loja. Não existem movimentos de se voltar para esse ou para aquele lado.
A propósito, o
centro da sala da Loja (Templo) não é a Câmara do Meio. A Câmara do Meio é toda
a Loja de Mestre e não um lugar específico do Templo. Assim, ficaria mais
apropriado o termo “voltados para o eixo do Templo”.
- Na
realidade um bom ritual, em nome do sigilo, não traz explicativos
detalhados. Isso na mão de um não iniciado daria oportunidade para ele
conhecer por completo uma Sessão Maçônica.
O que me parece que está faltando é instrução por parte de ritualistas
que verdadeiramente entendam da liturgia maçônica.
A maioria das questões é elementar e é inadmissível que muitos Mestres
não as conheçam. De qualquer modo, espera-se futuramente do GOB um Manual de
Dinâmica que possa pelo menos homogeneizar as práticas ritualísticas. Por
enquanto no GOB, todos os manuais encontram-se suspensos conforme os Decretos de
2009 do Grão-Mestre Geral que instituem os rituais. Aguardam-se providências
nesse sentido.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAR/2018.
Bom dia amado Ir.'. Pedro
ResponderExcluirSeguidor que sou de seus posts(ensinamentos) venho mui respeitosamente contradizer o irmão.
Sendo: " c) Assim que o Porta-Bandeira esteja posicionado entre Colunas, dá-se o canto do Hino Nacional. A Comissão de Recepção posicionada no Norte e no Sul abate espadas. A Guarda de Honra permanece com as espadas em ombro-arma. Dá-se então o canto do Hino."
Onde diz que a comissão de Recepção posicionada no Norte e no Sul abate espadas, entendeu-se que é durante o Hino Nacional.
Se eu entendi errado, me perdoe. Mas já me surgiu essa dúvida em dezembro de 2016 e o Amado Irmão me instruiu que a comissão só abate espadas ao passar do Pavilhão Nacional...
Desde já estorno meus sinceros agradecimentos as instruções passadas pelo irmão
T.'.F.'.A.'.
Obrigado Irmão. Passei batido. Já fiz a correção e o acréscimo necessário.
ResponderExcluirtfa iR Juk, nas lições se fala em abater a espada, informa que ela se inicia em "ombro armas" e depois fica com ponta ao solo em angulo.
ResponderExcluirTendo em vista o termo abater espada, que usado nas forças militares, que diz o seguinte: saindo da posição de ombro armas, a espada é elevada ao teto, passando pelo olhos do portador e após abatida fazendo-se semi circulo no ar até parar em 45 graos, com o braço do portador estendido. No "mundo militar" e nas regras de cavalaria, esse movimento tem três saudações, a saber: saúdo minha honra, meu D`us e minha pátria, que se assemelha, muito, SMJ aos nossos ditames, desta feita; como não há melhor descrição de como deve ser este movimento, desde o ombro arma até a parada em 45 graus, questiono: "há algum problema se assim agir, com estes três movimentos?" grato Carlos A Sousa Itaqua 3534
Outra questão, o decreto disciplinando a entrada do Pavilhão Nacional é taxativo na composição de 13 mestres e acaso não haja, poderá ser feito com número inferior, seguindo a regra de números impares ou não?
ResponderExcluirCaso sejas Irmão do GOB, consulte o que menciona o Decreto que regulamenta o ingresso e retirada do Pavilhão Nacional. T.F.A.
ExcluirQual o fundamento para a fixação do.número de 13 espadas ?
ResponderExcluirPor favor, envie sua questão para o e-mail jukirm@hotmail.com
ExcluirDeve mencionar o seu nome, Loja, rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação. T.F.A.