sexta-feira, 22 de agosto de 2025

POSICIONAMENTO DOS PÉS EM ESQ.'.

Em 20.02.2025 o Respeitável Irmão Marco Aurélio Schmidt, Loja Alferes Tiradentes, 2101, REAA, GOB MINAS, Oriente de São João Del Rei, Estado de Minas Gerais, pede explicações para o que segue:

 

POSICIONAMENTO DOS PÉS

 

Imagino que o Irmão tenha passado por um certo volume de indagações e a que eu farei, de certo, outros irmãos talvez também já tenham feito. A intenção de minha pergunta é a título de conhecimento, aprendizado e evolução, nada de contrariedade e indignação. Gostaria de saber a fundamentação da posição dos pés durante o sinal de Ordem no grau 1. Até então todos os autores e na nossa instrução mantínhamos formando 90° sendo o pé esquerdo da marcha para frente e o direito encostado atrás. Agora me deparei com uma nova situação… você poderia por gentileza me embasar nesta atual mudança?

 

CONSIDERAÇÕES

 

               Inicialmente é oportuno lembrar que o 1º Ritual para o simbolismo do REAA na França (1804), por circunstâncias históricas e políticas seguiu boa parte das condutas ritualísticas da Grande Loja dos Antigos de 1751, das quais, por exemplo, a da posição dos pés em esq, já que os Antigos não tinham o hábito de apontar literalmente um dos pés para a frente ao darem o passo ritualístico para comunicar os segredos do Grau.

Outro aspecto a ser considerado é o de que primitivamente a Marcha dos ritos latinos ainda não estava dividida por graus como acontece atualmente. Para se aproximar do Oriente, davam-se simplesmente oito passos "normais".

Nessa conjuntura, o hábito de se apontar um dos pés para a frente ao se aproximar ritualisticamente do Oriente pela Marcha do Grau é costume de outros ritos, mas que também acabariam influenciando, indevidamente, o REAA.

Autores autênticos como Jules Boucher, Renné R. Charlier, Theobaldo Varolli Filho, dentre outros, descrevem diagramas dos passos da Marcha seguindo a referência oblíqua do Pavimento Mosaico, natural no REAA.

Lembra-se também que se primitivamente os pés davam passos normais, então nenhum deles estaria apontado para a frente, senão com o ângulo interno da esquadria formada pelos pés aberta para a frente, ou seja, os pés arranjados tal como o Esq que fica junto ao Comp sobre o L da L aberto em cima do Alt dos JJur.

Na verdade, por falta de observação e comodismo, ao longo dos tempos fomos nos acostumando a copiar procedimentos de outros ritos. Desse modo, quando aparece uma orientação que corrige um equívoco, muitos de nós se mostram contrariados – é a boca que se entortou pelo hábito do cachimbo.

No REAA, o avançar dos passos durante a Marcha dos graus de Aprendiz e Companheiro não deve ser feito se andando de lado, com ombro esq voltado para a frente. Anda-se sim de frente, com o peito voltado para o Oriente, sem arrastar os pés no chão. A cada passo, com os pp uun pelos cc, forma-se uma esq aberta para a frente.

O Pavimento Mosaico com as suas juntas diagonais (oblíquas) que unem os quadrados brancos e pretos, também servem para ordenar os passos do grau e orientar como devem ficar, aproximadamente, os pés apontados.

Ao finalizar vale ressaltar que a posição dos pés em esqnão é uma questão de precisão milimétrica, porém de uma modelagem aproximada. Afinal, praticamos uma Maçonaria simbólica que se expressa, veladamente, por símbolo e alegorias.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK -SGOR/GOB

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AGO/2025

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

POSIÇÃO DOS PÉS NA MARCHA

Em 20.02.2025 o Respeitável Irmão Andrei Pinho, Loja Probidade, 4473, REAA, GOB-RS, Oriente de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

 

POSIÇÃO DOS PÉS.

 

Busco orientações sobre a marcha de Comp Maç, mais especificamente sobre o posicionamento dos pp?

A dúvida que me assola é se no final os pés ficam alinhados ou em formato de esq?

 

 

CONSIDERAÇÕES

 

              De pronto, vale ressaltar que a Marcha do Comp Maç do REAA inicia-se pelos t pp de Apr, seguidos dos dois pp oobl do Comp. À vista disso, a Marcha do Segundo Grau totaliza c pp.

Como menciona o Ritual, a cada passo os pp uun pelos cc formam uma esq com o ângulo interno aberto para a frente. A referência para a posição dos pp em esq uun pelos cc é a disposição obl do Pav Mosaico, ou a do Esq que fica sobre o L da L.

No que diz respeito ao Sin de Ord, durante a Marcha os t primeiros pp ocorrem com o Sin de Apr, e os d últimos com o Sin de Comp. Concluída a Marcha, faz-se a saudação às Luzes da Loja.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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AGO/2025 

 

NÚMERO MÍNIMO DE MESTRES PARA ABRIR A LOJA

Em 20/02/2025 o Respeitável Irmão Sílvio Scofield, Loja Deus, Luz e Caridade, 0970, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Caravelas, Estado da Bahia pede esclarecimentos para o seguinte:

 

NÚMERO DE MESTRES

 

O Ritual de Aprendiz, na página 29 (1.5 Dos Títulos, Joias e Trajes), diz que:

"[...] as Dignidades, acrescidas do Tesoureiro e do Chanceler, constituem-se na administração eleita para dirigir a Loja (3,5 e 7)”; e no 4.4 Comportamento Ritualístico - Com 7 Mestres – “Uma Loja do REAA com a presença mínima de apenas 7 mestres se constitui da seguinte forma: Ven Mestre, 1 e 2 VVig, Orad, Secret Cobr Int e o M de CCer.

Sendo assim, a Loja pode ser aberta sem que a administração da Loja esteja completa e as mesas dos Tesoureiro e Chanceler ficam vazias, sem os respectivos cargos ocupados, entendi certo?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Veja, uma das questões é puramente administrativa, onde existem sete cargos eletivos na Loja, dos quais três a governam, cinco a compõem e 7 a completam (tornam-na perfeita). Esta é a formação da administração eleita para dirigir a Loja.

Por outro lado, existe também a importante questão iniciática onde, no caso do REAA, é preciso que estejam no mínimo sete Mestres Maçons para abrir a Loja, dos quais as três Luzes (os portadores dos Malhetes), um Orador (fiscal da Lei), um Secretário (que registrar os trabalhos), um Cobridor Interno (Landmark do sigilo/proteção da Loja) e finalmente um Mestre de Cerimônias que é o imediato do Venerável Mestre para cuidar da organização (beleza) dos trabalhos.

               No caso da Loja estar composta por apenas sete Mestres Maçons distribuídos conforme descrito logo acima, a liturgia da transmissão da Palavra ficará temporariamente a cargo do Mestre de Cerimônias, fazendo a vez do 2º Diácono e do Secretário, fazendo a vez do 1º Diácono. Terminada a transmissão da Palavra, o Secretário e o Mestre de Cerimônias retornam imediatamente aos seus lugares de ofício.

Assim, atendendo ao RGF, Art. 96, XXII e o Ritual de Aprendiz do REAA vigente, página 214, item “Com 7 Mestres”, esta seria a disposição dos cargos para se abrir uma Loja no REAA com apenas sete Mestres Maçons.

Finalmente, é bom que se diga que Aprendizes e Companheiros não podem assumir cargos em Loja (RGF, Art. 229, § 1º). À vista disso, ausentes o Tesoureiro e o Chanceler e os trabalhos exigirem as suas presenças, o Orador acumulará o cargo de Tesoureiro e o Secretário o do Chanceler.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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AGO/2025

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

IRMÃO ATRASADO - PROCEDIMENTOS

Em 20/02/2025 o Respeitável Irmão Roberto Maia, Loja Porangaba, 4788, REAA, GOB CE, Oriente de Fortaleza, Estado do Ceará, pede esclarecimentos sobre o que segue:

 

IRMÃO ATRASADO

 

Por gentileza, me esclareça uma dúvida sobre o novo ritual, na página 210 - Ir Atrasado:

Não há mais a evolução da bateria na porta, conforme o grau da sessão?

Sempre bater como Aprendiz e só responder como Aprendiz?

Se for no Grau 2 ou 3, como proceder com o Irmão que não seja do Grau?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Inicialmente, vale salientar que nunca esteve escrito nos rituais esse tal aumento de bateria.

Assim, estipula-se que no caso de Irmão atrasado, não estando presente o Cobridor Externo, o atrasado, em qualquer circunstância, deverá dar apenas e tão somente a bateria universal, que é a de Aprendiz.

Nessa condição, cabe ao Cobridor Interno, ao fazer a verificação, se certificar se o retardatário pode ou não ingressar no Templo naquela oportunidade.

              Quando um retardatário bater na porta pedindo ingresso e o momento não for propício para que ele seja atendido, o Cobridor Interno deve responder com a mesma bateria (de Aprendiz), o que significa que o retardatário deve aguardar até que seja possível seu atendimento – não é recomendável que se interrompa o andamento litúrgico dos trabalhos de imediato para atender um atrasado que deveria ter chegado no horário previsto. Por exemplo, o Secretário ao fazer a leitura da Ata, ter que interrompê-la para que o retardatário seja atendido. Ora, conclui-se primeiro a leitura para só depois atender ao pedido de ingresso.

Atendido o retardatário pelo Cobridor Interno, se o mesmo for conhecido e estiver apto para entrar, o M de CCer, sem nenhuma bateria na porta o conduzirá para entre CCol dentro do Templo para que ele ingresse formalmente de acordo com o Rito.

Caso o retardatário seja um Ir desconhecido, o mesmo deverá ser submetido, no átrio, ao telhamento completo efetuado pelo 2º Exp e demais providências de praxe.

Desse modo, ao finalizar estas considerações, reitera-se: aumento de baterias de grau, batida de alarme, etc., nunca estiveram presentes nos rituais maçônicos. De tudo, o melhor mesmo é não chagar atrasado para não atrapalhar o andamento dos trabalhos, respeitando assim aqueles que exercem a virtude da pontualidade.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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AGO/2025

TRAJE DE AUTORIDADE MAÇÔNICA

 

Em 18/02/2025 o Respeitável Irmão Flávio Augusto Batistela, Loja Solidariedade e Firmeza, 3052, REAA, GOB-SP, Oriente de Dracena, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

 

TRAJE

 

Como deve ser a vestimenta de uma autoridade maçônica do GOB, pode ser utilizado os paramentos maçônicos com balandrau ou devemos usar sempre terno quando estivermos com os paramentos de autoridade?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Sob o ponto de vista dos ritos e seus respectivo rituais, uma autoridade se apresenta
trajada conforme o seu rito e vestida com as alfaias da autoridade que se encontra investida.

Os ritos que admitem o uso de balandrau, como é o caso do REAA, mas apenas nas sessões ordinárias, a autoridade pode se apresentar nas sessões ordinárias trajando balandrau e paramentada como autoridade.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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AGO/2025