quinta-feira, 18 de setembro de 2025

ESPADA FLAMÍGERA PRIVATIVA DO MESTRE INSTALADO

Em 22/03/2025 o Respeitável Irmão Édson dos Santos, Loja Regeneração Sul Bahiana, 994, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Ilhéus, Estado da Bahia, apresenta a questão seguinte:

 

ESPADA FLAMÍGERA

 

Para manusear a Espada, é necessário o Porta-Espada ser Mestre Instalado?

 

CONSIDERAÇÕES

 

               No REAA existe a regra de que a Espada Flamígera (nome dado conforme o Ritual) só pode ser manuseada (empunhada) pelo Venerável Mestre ou por um Mestre Maçom Instalado (Ex-venerável).

Se o Ir Porta-Espada, oficial encarregado de conduzir a Espada não for um Mestre Maçom Instalado, ele deve conduzi-la sobre uma almofada, ou dentro de um escrínio (estojo almofadado). Dessa forma o condutor, mesmo não sendo um Mestre Instalado, não correrá o risco de tocar na Espada.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK -SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2025

 

ESPADA FLAMÍGERA SOBRE O ALTAR

Em 22/03/2024 o Respeitável Irmão Édson dos Santos, Loja Regeneração Sul Bahiana, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Ilhéus, Estado da Bahia, apresenta a seguinte pergunta:

 

ESPADA FLAMÍGERA

 

A fim de responder a uma indagação de um Irmão a respeito da Espada Sagrada, pergunto:

Na abertura da sessão ela permanece dentro do suporte fechada ou exposta? Ela é exposta somente nas sessões magnas?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Como menciona o Ritual de Aprendiz do REAA, edição 2024 vigente, página 15, último parágrafo:

“(...) uma almofada [ou um escrínio] com a Espada Flamígera [cabo voltado para o sudeste] e o Ritual para (...)”.

Nesse sentido, o caso não é de exposição da Espada propriamente dito, mas do lugar em que ela deve ficar quando não estiver sendo empunhada pelo Ven Mestre.

              Desse modo, a Espada Flamígera, quando não estiver em uso, deverá ficar sobre o Altar do Ven Mestre descansando sobre uma almofada, ou dentro de um escrínio[i], que deverá estar aberto durante o uso da Espada. Com o cabo voltado para o sudeste porque o seu condutor titular, o Porta-Espada, também se senta à sudeste no Oriente.

O uso da almofada ou o escrínio para a Espada Flamígera é um artifício para que o Porta-Espada, ao conduzi-la com as mãos, nela não encoste. Isso ocorre porque esta Espada, segundo a liturgia maçônica do REAA, só pode ser empunhada por um Mestre Maçom
Instalado.

Desta forma, ao conduzir a Espada Flamígera pela almofada, ou pelo escrínio, o Porta Espada necessariamente não precisa ser um Mestre Maçom Instalado, já que usando este artifício, ele não encosta na Espada.

À vista de tudo isso, a questão não é a de expor (exibir, mostrar) a Espada Flamígera, mas de particularidade da sua condução – conduzir sobre a almofada; conduzir dentro do escrínio.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2025

 



[i] Escrínio: estojo, geralmente estofado, onde se guardam joias e utensílios; na Maçonaria é onde a Espada Flamígera fica acondicionada.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

HIERARQUIA ENTRE AS LUZES DA LOJA

Em 21/03/2025 o Respeitável Irmão Wilmar Gomes dos Reis, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GODF/GOB, Oriente de Gama, Distrito Federal, apresenta a seguinte questão

 

HIERARQUIA

 

Quando da abertura de uma sessão ordinária do REAA, no acendimento das velas o Mestre de Cerimônias acendeu no V M no 2º Vig e no 1º Vig. Quando questionei porque ele fez daquela forma, QUANDO A SEQUÊNCIA CORRETA ERA V M 1º Vig e 2º Vig, me disse que no novo Ritual estava escrito que "Não há no REAA cerimonial para a acendimento das luzes litúrgicas".

Tentei convencê-lo, de que o escrito no Ritual não tratava especificamente daquela situação, no entanto, não consegui. 

Diante da situação preciso que o Eminente Irmão me forneça uma literatura a respeito do assunto para dirimir as dúvidas.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Antes é preciso dizer para esse Irmão que ele pare de inventar e não confunda “ordem hierárquica” com “inexistência” de cerimônia especial para o acender e apagar das luzes litúrgicas.

O Ritual de Aprendiz do REAA (2024) vigente, página 54, é bem claro na explicação “(...) obedecendo a ordem hierárquica (...)”.

Explica-se que a ordem hierárquica entre as Luzes da Loja (dirigentes da Loja) é a seguinte: nº 1 - Venerável Mestre, nº 2 - Primeiro Vigilante e nº 3 - Segundo Vigilante. Logo, para a abertura dos trabalhos acende-se por primeiro a luz correspondente ao Venerável Mestre, por segundo a correspondente ao Primeiro Vigilante e por terceiro e último a correspondente ao Segundo Vigilante.

                No encerramento dos trabalhos, como está no ritual, apagam-se as luzes na ordem "inversa", isto é, a do Segundo Vigilante, a do Primeiro Vigilante e finalmente a do Venerável Mestre.

A inexistência de cerimonial especial para esta finalidade significa que no REAA as luzes litúrgicas são acesas e apagadas da forma mais natural possível, sem gestual especial tais como meneios com a cabeça, inclinação com o corpo, genuflexão, etc., (vide em Comportamento Ritualístico na página 211 do Ritual de Aprendiz, REAA). O mesmo serve para as sessões magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação.

Dito isto, é preciso, de uma vez por todas, compreender que no REAA as luzes litúrgicas não possuem nenhum caráter religioso ou sagrado de adoração. Em primeira análise estas luzes são as Luzes da Loja que dirigem os trabalhos com sabedoria (à luz das coisas). Em última análise elas representam o esclarecimento do Iniciado. Esotericamente concebe a caminhada iniciática do obreiro, revelando que quanto mais evoluído ele for, mais luzes se acenderão nos castiçais.

Por fim, sobre a bibliografia solicitada, entendo que não existe nada melhor do que consultar o Ritual em vigência.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025

domingo, 14 de setembro de 2025

INGRESSO NO TEMPLO

Em 21/03/2025 o Respeitável Irmão Antonio S. Silva Paiva, Loja José Ramos Torres de Melo, 2004, REAA, GOB-CE, Oriente de Iracema, Estado do Ceará, apresenta a seguinte questão:

 

PRÉSTITO

 

Antes de entrarmos no Templo de Salomão, tem a falar, "Boa noite meus irmãos, vamos nos desligar do mundo profano, para entrar no templo de Salomão”, Sessão Ordinária de Apr, Comp ou Câmara do Meio, essas palavras deixaram de ser ditas, ou simplesmente, da as Batidas do Grau?

 

CONSIDERAÇÕES

 

          Não é recomendável. Os Rituais do REAA vigentes (2024) não preveem esta, ou outra fala neste sentido. Basta que o Mestre de Cerimônias, depois de organizado o préstito, dê a bateria do Grau na porta e assim que a mesma estiver aberta, faça a chamada na ordem prevista pelo ritual.

Preleções antes da entrada não são previstas, inclusive o próprio ritual menciona que no átrio não existem preces, orações e outras atividades desse gênero. Basta que o M de CCer bata na porta e em seguida se coloque em local adequado para dirigir o ingresso dos IIr.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2025

PARAMENTOS DO VISITANTE

Em 21.03.2025 o Respeitável Irmão Alessandro Mota Bastos, Loja Estrela de Davi, 4360, REAA, GOB-SE, Oriente de Aracaju, Estado do Sergipe, apresenta a dúvida seguinte:

 

AVENTAL DO VISITANTE

 

Surgiu uma daquelas situações polêmicas. Minha Loja é a Estrela de Davi n. 4.360, do Oriente de Aracaju, no Estado de Sergipe. Por ser um Oriente pequeno, quase todos os maçons se conhecem e costumam realizar intervisitações. Desta forma, os visitantes ajudam a compor as Lojas, atuando nos cargos, o que já virou uma cultura.

Ontem, uma Loja do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) recebeu um aprendiz do Rito de York (Emulação) do Grande Oriente do Brasil. No rito deles, o Aprendiz utiliza o avental com a abeta para baixo, ou seja, equivalente ao nosso Companheiro (REAA). Essa situação causou um desconforto, pois o Mestre de Cerimônias quis que o irmão levantasse a abeta. Essa ação descaracteriza os paramentos do rito do irmão visitante.

A pergunta é: nesse caso, devemos respeitar a formatação da paramentação do Rito do visitante, ou ele precisa usar um paramento compatível com o nosso (REAA)? Sendo a resposta positiva, como fica a questão da gravata? Os ritos que possuem gravatas de outras cores vão ter que utilizar a preta quando estiverem em nossas sessões?

Saliento que o irmão mestre de cerimônias utilizou o artigo 217, que diz que o visitante tem que se adequar ao rito da Loja visitada.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Conforme o relatado na vossa questão, o M de CCer, está completamente equivocado. O Visitante de outro rito se apresenta paramentado conforme o seu rito. O visitante não deve trocar os paramentos, hauridos do rito da sua iniciação pelos de outro rito.

O que o visitante não pode é interferir no andamento litúrgico do ritual que está sendo trabalhado pela Loja que ele está visitando. Isto é, não pode alterar a ritualística inserindo práticas de outros ritos que não constam no ritual (Art. 217 – RGF), por exemplo, um Aprendiz do Rito de York, visitando uma Loja do REAA, deve ocupar lugar no topo do Norte, o mais próximo possível da parede setentrional, e não à nordeste, na primeira fileira, como ocorre no seu rito de origem.

Assim, o visitante se adequa à ritualística da Loja que ele está visitando, o que nada tem a ver com a vestimenta e alfaias que ele estiver usando.

Uma recomendação é para o uso do balandrau, cabendo ao visitante não o usar se o rito da Loja visitada não admitir este tipo de vestuário (Art. 217 – RGF).

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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jukirm@hotmail.com

 

 

LOJA COIRMÂ

Em 19/03/2025 o Respeitável Irmão Rodrigo De Felice Ferreira, Loja Colunas de Piratininga, 3780, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:

 

LOJA COIRMÃ

 

Qual é a real definição de Loja Coirmã?

 

            No contexto maçônico, Lojas "coirmãs" se enquadram na seguinte definição: Adjetivo. Diz-se de sociedades, empresas etc. pertencentes a um mesmo grupo ou que têm entre si afinidade ou comunhão de interesse.

Sob esta óptica, “coirmãs” são as Lojas que pertencem a uma mesma Obediência. Em uma conjuntura mais ampla, são as Lojas que compõem a instituição Maçonaria; são as Lojas que constituem uma Potência Maçônica.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

 

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

BATERIA MAÇÔNICA - RITMO E INTENSIDADE

Em 16.03.2025 o Respeitável Irmão José Augusto de Lima, Loja Vigilantes do Quartel, 3364, REAA, GOB MINAS, Oriente de Quartel Geral, Estado de Minas Gerais, faz a seguinte pergunta:

 

BATERIAS MAÇÔNICAS

 

Acompanhei o último ensinamento até o final, ministrado pelo nosso Ir Fuad, muito esclarecedor. 

Sei o quanto seu tempo é limitado e te agradeço pela atenção.

Gostaria de seu esclarecimento sobre harmonia, principalmente as batidas do malhete.

Obs.: Vejo muita diferença de uma Loja para outra, algumas de forma suave, outras de forma agressiva e muito forte, mas não foi falado sobre o assunto.

 

CONSIDERAÇÕES

 

           O ritmo, o andamento e a intensidade das percussões maçônicas são dados conforme a característica de cada titular.

Não há como se criar uma regra unissonante para todas as Lojas, haja visto que seria um excesso de preciosismo se colocar nos rituais golpes de malhete e outras baterias, em uma pauta (pentagrama) musical, com claves, colcheias, semicolcheias, etc.

O máximo que se pode fazer é colocar uma simples representação gráfica indicando uniformemente o número e intervalo relativo às pancadas que constituem as baterias maçônicas. Já a intensidade, compasso e altura dessas baterias são da conta de cada titular no exercício do seu ofício na Loja.

A propósito, sugere-se que esta instrução fique a cargo do Mestre de Harmonia da Loja, porém sem exceder aos parâmetros da racionalidade, longe de quaisquer cogitações ocultistas.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedrojuk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

SET/2025