quinta-feira, 27 de novembro de 2025

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS - SINAL DE ORDEM E PORTA-BANDEIRA

Em 03.06.2025 o Respeitável Irmão Francisco Tanclér, Loja Templários da Paz, 3969, REAA, GOB-SP, Oriente de Botucatu, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

 

SINAL DE ORDEM e PORTA-BANDEIRA

 

Solicito sua orientação com um grande conselheiro e entendedor de Ritualística do REAA, pergunto-lhe:

1.    O qual é correto no sinal de ordem do Comp: m e esp e os dd uun, "todos" ou o famoso "dedão" em esquadro de 90 graus?

2.    O Porta Bandeira, só pode ser Mestre Maçom? Ou Mestre instalado?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Caro Irmão, seguem apontamentos a respeito:

  • Com todos os dd uu, a p da m e fica voltada para a frente. No caso do REAA o pol e não fica aberto para formar uma esq. Um detalhe: o cotov e fica junto (colado) ao lado e do tr.
  • Como qualquer cargo em Loja, o de Porta-Bandeira tem que ser ocupado por um Mestre Maçom. Quanto à obrigatoriedade de ele ser um Mestre Instalado, não é preciso. É oportuno ressaltar que conforme menciona o RGF em seu Art. 229, § 1º, cargos em Loja são restritos aos Mestres Maçons. Desse modo, Aprendizes e Companheiros não podem ocupar cargos.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

NOV/2025

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

PORTA-BANDEIRA NA MAÇONARIA

Em 03.06.2025 o Respeitável Irmão Francisco Carlos Tancler, Loja Templários da Paz, 3969, sem mencionar o Rito, GOB-SP. Oriente de Botucatu, Estado de São Paulo, faz a pergunta seguinte:

 

PORTA-BANDEIRA

 

Uma dúvida, pelo seu vasto e respeitoso conhecimento: somente quem pode ser o PORTA BANDEIRA?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em Maçonaria, o oficial denominado Porta-Bandeira é o titular que tem por dever de ofício conduzir e guardar a Bandeira Nacional.

            Como qualquer cargo em Loja maçônica, o mesmo deve ser ocupado por um Mestre Maçom, o qual é nomeado para o exercício do cargo pelo Venerável Mestre.

O Porta-Bandeira deve ter qualidade, esmero e altivez na condução do Pavilhão, dispensando-lhe toda a dedicação merecida. A Bandeira Nacional é a maior autoridade presente em Loja, e como tal deve ser respeitada por todos, prestando-lhe as devidas formalidades expressas por Decreto expedido pelo Grão-Mestre.

O Porta-Bandeira, titular condutor, veste um colar com a joia distintiva do cargo, que é uma bandeira, a qual pode ser dourada ou prateada, conforme o rito.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

NOV/2025

RITUAL DE 2024 - DÚVIDAS - REAA

Em 02.06.2025 o Respeitável Irmão Gustavo Weinmann, Loja Acílio Cândido Ventura, 3569, REAA, GOB-SP, Oriente de Ilha Comprida, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

 

RITUAL 2024 - DÚVIDAS

 

Tenho algumas dúvidas acerca de algumas mudanças promovidas pelo ritual de 2024. Aliás, sempre tive algumas dúvidas acerca de ritualística, mas não sabia a quem perguntar e ao pesquisar na internet acabei encontrando seu blog.

Desculpe a quantidade de perguntas, mas são muitas as dúvidas (e não coloquei todas). O irmão é um exemplo a ser seguido, pois seu trabalho nos ajuda muito a entender e praticar melhor nossa ritualística!

Perguntas:

1. Transformação da Loja.

1.a1. Quando a Loja é aberta em determinado grau (1 ou 2), os trabalhos podem ser encerrados em outro grau (2 ou 3)? Pergunto isso, pois nos rituais de 2009, tanto no de Companheiro, quanto no de Mestre, mencionava-se a possibilidade de não retorno dos Aprendizes (no caso de transformação do grau 1 para o 2) e dos Companheiros (no caso de transformação do grau 2 para o 3). Essa possibilidade de não retorno ficava evidente com a expressão "ou definitivamente" (nos rituais de 2009, página 23 no de companheiro e página 43 no de mestre). Atualmente, nos rituais de 2024 foi retirada a expressão "ou definitivamente", restando apenas a expressão "até que sejam chamados de volta ao trabalho" (página 23 do ritual de companheiro e 44 do ritual de mestre). Essa alteração me parece proposital e, por isso, fico com a impressão de que não se pode encerrar os trabalhos em grau diverso daquele em que foram iniciados (a não ser no caso de exceção, através do encerramento pelo malhete do VM).

1.a2. Se é possível o encerramento da Sessão em grau diverso daquele em que foi iniciada, no caso de transformação para o grau 3, no momento de encerramento da Sessão é necessário os Mestres utilizarem o chapéu? Essa dúvida surgiu, tendo em vista que o novo ritual de Mestre prevê que nos casos de transformação, somente o "V M " utiliza o chapéu. No entanto, se for realizado o encerramento da Sessão no grau 3, a ritualística de encerramento prevê a utilização de chapéu pelos demais Mestres.

1.b. No ritual de 2009, estava explícito que a transformação do grau somente poderia ocorrer na Ordem do Dia (página 22 do ritual de Companheiro e 42 no ritual de Mestre). Porém, no ritual de 2024 não existe mais essa informação de forma explícita. Nesse sentido, é possível a transformação ocorrer em outros momentos da Sessão? Em determinados momentos ou em qualquer momento da Sessão?

2. Tronco de Beneficência.

2.a. O ritual de 2024 prevê que o V M pode dar seguimento aos trabalhos enquanto o Tesoureiro confere o tronco. Caso o Tesoureiro comunique a quantia quando a palavra estiver na coluna do norte durante a "Palavra a Bem da Ordem", o V M deve em seguida anunciar o tronco ou deve aguardar a palavra chegar no Oriente?

2.b. O ritual de 2024 prevê que o óbolo deve ser em espécie, não admitindo outra forma de doação. Nesse sentido, é possível um obreiro doar através de PIX? Além disso, pode um obreiro doar por PIX antes/após a Sessão?

2.c. O óbolo pode ser obrigatório (caso a Loja vote e decida nesse sentido)?

3. ATA.

3.a. O ritual de 2024 prevê que as emendas aprovadas devem ser consignadas na ATA que acabou de ser aprovada. Nesse sentido, como devemos fazer essa consignação? Em nossa Loja utilizamos computadores para redigir a ATA e a levamos impressa nas Sessões. Como devemos proceder essa consignação? Fazendo anotações a mão após a assinatura do V M, Orador e Secretário?

3.b. Quando ocorre transformação da Loja do grau 1 para o 3, é necessário fazer uma ATA específica do grau 2 (em que somente ocorreu a transformação para o grau 3) ou podemos simplesmente colocar essa informação na ATA do grau 1 ou 3?

4. Espada e Sinal de Ordem.

4.a. Experto e Cobridor Interno devem fazer Sinal de Ordem com a espada ombro-arma ou deixa a espada embainhada (ou no suporte) e faz o sinal normalmente? Pergunto em relação aos momentos que não estão previstos o uso da espada no ritual como, por exemplo, no início dos trabalhos quando o 1º Vig está verificando se todos são Maçons. A orientação em Loja tem sido de que o Cobridor deve sempre portar a espada em sua mão quando estiver em pé.

5. Saída do Templo.

5.a. Assim que a Sessão é encerrada, o M CCer dirige a saída dos IIr. O ritual de 2024 diz que a saída deve ser feita em ordem inversa à da entrada e a circulação fica dispensada. Nesse sentido, a saída ocorre da mesma forma que a entrada? Ou seja, os obreiros deixam o Templo em fila dupla saindo na sequência inversa a da entrada?

6. Pedido de Filiação.

6.a. Um Obreiro solicita a filiação dele e apresenta o certificado de sua regularidade em sua Loja, ocorre a votação dentro da nova Loja (a qual ele está pedindo a filiação), a filiação é aprovada, mas antes de ocorrer a cerimônia de filiação o Obreiro solicita seu quite placet em sua Loja. Pergunta: É necessário aguardar a expedição do quite placet e fazer a filiação com base no quite ou pode dar continuidade e fazer a filiação através do certificado de regularidade? Caso seja necessário fazer o processo de filiação através do quite, é necessário realizar outra votação a respeito da filiação (tendo em vista que a primeira votação foi feita com base em um documento que "não existe mais")?

 

RESPOSTAS

 

Seguem os apontamentos.

1.a1 - O encerramento dos trabalhos, não importando se houve ou não transformação, ocorrerá sempre no grau em que a Loja foi inicialmente aberta.

1.a2 - Salvo o Venerável Mestre, se a Loja for transformada de 2 para 3, é dispensável o uso chapéu, a despeito de que é temporário e a Loja deve retornar ao grau inicial de abertura, e assim será encerrada.

1.b - A Loja pode ser transformada no Tempo de Estudos para ministrar instrução ou apresentação de Peça de Arquitetura, por exemplo.

2.a. - Ao receber a comunicação do Tesoureiro, o Venerável Mestre deve aguardar o momento em que ele mesmo fará seus comentários finais, quanto então comunicará à Loja o resultado auferido - fica mais lógico.

2.b. – O ritual menciona a não utilização de PIX na coleta do Tronco, todavia, por força do Decreto 2.221 de 10/11/2025 do Grão-Mestre Geral, este procedimento foi alterado, podendo, as Lojas que assim desejarem, usar a plataforma TRONCODIGITAL.COM.BR em complemento à coleta ritualística normal do Tronco de Beneficência. O giro ritualístico previsto no ritual continua exatamente o mesmo. Aqueles que se utilizarem do PIX deverão introduzir, na forma de costume, a m d dentro da bolsa. Irremediavelmente o Tronco será conferido na mesma sessão. Para melhores esclarecimentos, consultar o Decreto 2.221/2025.

2.c. - É absolutamente ilegal obrigar qualquer Irmão fazer doação no Tronco. A regra básica da solidariedade maçônica prevê que ninguém pode saber quem doou, o quanto doou, ou se nada pode doar. Esta é a razão pela qual se coloca a mão fechada no recipiente oferecido. É ilegal votar qualquer proposta que obrigue Irmãos a fazerem doação através do Tronco, muito menos estipular quantia mínima. Essa é uma questão de consciência de cada um. Ninguém pode intervir.

3.a. - As emendas, se houverem, devem ser consignadas, aprovadas e assinadas na sessão. No tocante às atas digitalizadas e emendas consignadas, cabe ao Secretário resolver já que este é um dos seus deveres de ofício. Não há como estabelecer regras e modelos para esse tipo de situação.

3.b. - É recomendável que sim, porém com um texto sucinto. Se possível aprovar na sessão antes de retornar ao grau anterior.

4.a. O titular que usa espada somente deve empunhá-la por dever de ofício. Assim, estando a espada embainhada no dispositivo da faixa ou presa ao aparelho fixado atrás do espaldar da cadeira, o titular fica à Ordem normalmente (compõe o Sin. com a mão). É errada a determinação de que o titular deva sempre ter a espada empunhada quando estiver em pé. Há situações em que o titular não precisa trazê-la empunhada. É o caso da verificação pelo 1º Vigilante, oportunidade em que o Cobridor, sem se utilizar da espada, fica naturalmente à Ordem, como os demais.

5.a. - Não precisa fazer fila dupla em formação de préstito. Basta que todos se retirem ordeiramente na ordem inversa, começando pelo Venerável Mestre. A Loja já está fechada e não carece desses excessos de preciosismo.

6 - Esse não é assunto da Orientação Ritualística. Sugiro que a informação seja solicitada à Guarda dos Selos do seu Oriente Estadual.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

NOV/2025

 

terça-feira, 25 de novembro de 2025

ORDEM DO GIRO NA COLETA

Em 30/05/2025 o Respeitável Irmão Jonas Lino Quintela, Loja Segredo, Força e Aliança, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Feira de Santana, Estado da Bahia, faz a pergunta seguinte:

 

ORDEM DO GIRO

 

 Foi levantada uma dúvida ritualística e fiquei a cargo de buscar melhor esclarecimento.

No circular do saco de proposta e tronco de beneficência, tem-se um costume em todas as Lojas de fazer a coleta do Venerável e de quem estiver sentado ao lado dele no altar de Salomão, a dúvida que surgiu é se este método está correto ou se deve fazer a coleta apenas do Venerável da Loja nesse momento inicial do ato.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Justamente o que não deve ser feito é a coleta dos ocupantes das cadeiras de honra junto à do Venerável Mestre. O Ritual em vigência (2024) do REAA no GOB é bem claro quando menciona a ordem de abordagem nas coletas com as bolsas.

             Obrigatoriamente o titular (M de CCer ou Hosp) faz a abordagem na seguinte ordem: Venerável Mestre e IIr 1º e 2º VVig; Orad, Secr e Cobr Interno; depois os ocupantes das duas cadeiras de honra, inclusive do Grão-Mestre se ele estiver presente; em seguida os demais que ocupam lugar no Oriente e, na sequência, os Mestres das CCol do Sul e do Norte, Companheiros e Aprendizes; por último, ajudado pelo Cobr Interno, o próprio titular deposita sua proposta ou óbolo.

Nunca junto com Venerável Mestre, em se tratando de REAA a abordagem nas duas cadeiras de honra dar-se-á sempre logo depois de ter sido feita a do Cobr Interno.

Esta é a ordem que consta nos rituais vigentes, e assim deve ser imperiosamente seguida, independentemente de costumes da região. Em primeiro lugar cumpre-se o que estiver previsto no ritual.

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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NOV/2025

 

VOTAÇÃO EM LOJA - NOMINAL E SECRETA

 

Em 29.05.2025 o Respeitável Irmão D’Ângelo Damasceno, Loja Rei Salomão, 2293, sem mencionar o Rito e Oriente, GOB-AM, Estado do Amazonas, apresenta a seguinte questão:

 

VOTAÇÃO EM LOJA

 

Está tendo uma divergência sobre o comportamento de IIr Visitantes e IIr do quadro em votações.

Está sendo instruído que em todas as votações os IIr que desejarem se abster, devem ficar de pé e à ordem.

Eu entendi que esse comportamento é obrigatório apenas na Leitura da Ata e se resultar em emendas. Em outras votações é facultativo se abster, uma vez que na página 206 dita sobre o item "Gesto de Aprovação" que diz no finalzinho "Quem quiser se abster de votar deve ficar à Ordem".

Está sendo instruído que em todas as votações os IIr visitantes devem ficar à ordem, da mesma forma os do quadro que desejam se abster.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Nas votações nominais existem três possibilidades, a de aprovação (pelo gesto de costume), o de voto contrário (permanece sentado, como está), e o de se abster (no caso do REAA, fica-se à Ordem).

           No caso de abstenção, existem ritos que têm um gesto próprio para essa finalidade, como o Rito Adonhiramita, por exemplo.

Ainda sobre votações nominais, o mais apropriado é que IIr visitantes não participem das votações, pois é mais elegante e educado visitantes não se intrometerem nos assuntos da Loja visitada. À vista disso, recomenda-se que nas votações nominais, não apenas na aprovação da Ata, IIr visitantes somente se abstenham.

É bom que se diga que votação nominal é aquela em que o votante, pelo gesto que faz, aprova, não aprova, ou se abstém. Em uma votação nominal, todos os presentes identificam o voto de cada um.

Nas votações nominais o Venerável Mestre não vota, salvo se houver empate, quando então ele terá o voto de qualidade para desempate - conhecido também como voto de minerva.

Já nos escrutínios secretos, onde a votação é secreta, não existe abstenção. Vota-se simplesmente sim ou não. No caso das votações secretas dela apenas participam os IIr regulares do Quadro, inclusive o Venerável Mestre.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

NOV/2025