segunda-feira, 30 de outubro de 2023

O SINAL E O OBJETO DE TRABALHO

Em 02.05.2023 o Respeitável Irmão Luciano Marques Bersot, Loja Confraternidade Macabuense, 0920, REAA, GOB-RJ, Oriente de Conceição de Macabu, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

 

SINAL PORTANDO UM OBJETO

 

No objetivo de implementar as orientações, surgiu uma dúvida, se possível gostaria que o amado irmão esclarecesse a orientação 90 - Ingresso do Apr. candidato, especificamente quanto a posição à ord. entre CCol.

A dúvida é se o candidato se coloca à ord.'. portando ferramentas. Pois ele ingressa portando a régua. Bem como ao final de cada viagem.

 

CONSIDERAÇÕES

 

                    Nessa ocasião, quando do ingresso do Aprendiz candidato à elevação, o mesmo compõe normalmente o Sin de Ord. Isso ocorre porque o Sinal no 1º Grau é feito em se utilizando apenas a m dir, enquanto que o objeto de trabalho nessa oportunidade é conduzido pela m esq do candidato.

A questão é a de que não se faz o sin "com" (preposição) o objeto de trabalho, ou seja, usar um objeto de trabalho para com ele fazer o Sinal.

Assim, como no caso o Sin de Apr é feito naturalmente com a mão direita, nada impede que candidato, estando com a mão esquerda ocupada e a dir livre, faça o Sin com a m dir.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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OUT/2023

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

TÍTULO DE DISTINÇÃO DA LOJA E CONCLUSÕES DO ORADOR ANTES DAS VOTAÇÕES

 
Em 01.06.2023 o Respeitável Irmão Vigilantes do Araxá, 2479, REAA, GOB-MINAS, Oriente de Araxá, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:
 
 
Nossa Loja tem o título de “Benfeitora da Ordem”. O correto é escrever e dizer “ARLS e Benfeitora da Ordem Vigilantes do Araxá, 2479” ou “ARLS Vigilantes do Araxá, 2479 e Benfeitora da Ordem”?
Hoje, a Loja usa a opção ARLS Vigilantes do Araxá, 2479 e Benfeitora da Ordem”, entretanto na minha visão, de maneira equivocada, pois título deve ser antes do nome, e não após.
“Ordem do dia”. Quando o Venerável Mestre deve pedir as conclusões do Orador, após cada assunto apresentado ou após toda ordem do dia?
Hoje, em nossa Loja, a cada tema apresentado, o Venerável Mestre pede as conclusões do Orador e uma após “toda ordem do dia”, ou seja, se tivermos 05 temas, teremos 06 conclusões. E em todas as Lojas que visito, as conclusões ocorrem somente após toda apresentação dos temas, ou seja, “conclusões sobre toda ordem, e não por tema.”
Espero ter conseguido transmitir a informação necessária para que as dúvidas sejam esclarecidas, mesmo sendo detalhes aparentemente simples, precisamos fazer o que é certo, como manda os nossos rituais...
 
CONSIDERAÇÕES
 
Sobre o título de Benfeitora da Ordem, ou outro desse gênero recebido, o mesmo segue sempre grafado imediatamente após o número de ordem cadastral da Loja no GOB. No caso, A R L S Vigilantes do Araxá, 2479, Benfeitora da Ordem. Também é dispensável o uso da conjunção "e" antes do título "Benfeitora da Ordem".
No tocante à Ordem do Dia, a cada assunto nela apresentado e que depois de devidamente debatido estiver pronto para ser votado, antes o Venerável Mestre deve solicitar ao Orador para que ele dê o parecer sobre se ele é ou não pela votação.
Assim, a cada assunto debatido na Ordem do Dia, antes da sua votação o Orador deve dar o parecer como Guarda da Lei. Não existe nessa ocasião (Ordem do Dia) parecer generalizado. Parecer generalizado somente ocorre conforme o previsto no ritual quando o Orador dá as conclusões finais sobre se os trabalhos realizados ocorreram JJ e PP.
 
T.F.A.
 
PEDRO JUK - SGOR/GOB
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OUT/2023
 
 

DISTINÇÃO DA LOJA E CONCLUSÕES DO ORADOR.

CIRCULAÇÃO E ABORDAGEM DA BOLSA NO REAA

Em 01/06/2023 o Respeitável Irmão Alyson Retkva, Loja Estrela Mística, 3929, REAA, GOB-SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão que segue:

 

CIRCULAÇÃO DA BOLSA NO REAA

 

Meu Irmão, gostaria de uma ajuda na medida do possível na questão ritualística.

O Mestre de Cerimônias após a circulação primária posteriormente ao coletar do Cobridor Externo tem alguma sequência a ser seguida no Oriente? No ritual não encontrei essa definição. (Exemplo - saco de propostas ou tronco).

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No GOB todas essas explicações podem ser encontradas desde 2019 no SOR – Sistema de Orientação Ritualística. Esse mecanismo, hospedado na página oficial do GOB, foi criado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral e deve ser aplicado sobre os rituais em vigência no GOB.

                   Dito isso, vale mencionar que inicialmente o titular faz a coleta abordando o Venerável Mestre, 1º e 2º Vigilantes, Orador, Secretário e o Cobridor Interno. Em seguida recolhe a dos ocupantes das duas cadeiras de honra, seguido dos demais ocupantes do Oriente. Ato contínuo, aborda os Mestres Maçons da Coluna do Sul e do Norte, Companheiros e Aprendizes. Por último, ele mesmo, auxiliado pelo Cobridor Interno, faz o seu depósito.

Observações – a abordagem inicial segue rigorosamente os seis primeiros cargos acima mencionados. Destaque-se que os ocupantes das cadeiras de honra não depositam junto com o Venerável, porém logo após ao Cobridor Interno ter sido abordado. O Cobridor Externo deposita junto com os Mestres que ocupam a Coluna do Norte.

Ao concluir, concito-o a consultar o SOR para se certificar dos procedimentos que obrigatoriamente devem ser aplicados sobre os rituais. Lembro que o SOR foi um instrumento instituído por Decreto do Soberano Grão-Mestre Geral que é o guardião dos rituais do GOB. Em 2024 teremos edição de novos rituais, cujos quais trarão no seu conteúdo todas as orientações do SOR.

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK – SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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OUT/2023

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

INGRESSO EM LOJA DA BANDEIRA E O CANTO DO HINO NACIONAL DE OUTRO PAÍS

Em 31/05/2023 um Respeitável Irmão de uma Loja praticante do REAA, GOB, Estado do Mato Grosso do Sul apresenta a dúvida seguinte:

 

BANDEIRA E HINO NACIONAL DE OUTROS PAÍSES

 

Por favor, tenho a seguinte situação.

Minha loja localiza-se em região de fronteira Brasil/Paraguai, temos irmãos do quadro que são paraguaios.

Nossa cultura local é mista, a maioria da população se identifica com os dois povos.

Recebemos em todas as sessões magnas visitantes do país vizinho.

Já era tradicional na região, a entrada das duas bandeiras, tocar os dois hinos e saudação às duas bandeiras.

Porém recentemente fomos surpreendidos com o entendimento que tal procedimento além de não constar no ritual também seria passível de punição.

Deixar de oferecer tal honraria aos visitantes poderia acarretar em um incidente diplomático maçônico grave. Resultando em esvaziamento das colunas em sessões magnas e em sessões ordinárias.

Na Lei nº. 5.700, de 1º de setembro de 1971 e suas alterações, dispõe:

 “...Art. 25. Será o Hino Nacional executado:

4º Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro...”

Ou seja, o mundo profano já deliberou e acatou que a cortesia é bem quista, nós como maçons não deveríamos prezar pela IGUALDADE e pela FRATERNIDADE tratando os visitantes com todo o respeito e formalidade que a ocasião exige? A obediência cega e
inflexível ao ritual não pode ser anemizada pelo bom senso e pela cortesia?

Entendo que o ritual deve ser seguido “ipsis-litteris” conforme o irmão retrata no seu artigo “TRONCO DD BENEFICÊNCIA POR PIX” de 22/05/2023. Porém quando o assunto é a bandeira e hinos de outros países, a Lei profana não sobrepõe o ritual? Conforme consta no ritual de Aprendiz do REAA em vigência no GOB, quando o Orador faz a leitura da Declaração de Princípios da Maçonaria Universal na página 104: ...” fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à Lei”. (grifo nosso).

Meu irmão me desculpe a argumentação acalorada, mas o assunto deve ser tratado com todas as informações possíveis, incluindo considerar a excepcionalidade da região geográfica na qual nos localizamos.

Bom dia meu Irmão.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em que pese o respeito que merecem as nações amigas, inicialmente devo salientar que nada justifica a inserção dessa cerimônia (Bandeira e Hino de outro País) nas sessões magnas e ordinárias que ocorrem em Lojas integrantes do Grande Oriente do Brasil.

O Decreto 1476/2016 do GOB que dispõe sobre cerimonial para a Bandeira não contempla nada nesse sentido. Também os rituais e o SOR, Sistema de Orientação Ritualística oficial do GOB (Decreto 1784/2019), não contemplam nada nesse sentido.

Assim, as Lojas do GOB seguem o que está previsto na legislação em vigência do GOB. Nesse sentido, o ingresso formal na Loja se refere exclusivamente à Bandeira do Brasil.

À vista disso, é esse também o entendimento da Secretaria Geral de Orientação Ritualística do GOB/PODER CENTRAL.

Reitero: para o cerimonial do Pavilhão Nacional segue-se o previsto no Decreto 1476/2016 do Soberano Grão Mestre Geral do GOB.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB.

jukirm@hotmail.com

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OUT/2023

 

RITUALÍSTICA MAÇÔNICA - FORMAÇÃO DO PÁLIO

Em 29/05/2023 o Respeitável Irmão Diomar Fundão Barcelos, sem mencionar o nome da Loja, Rito, Obediência, Cidade e Estado da Federação, formula a seguinte questão:

 

FORMAÇÃO DO PÁLIO

 

Quanto a formação do Pálio, li uma instrução que dizia para os Diáconos e o Mestre de Cerimônias aguardar o Orador saudar o Venerável para formar o Palio. Não anotei a fonte e não mais encontrei. Pergunto se procede tal instrução

 

CONSIDERAÇÕES.

 

                        Tenho deixado sempre claro que os consulentes devem informar o nome da Loja, o Rito praticado, a Obediência, etc. Sem essa informação, a maioria das vezes a resposta fica prejudicada.

Fica difícil responder uma questão quando não se sabe o Rito praticado e a Obediência, principalmente, pois no contexto da Maçonaria Brasileira e sabido que para um mesmo rito, conforme a Potência Maçônica existem rituais que se diferenciam entre si.

Caso a sua questão seja relativa ao REAA, devo revelar que nele
originalmente não existe formação de pálio, não obstante existirem de fato alguns rituais que trazem essa prática, mas certamente isso é um produto de acomodação, ou um enxerto.

Desse modo, em se tratando de algo que não é original no Rito, fica difícil ditar regras para a sua execução ritualística, pois as justificativas não têm como se sustentar pela falta de originalidade. À vista disso não há explicação convincente para a prática.

E.T. – Dos ritos mais conhecidos da Maçonaria Brasileira, o que verdadeiramente possui formação de pálio é o Rito Adonhiramita. Nele a sua formação ocorre com espadas empunhadas pelo Mestre de Cerimônias e mais dois Mestres Maçons convidados.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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OUT/2023

terça-feira, 24 de outubro de 2023

REAA - PASSOS DO MESTRE

Em 27.05.2023 o Respeitável Irmão Irandi Augusto de Araújo, Loja Desembargador Mario Cordeiro de Verçosa, 2757, REAA, GOB-AM, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, faz a pergunta seguinte:

 

PASSOS DO MESTRE

 

Por ser assunto reservado ao Grau 3, estou me utilizando de seu e-mail e não do blog. O assunto é a Marcha do Grau 3.

É que há um Irmão “achista” em nossa Loja, que se vangloria de seu conhecimento e de seu Grau 33 e esse Irmão afirma que estando a Loja aberta em C do M a marcha se resume aos t pp do Mestre. Como sempre aprendi que a marcha tem 8 pp, pergunto onde posso encontrar literatura que me apoie em minha pretensão de demonstrar que essa visão e afirmação é equivocada.

Faço essa solicitação por entender que o caro Irmão é um dos mais lúcidos ritualistas do
GOB na atualidade.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Inicialmente eu gostaria de dizer que nem todos os portadores de altos graus são detentores de inquestionável conhecimento. Eu mesmo conheço muitos deles cujo saber é questionável, sobretudo quando se trata de temas pertinentes ao simbolismo universal da Maçonaria.

Nesse contexto, o sábio Irmão deveria saber que qualquer Loja aberta no 3º Grau é uma Câm do M, seja ela Magna de Exaltação ou Ordinária de Mestre.

Assim, em qualquer circunstância os pp da M de Mestre iniciam-se pelos pp da M de Apr, respectivamente seguidos pelos pp da M do Comp∴, e finalmente os três últimos pp de Mestre.

Em nenhuma circunstância a M do Mestre ocorre separada das duas antecessoras, destacando que a M no 3º Grau é o resultado da soma de todos os pp praticados nas marchas do simbolismo.

Agora, alguém dizer que a M do Mestre em algumas ocasiões possui apenas t pp é se revelar um assaz desconhecedor das causas do simbolismo, bem como um ignorante do conteúdo do ritual do 3º Grau do REAA em vigência no GOB, especialmente o previsto na sua página 40. Além do ritual, existe também o SOR - Sistema de Orientação Ritualística criado por Decreto do Grão-Mestre Geral e hospedado na página oficial do GOB. Nesse instrumento também consta que a M do Mestre se inicia pela do Apr, seguida da do Comp e finalizada pela do 3º Grau (total de oito pp).

No que concerne à literatura, existem muitas delas que constam os pp de modo correto, delas posso recomendar o livro A Simbólica Maçônica de Jules Boucher e o Curso de Maçonaria Simbólica, Grau de Mestre, Tomo III de Theobaldo Varolli Filho. Essas duas obras são fáceis de encontrar no Brasil e trazem, inclusive, um diagrama ilustrando a M do 3º Grau.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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OUT/2023

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

CERTIFICADO DE VISITA - QUEM ASSINA?

Em 25.05.2023 o Respeitável Irmão José Francisco Rodrigues dos Santos, Loja Perfeita União II, 1735, REAA, GOB-AL, Oriente de Arapiraca, Estado de Alagoas, faz a pergunta seguinte:

 

CERTIFICADO DE VISITA

 

Por obséquio, gostaria de saber se apenas o Chanceler e o Venerável Mestre, são quem assina o certificado de visitas (intercâmbio entre Lojas).

 

CONSIDERAÇÕES.

 

           O certificado de presença, ou de visita, emitido pelas Lojas e entregue aos Irmãos visitantes, é um costume adotado por muitas Obediências Maçônicas para as suas Lojas.

destaque-se que existem Obediências que não adotam esse procedimento, portanto, o certificado não é um instrumento universalmente adotado.

Geralmente o certificado traz no seu conteúdo, além da identificação da Loja, também o seu enderenço, a data, a referência sobre os trabalhos realizados naquel
a ocasião e o nome do Irmão visitante.

No tocante às assinaturas, geralmente o assinam o Venerável Mestre (que é dirigente da Loja visitada), o Orador (que é quem saúda os visitantes) e o Chanceler (que é o encarregado de preenche-lo). Ressalte-se que em algumas Lojas assinam o certificado apenas do Venerável Mestre e do Chanceler.

O Oficial encarregado de expedir esse certificado é o Chanceler porque é dele o ofício de colher as assinaturas para os livros de presenças da Loja, o do quadro e o dos visitantes.

O Irmão visitante recebe o certificado e o entrega na sua Loja depositando-o na Bolsa de Propostas e Informações, passando a fazer parte do seu dossiê.

Cabe destacar que em alguns casos, determinadas Obediências autorizam, por diploma legal, que as suas Lojas contem pelo certificado apresentado frequência para seus obreiros. Reitero: somente em casos previstos.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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OUT/2023

SUBSTITUTOS DAS LUZES DA LOJA NO REAA

Em 21/05/2023 o Respeitável Irmão Paulo Cidomir Sanches, Loja Luz e Fraternidade Jardinense, 2082, REAA, GOB-MS, Oriente de Jardim, Estado do Mato Grosso do Sul, faz a pergunta seguinte.

 

SUBSTITUTO DO VENERÁVEL MESTRE NO REAA

 

Essa semana surgiu um episódio na nossa Loja. O Venerável Mestre estava em viagem e o 1º Vigilante não estava presente também. Logo surgiu a dúvida, quem sentaria no trono. O 2º Vigilante, o um Mestre Instalado?

Houve até uma dúvida de alguns irmãos quanto se poderia ter a sessão, haja vista a falta de duas das Luzes da Loja. Porém a sessão foi presidida pelo Ex-Venerável.

Eu estive olhando o RGF sobre o Mestre Instalado e lá diz que ele assume a função do Venerável na falta do seu substituto legal.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No REAA, conforme o Regulamento Geral da Federação em seu Artigo 120, inciso I, o substituto imediato do Venerável Mestre é o 1º Vigilante. Por sua vez, conforme o Artigo 121, inciso I do mesmo Regulamento, o substituto imediato do 1º Vigilante é o 2º Vigilante.

Observe-se nesse contexto que nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, a eventual falta do Venerável Mestre, por questões litúrgicas e não sendo o 1º Vigilante um Mestre Instalado, assume a direção dos trabalhos o ex-Venerável Mestre mais recente da Loja. Essa é uma das atribuições para o Mestre Maçom Instalado que está prevista no RGF, Art. 43, incisos I e IV.

Assim esse é o mecanismo legal para o preenchimento de eventuais faltas dos ocupantes dos cargos acima mencionados.

Nessa conjuntura vale destacar que o 2º Vigilante não é o substituto legal do Venerável Mestre. Para tal, conforme a sessão, existem o 1º Vigilante ou o ex-Venerável mais recente. De acordo com os dispositivos legais, o 2º Vigilante é sim o eventual substituto do 1º Vigilante, apenas.

Por oportuno, vale ainda lembrar que originalmente no REAA o substituto imediato do 2º Vigilante e o 2º Experto, não o 1º.

Finalmente, no tocante a ausência de duas das Luzes eleitas para dirigir a Loja, penso que o mais ponderável seria não abrir os trabalhos, no entanto não há uma regra clara para isso.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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OUT/2023

domingo, 22 de outubro de 2023

REAA - ENTREGA DAS LUVAS FEMININAS

Em 20.05.2023 o Respeitável Irmão Joséllio Carvalho, Loja Libertas Quae Sera Tamen, 1180, REAA, GOB-MG, Oriente de Ipanema, Estado de Minas Gerais, faz a pergunta seguinte:

 

LUVAS FEMININAS

 

Tenho uma dúvida, qual talvez possa ser a de outros irmãos, por isso recorro a ti. Na iniciação são entregues luvas para o novo Irmão e a Cunhada.

Os Irmãos mais antigos dizem que a luva da cunhada por ser usada por ela para identificação e pedido de socorro, como se fosse um sinal, mas nunca vi isso descrito pelo GOB ou outra Obediência.

Além do belo simbolismo da luva branca, ela tem alguma serventia prática para a esposa de um maçom?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Veja, em lugar algum no ritual do REAA em vigência no GOB está escrito que o Aprendiz recém iniciado deva entregar o par de luvas femininas especificamente à sua esposa.

Notadamente lhe é dito que ele deve entregar àquela que lhe causar maior estima. Isso quer dizer que à sua escolha ele livremente pode entrega-las à sua  esposa, sua mãe, sua madrinha, avó, filha, tia, ama de leite, etc.

Obviamente que isso não dá brecha para destiná-las a uma amante, por exemplo, pois se parte do pressuposto de que durante as sindicâncias no processo de admissão nada foi constatado de imoral que maculasse a conduta do candidato, o que fez com que ele fosse aprovado limpo e puro.

No caso do REAA, onde o Aprendiz tem a liberdade de entregar o par de luvas àquela que ele julgar segundo a sua determinação, a Maçonaria procura dar com isso uma lição de liberdade, em oposição a qualquer ato de imposição.

Assim, em se tratando do REAA, conforme o ritual, o Iniciado é quem escolhe a quem entregar o par de luvas.

Nesse sentido, é oportuno lembrar que também não existe nenhuma orientação prevendo entrega formal à pessoa escolhida. Cabe ao iniciado escolher quando e como particularmente ele fará a entrega. À vista disso, não é dado o direito de ninguém interferir no momento e na escolha.

No que diz respeito ao “sinal de socorro” com as luvas para a portadora das mesmas, afirmo peremptoriamente que no REAA essa prática não existe, portanto, nem merece comentários da minha parte, até porque não se encontra relatado nem mesmo no ritual em vigência e nem no SOR.

Por oportuno, reitero que essas considerações são atinentes ao ritual de Aprendiz do REAA em vigência no GOB, a despeito de que podem existir rituais de outros ritos que possam adotar práticas que envolvem esse tema. Assim, insisto em afirmar que não se admitem práticas de outros ritos em um outro determinado rito. Respeite-se antes de mais nada a sua estrutura doutrinária original. Trocando em miúdos, isso quer dizer que “cada macaco fica no seu galho”.

 

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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OUT/2023