sexta-feira, 31 de julho de 2020

LOJA EM PÉ - TODOS EM PÉ NO OCIDENTE


Em 07/03/2020 o Respeitável Irmão Reynaldo Passos Calaza, Loja Sylvio Claudio, 3.798, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a questão seguinte:

LOJA EM PÉ


Quando iniciei há dez anos atrás, minha Loja tinha o costume de quando o Venerável Mestre levantava do seu trono para fazer uma homenagem ou para receber uma homenagem, toda a Loja (ocidente) ficava de pé. Outra pratica que tínhamos, era de quando um Mestre Instalado atrasado entrava no templo, a Loja toda(ocidente) também ficava de pé. Hoje não praticamos mais, e um Mestre mais antigo veio me perguntar por que paramos de fazer. Fica aqui a minha solicitação deste esclarecimento, pois não encontrei nada oficial escrito sobre esta pratica, mas muitos procedimentos ritualísticos não estão escritos.

CONSIDERAÇÕES

Simples meu Irmão, essas práticas não existem. Quando foram equivocadamente praticadas, possivelmente foi porque tinham o propósito de "dourar" a pílula – pura invencionice.
Destaco que essas práticas só servem mesmo para afrontar a humildade, uma das virtudes aplicadas e ensinadas pela Sublime Instituição.
Atitudes como essas somente tendem a ir na contramão do que se aprende na Ordem. É mesmo inacreditável que alguém, não respeitando a pontualidade chegue atrasado, atrapalhe o andamento dos trabalhos e ainda assim seja recebido em pé pelos Irmãos! De fato, isso é mesmo inconcebível.
Também é fora de propósito que os Irmãos se obriguem a ficar em pé para seguir o Venerável nas ocasiões descritas na sua questão acima.
De tudo, como dito, nada disso originalmente existe na liturgia maçônica, podendo ser comparado a uma "jabuticaba", pois se só existe por aqui, ou é besteira ou é privilégio de alguns.
Concluindo e também respondendo ao "Mestre mais antigo" que arguiu a respeito do porquê dessas práticas terem sido abolidas, a resposta é simplesmente porque elas são frutos de pura imaginação de alguns outros.


T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020

quinta-feira, 30 de julho de 2020

PEDIDO EXTEMPORÂNEO DA PALAVRA - REAA


Em 06.03.2020 o Respeitável Irmão Ismael Ramos Gomes, Loja Luz e Verdade, 123, REAA, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, formula a seguinte questão:

PEDINDO A PALAVRA


Em primeiro lugar quero agradecer seu pronto atendimento em minha solicitação pelo Messenger dando-me assim a oportunidade de maiores informações sobre assuntos de ritualística o qual descrevo abaixo.
Conforme mencionado no Messenger, na data de ontem em Seção de Aprendiz ocupei a posição de 2º Experto por não estar muito bem de saúde, e assim ficar mais próximo a saída do templo. Minha função atual em Loja é Mestre de Cerimônias. Em determinado momento, senti-me um pouco pior na condição de saúde, levantei e fiquei em posição e sinal do grau, esperando a manifestação do 2º Vigilante para comunicar o Venerável Mestre que eu havia interesse de falar, como assim não ocorreu eu pedi a palavra para solicitar meu afastamento definitivo dos Trabalhos. Fiz correto em esperar para o 2º Vigilante solicitar a palavra ou minha atitude foi correta?

CONSIDERAÇÕES.

Essas não são situações corriqueiras, mas podem perfeitamente acontecer durante os trabalhos de uma Loja, sobretudo quando se trata da saúde de alguém.
Num caso desse geralmente não existe regra específica exposta nos regulamentos da Ordem, no entanto aplica-se, antes de mais nada, o bom senso numa ocasião dessas. Assim vou descrever o procedimento mais comum e objetivo que pode ser aplicado numa ocasião desta.
Em se tratando de ordem e organização de procedimentos, alguém para pedir a palavra em caráter de urgência num momento em que a mesma não está concedida à Loja, nas Colunas pede-se a palavra ao respectivo Vigilante. Para tal utiliza-se da forma de costume, isto é, ainda sentado, o obreiro, para chamar atenção, bate com a palma da sua mão direita no dorso da sua mão esquerda, levando em seguida a mão direita espalmada à frente. Por sua vez, o Vigilante da Coluna comunica diretamente ao Venerável que alguém, fora do tempo próprio, pede a palavra. Se autorizado pelo Venerável, o Vigilante então a concede. Ato seguido, o Irmão que pediu a palavra fica à Ordem e expõe o motivo que o fez extemporaneamente (que não é próprio do tempo em que se faz ou sucede) solicitar o uso da mesma. Caso esse pedido inoportuno ocorra no Oriente, cabe ao Venerável Mestre dar diretamente a autorização.
No mais, cabe mencionar que não é de boa geometria, salvo se isso constar no Regulamento da sua Obediência, que alguém para pedir a palavra, mesmo que em caráter de urgência, deva antes ficar à Ordem para chamar atenção do Vigilante ou do Venerável.
Nesse caso, a maneira consagrada no Rito para pedir a palavra é a acima descrita. Além disso, para que alguém fique em pé durante os trabalhos, salvo quando o ritual assim determinar, é preciso antes ter obtido autorização.
Ao concluir devo mencionar que antes que alguém possa se utilizar do rançoso "onde isso está estrito", respondo antecipadamente que essa é uma maneira revestida de razoabilidade e que define a capacidade de se adequar regras e costumes a determinadas realidades. Isso se chama "bom senso", portanto, não precisa estar escrito. A propósito, um exemplo de atitude de bom senso é a prudência que utilizamos normalmente antes de se atravessar uma rua. Nada disso precisa "estar escrito".


T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

RETORNO DA PALAVRA NA MESMA COLUNA


Em 06/03/2020 o Respeitável Irmão Sandro Machado, Loja Acácia de Imbituba, 3.506, REAA, GOB-SC, Oriente de Imbituba, Estado de Santa Catarina, faz a seguinte questão:

PALAVRA NA MESMA COLUNA


Pesquisei, porém não localizei nenhum dispositivo legal para responder a minha dúvida que é a seguinte: Exemplo: Palavra a bem da Ordem, estou na Coluna do Sul, peço a palavra ao irmão 2º Vigilante, ele autoriza eu falo e após me sento, a palavra continua na Coluna, lembro que deveria dar um aviso aos irmãos, posso pedir a palavra novamente? Ela pode voltar pra mim?

CONSIDERAÇÕES.

Se a palavra ainda estiver na Coluna (o Vigilante não tiver declarado que nela reina silêncio), embora não costumeiro, a ação de pedir a palavra novamente é perfeitamente fatível.
Entretanto, reitera-se que essa prática não deve ser corriqueira, mas esporádica, se de fato houver necessidade.
No caso de a palavra já estar em outra Coluna, então o Irmão que solicita o seu retorno deve aguardar a conclusão do giro da mesma. Nesse caso, assim que ela (a palavra) tenha passado pelo Oriente e nele reinar silêncio, o solicitante a pede novamente ao Vigilante da sua Coluna. Este por sua vez pede o retorno da palavra ao Venerável Mestre, cabendo a ele decidir da sua volta ou não.
Se o Venerável autorizar, a palavra volta às Colunas a partir da Coluna do Sul, não importando aonde esteja aquele que a pediu novamente. Desse modo a palavra em retorno percorre as Colunas e o Oriente.
Vale a pena mencionar que essa é a prática consagrada no Rito, portanto, a bem da organização e respeito à liturgia, não há premente necessidade que ela esteja escrita nos dispositivos legais. Afinal, organização e bom senso são elementos constantes nos trabalhos maçônicos.
Por vivermos na peripatética Maçonaria latina, com seus carimbos e convenções, onde parece que tudo tem que estar escrito, nunca é demais lembrar que o termo "bom senso" menciona o que é argumentado com sabedoria, razoabilidade e adequado as regras e costumes. A bem da verdade, no REAA o termo tem sido o modo sensato e equilibrado de se agir conforme os padrões ritualísticos onde existem regras inseparáveis dos fatos.



T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020


domingo, 26 de julho de 2020

PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO


Questão que faz em 05/03/2020 o Respeitável Irmão Paulo Mota, Loja 21 de Abril, 82, sem mencionar o Rito, Grande Oriente do Paraná (COMAB), Oriente de Curitiba, Estado do Paraná.

PROCEDIMENTOS PARA INICIAÇÃO

 
Qual a ordem cronológica correta da iniciação? Ou melhor, a ordem do procedimento para a iniciação? Ou seja, desde o aceite do profano em integrar a Ordem.
Exemplo: Mestre Maçom, percebe as características no profano e deseja indica-lo, a partir desse momento, até sua iniciação qual a ordem? Primeiro a ficha preliminar, leitura em loja, edital, escrutínio?

CONSIDERAÇÕES.

A Iniciação de um proposto segue, na Maçonaria, as regras emanadas dos regulamentos da Obediência.
A indicação de um novo membro para a Ordem é um fato que exige responsabilidade e prudência. Assim, a despeito dos dispositivos legais derivados dos regulamentos, é salutar que o padrinho, antes de abordar o futuro proposto, se certifique se o indicado possui de fato perfil para se tornar um maçom - obviamente levando-se em consideração de que quem indica, por ser um Mestre Maçom, conhece a contento os pormenores da Ordem nesse sentido.
No processo de indicação é recomendável que o futuro candidato não saiba ainda que está sendo observado. Nesse sentido, o futuro padrinho deve previamente levar ao Venerável Mestre a sua intenção. Assim o Venerável, sem mencionar o nome de quem propõe, dá conhecimento à Loja do nome ventilado e dá também o prazo para manifestações a respeito. Esgotado o tempo e não havendo nenhum impedimento, o nome do candidato é então lançado oficialmente na Loja, cujo processo passa a tramitar de acordo com o que exaram os regulamentos. Destaque-se que a prévia evita uma série de procedimentos desnecessários no caso de haver uma rejeição do candidato, inclusive a de que ele mesmo fique sabendo do acontecimento.
Em linhas gerais, o processo de iniciação se inicia a partir do momento em que alguém é pessoalmente convidado e preenche a proposta de admissão anexando a documentação exigida. Cabe salientar, entretanto, que na atualidade algumas Obediências estão disponibilizando aos interessados meios de contato àqueles que demonstram interesse em participar da Ordem – é também uma espécie de prévia, todavia oriunda do interessado a ingressar.
Aceito após a prévia, estando ele ciente, o nome do candidato, depois de passar pela comissão de admissão e graus da Loja, irá oficialmente para publicação no Boletim da Obediência e assim obedecendo aos prazos estipulados para impugnações, se for o caso. Decorrido o tempo estipulado por lei e não existindo nenhum impedimento, o Venerável Mestre então nomeia três Mestres Maçons da Loja para que efetuem as respectivas sindicâncias. Elas então concluídas e dentro dos prazos previstos, serão lidas em Loja aberta em sessão ordinária, ocasião em que, não havendo nenhum óbice, será realizado o Escrutínio Secreto. Se aprovado "limpo e puro" o candidato, o Venerável comunica à Loja quem foram os sindicantes e os nomes do padrinho e do irmão que abonou a indicação. Passo seguinte a Loja comunica à Obediência o resultado do processo e solicita o competente placet de iniciação do proposto. Expedido o mesmo, a Loja marca a data da Iniciação no limite de validade da autorização.
Por certo essa é apenas uma síntese desse processo, pois para cada fase dele existem trâmites que devem ser seguidos, destacando ainda a possibilidade de impedimentos e outros fatos naturais ao processo. Muitas Obediências já incluíram oficialmente a prévia de apresentação de candidato no processo de admissão, o que sem dúvida propicia agilidade ao andamento.
Em linhas gerais são esses os procedimentos adotados pelas Obediências, lembrando sempre que a prudência é uma das virtudes que sustentam as Colunas da Sublime Instituição. O papel do padrinho e dos sindicantes nesse processo é o verdadeiro segredo para o sucesso de uma Iniciação.



T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020

sexta-feira, 24 de julho de 2020

LUZES APAGADAS E CONDUZINDO O MALHETE



Em 04/03/2020 o Respeitável Irmão Sérgio Albuquerque Jr., Lojas Olhar Consciente, 3.843, e Basiléia, 4.109, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta as dúvidas seguintes:

LUZES APAGADAS E CONDUZINDO O MALHETE


Tenho duas questões que gostaria de sua resposta:
1. Em sessão de Mestre, é normal deixar as luzes todas apagadas para a sessão, onde está escrito?
2. Quando os vigilantes, a pedido do Respeitab Mestre, saem percorrendo as Colunas na abertura da loja para verificar se todos são Mestres, é preciso portar o malhete? Da mesma forma, não encontrei na literatura.
Há uma terceira questão, sobre Aprendizes agora, no ritualistica.gob.org.br, há que colocar o novo Aprendiz, o que acho coerente, no topo da Coluna do Norte, mas nos rituais antigos ainda não, é já para fazermos isto?

CONSIDERAÇÕES.

  1. A Loja trabalha em penumbra apenas no período que envolve a cerimônia de Exaltação. O ritual em vigência menciona quando a Loja deve assim proceder (página 100), todavia não menciona o retorno às condições normais de iluminação do recinto. Isso está sendo corrigido e irá em breve para o Sistema de Orientação Ritualística do GOB RITUALÍSTICA. Em síntese a Loja trabalha em penumbra num determinado momento que envolve a liturgia da Exaltação – a partir do ingresso do Comp e o encerramento da teatral representação da Lenda de H A. Passado esse trecho dos trabalhos, o espaço volta a ser iluminado normalmente. Esse retorno da iluminação é que não consta no ritual em vigência e está sendo corrigido. As luzes do ambiente devem voltar à normalidade assim que for encerrada a narrativa da Lenda. Observação – em nenhum momento da sessão apagam-se as luzes litúrgicas (as dos candelabros que ficam junto às Luzes da Loja). Isso também será melhor esclarecido no GOB RITUALÍSTICA.
Nas sessões ordinárias não se trabalha com a Loja em penumbra, ficando isso relegado apenas a uma parte da Sessão Magna de Exaltação, assim como na Sessão Magna de Iniciação durante o "fiat lux".
  1. Não, pois o porte desse objeto apenas irá atrapalhar durante os procedimentos de verificação. Assim, nessa oportunidade os VVig deixam sobre as suas respectivas mesas o malhete.
  2. Sim, os Aprendizes iniciam a sua jornada junto à primeira Col Zodiacal no topo da Col do Norte (parede setentrional) a partir da constelação de Áries que marca o início da primavera no hemisfério norte da Terra. Dessa forma, o recém-iniciado lá deve ser colocado e não próximo a balaustrada que é o final da jornada do Aprendiz, ou seja, lugar daquele que está prestes a ser Elevado, quando irá cruzar o eixo em direção à Col do Sul (da perp ao nív).
Concluindo, todas as orientações e adequações constantes do Sistema de Orientação Ritualística em http://ritualistica.gob.org.br , criado pelo Decreto 1784/2019, devem ser aplicadas imediatamente sobre os rituais, até que os mesmos tenham uma nova edição (prevista futuramente).


T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020

quinta-feira, 23 de julho de 2020

LOJA DE MESA - DE TERNO OU BALANDRAU?


Em 03/03/2020 o Respeitável Irmão Carlos Edilson Ferreira, Loja União e Trabalho IV, 2.254, REAA, GOB-SP, Oriente de Paulínia, Estado de São Paulo, apresenta o que segue:

LOJA DE MESA - TRAJE


No Art. 108 do RGF, consta que o Banquete Ritualístico se trata de uma Sessão Ordinária.
Sendo assim, seria permitido o uso do balandrau ao invés do terno, uma vez que o terno deve ser, obrigatoriamente, usado em Sessões Magnas (Art. 110)?
Essa dúvida surgiu, tendo em vista que em diversas publicações deste evento vimos os Irmãos usando o terno.
Na nossa Loja, até então, também usamos o terno. Porém, alguns Irmãos questionaram em função do referido artigo do RGF.

CONSIDERAÇÕES.

Obviamente que se a sessão consta no RGF como ordinária, então é perfeitamente aceitável o uso do balandrau nessa ocasião.
Infelizmente ainda existem aqueles que dão mais valor ao molho do que à carne. Antes é preciso entender que o que não pode faltar mesmo como vestuário são os paramentos maçônicos, sobretudo o Avental que é o verdadeiro e indispensável traje do maçom.
Desafortunadamente ainda existem ritos e rituais da Moderna Maçonaria que asseveram o inquestionável uso do terno preto que, diga-se de passagem, nem mesmo terno é, mas um parelho (par; roupa de homem – calças e paletó).
Fazer o a quê? Está no ritual; cumpra-se.
No caso específico do REAA, que admite nas sessões ordinárias o uso do balandrau, desde que negro e talar, então não há o que discutir. Nas Lojas de Mesa nesse rito é permitido o uso do balandrau. Isso é uma questão fechada!
Ainda, inerente ao assunto banquete, dois aspectos eu gostaria de comentar: o primeiro é que a expressão "Banquete Ritualístico" é inapropriado, pois o correto seria, por existir ritualística própria, Loja de Mesa, destacando, inclusive, nela a presença das TTr GGr LLuz EEmbl (L da L, Esq e Comp). O segundo aspecto é o de que as Lojas de Mesa
sempre foram tradicionais na Maçonaria durante os períodos solsticiais e trazem um profundo significado simbólico haurido daqueles que formavam as Guildas de Construtores nos séculos XII e XIII - nossos ancestrais.
Posteriormente, já como Ofícios-Francos (Franco-Maçonaria) as Lojas passariam a se reuniriam nas tabernas e hospedarias, mas sempre preservaram o costume de se reunir em Loja de Mesa, principalmente nas datas solsticiais para comemorar os personagens de João, o Batista e de João, o Evangelista (as Loja de São João) – vide o símbolo "o círculo e as paralelas tangenciais".
A despeito disso, muito mais importante do que se preocupar com o uso ou não do terno, é antes conhecer as origens, costumes e tradições que envolvem a Loja de Mesa na Maçonaria, por conseguinte, compreender a razão dela existir.
Concluindo, fica um último alerta, não confundir essas Lojas de Mesa com reuniões comensais (copos d'água, ágapes fraternais), comuns entre os maçons, já sem paramentos, e que se dão no salão de ágapes logo após o encerramento dos trabalhos da Loja.


T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020

segunda-feira, 20 de julho de 2020

REAA - COBRIDOR MESTRE MAÇOM INSTALADO


Em 03/03/2020 questão que faz o Respeitável Irmão Ericson Simonetto, Loja Estrela da Harmonia, REAA, GOB-SC, Oriente de Criciúma, Estado de Santa Catarina.

COBRIDOR MESTRE INSTALADO


Tenho mais uma dúvida e se possível gostaria do esclarecimento do Sr. Em nossa Loja, tínhamos por hábito escolher um Mestre Maçom para o cargo de Cobridor Interno do REAA. Depois, recebemos a informação que assim que o Venerável Mestre, deixasse o cargo assumiria o cargo de Cobridor Interno. Em outra oportunidade voltou a ser Mestre sem a necessidade de ser instalado. Como está hoje, pode me orientar por gentileza.

CONSIDERAÇÕES.

A regra não é essa no REAA. Não há necessidade de que os cargos dos Cobridores somente devam ser ocupados por ex-Veneráveis (Mestre Maçom Instalado). A obrigatoriedade é sim de que o titular seja um Mestre Maçom, aliás, como qualquer cargo exercido em Loja é privativo de um Mestre Maçom – vide o Art. 229, § 1º do Regulamento Geral da Federação.
É verdade, entretanto, que existem costumes (workings), como o anglo-saxônico por exemplo, onde em alguns casos seja comum que Mestres experientes, inclusive que já tenham sido instalados, ocupem o cargo de Tyler, ou o Guarda-Externo. Esses oficiais, diferente do costume latino, não ingressam nos trabalhos, mas permanecem na parte externa desempenhando literalmente o trabalho de guardião. Em alguns casos eles são até mesmo pagos por esse trabalho e não são necessariamente maçons do quadro da Loja, porém Irmãos regulares e experientes que exercem o ofício de guardar a Loja e afastar os cowans que eventualmente possam se aproximar.
Já a Maçonaria de vertente latina, como é o caso do REAA (nascido na França), o costume se diferencia, onde os cargos de Cobridor Interno e Externo são exercidos por Mestres Maçons membros do quadro.
Dando por concluído, reitera-se que os cargos são preenchidos por Mestres Maçons, contudo, sem a necessidade de que sejam instalados (ex-Veneráveis). Sob nenhuma hipótese Aprendizes e Companheiros assumem cargos e nem participam de comissões.


T.F.A.

PEDRO JUK


JULHO/2020