terça-feira, 29 de abril de 2025

PALAVRA SEMESTRAL - TEMA PARA INSTRUÇÃO

Em 09.09.2024 o Respeitável Irmão Mauro Garcia de Carvalho, Loja Acácia de Bambuí, 2062, REAA, GOB MINAS, Oriente de Bambuí, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

 

PALAVRA SEMESTRAL NA INSTRUÇÃO

 

Irmão: numa sabatina pra aumento de salário, sobre a primeira instrução, falou-se na Palavra Semestral. Foi perguntado qual seria a Palavra Semestral. Indago: ela pode ser dita abertamente na Loja, ou pode ser falada somente na cadeia de união do REAA?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Nada impede que seja ministrada uma instrução sobre a Palavra Semestral, seu uso, sua história, suas características de transmissão, etc.

O que não pode é se revelar abertamente a palavra vigente, ou mesmo a imediatamente anterior. Vale salientar que uma das características da Palavra Semestral é que ela só pode ser transmitida de modo especial pelo Venerável Mestre em uma Cadeia de União.

Mediante as cautelas devidas, a Palavra Semestral só pode ser pronunciada quando for inquirida pelo examinador, se for necessário.

Como penhor de regularidade, a Palavra Semestral é fornecida pelo Grão-Mestre Geral às Lojas regulares da sua Obediência. Por razões históricas, foi criada em 1777 pelo Grande Oriente da França. No GOB ela encontra-se adotada desde 1832.

Cercada das devidas cautelas, o Ven Mestre somente pode transmiti-la na forma peculiar prevista e exclusivamente aos Irmãos regulares do quadro da sua Loja. Graças a isso, a Palavra Semestral somente pode ser transmitida após o encerramento dos trabalhos, logo que os visitantes, mesmo que da mesma Obediência, já tenham se retirado.

No REAA a Cadeia de União é formada apenas e tão somente para a transmissão da Palavra Semestral.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABRIL/2025

RENÚNCIA DE DUAS DAS LUZES DA LOJA

Em 08.09.2024 o Respeitável Irmão Willer Chagas, Loja União Fraterna Anapolina, 4635, sem mencionar o rito,      GOB-GO, Oriente de Anápolis, Estado de Goiás, apresenta a dúvida seguinte:

 

RENÚNCIA

 

Antes de mais nada, gostaria de parabenizar ao Ir pela presteza, sapiência e paciência com a qual atende a todos os IIr∴.

Vamos ao caso: em uma reunião entre Mestres Instalados da nossa região surgiu uma dúvida, a qual gostaríamos que o Irmão nos esclareça. Sabemos que se faltar ou vagar o cargo de Venerável Mestre, o 1º Vig assume a venerança e o 2º Vig assume a 1ª Vig, mas se o Venerável Mestre e seu 1º Vig renunciarem aos cargos no mesmo instante, quem assume a
Loja? No caso acima exposto o mandato de ambos já faz mais de um ano.

Desde já agradeço ao Ir desejando votos de paz e saúde sempre!

 

CONSIDERAÇÕES

 

Inicialmente, nas ocasiões precárias, conforme o RGF, o 1º Vigilante é o substituto imediato do Venerável Mestre. Por sua vez, segundo o RGF, o substituto imediato do 1º Vigilante é o 2º Vigilante que, por sua vez, segundo o novo ritual do REAA (2024), será substituído pelo 2º Experto. O 2º Vigilante, segundo o RGF, não assume o lugar do Venerável Mestre.

Dito isto, vamos à sua questão: renunciado juntos o 1º Vigilante e o Venerável, precariamente assume o veneralato o Mestre Instalado mais recente da Loja; o 2º Vigilante preenche o cargo do 1º Vigilante e o 2º Experto do 2º Vigilante. Esta é uma situação emergencial. A Loja imediatamente deve entrar em contato com a Secretaria Estadual da Guarda dos Selos para buscar orientações legais a respeito.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABRIL/2025

GUARDA DE HONRA - CERIMONIAL DA BANDEIRA NACIONAL

Em 07/09/2024 o Respeitável Irmão Álvaro Mattos da Costa Filho, Loja Fé e Esperança, 426, REAA, GOB-SP, Oriente de Jaboticabal, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta:

 

INGRESSO E RETIRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

 

Prezado Irmão Pedro, quando o Mestre de Cerimônias no cumprimento das ordens do Venerável Mestre, estando entre colunas, ao fazer a chamada da Guarda de Honra, do Porta Bandeira e da Comissão de 13 Mestres para proceder a entrada ou a saída do Pavilhão Nacional, o mesmo deve estar portando o bastão ou a espada?

Desde já agradeço sua especial atenção.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Como no GOB, o Decreto que dispõe sobre o cerimonial para a Bandeira Nacional
prevê ser o Mestre de Cerimônias um dos integrantes da Guarda de Honra, obviamente que ele, ao organizar as formalidades, já o faça munido de uma espada.

Não faria sentido que nesta ocasião ele se apresentasse primeiro munido do bastão para logo em seguida, ao integrar a Guarda de Honra, o substituísse pela espada.

Vale salientar que de fato o bastão é o objeto de trabalho oficial do Mestre de Cerimônias no REAA, todavia, na ocasião do ingresso, saudação e retirada do Pavilhão Nacional, o bastão é substituído pela espada.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABRIL/2025

ENTRADA DO PRÉSTITO - BATERIA NA PORTA

 

Em 03.09.2024 o Respeitável Irmão Ricardo Paim Cândido dos Santos, Loja Templários do Piratini, 4395, REAA, GOB-RS, Oriente de Imbé, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a questão seguinte:

 

BATERIA NA PORTA

 

Questionamento - Quando a Loja não tem Cobridor Externo e o Mestre de Cerimônias dá a bateria do grau, o Guarda do Templo responde com a bateria ou uma batida só, ou apenas abre a porta, sem responder a bateria?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Por ocasião do ingresso do préstito no Templo para a abertura dos trabalhos, o
Cobridor Interno não "responde" com nenhuma bateria.

Ele simplesmente abre a porta para o ingresso do préstito. Concluída a mesma, o Cobridor Interno fecha a porta e se coloca no seu lugar.

Vale observar que o Ritual vigente (2024) orienta para que antes da entrada do préstito, o Cobridor Interno e o Mestre de Harmonia ingressem por primeiro para o devido cumprimento dos seus ofícios. À batida do M de CCer o titular abre a porta. Não há nenhuma menção sobre bateria por parte do Cobridor Interno.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABR/2025

 

CORDA E BORLAS - SIMBOLOS MAÇÔNICOS

Em 02/09/2024 o Respeitável Irmão Marcos Roberto Friede, Loja Fraternidade Acadêmica Sementes do Amanhã, 4451, REAA, GOB-SP, Oriente de Nova Odessa, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

 

CORDA E AS BORLAS

 

Boa tarde meu Irmão, gostaria se possível, que me elucida-se uma dúvida. Em um templo do REAA a corda de 81 nós que acaba em duas borlas ao lado do pórtico do templo, não deveria acabar em quatro borlas, pois no que me consente elas simbolizam as quatro virtudes cardeais.

 

CONSIDERAÇÕES

 

As Borlas, elementos simbólicos associados à corda, no REAA, rito de origem francesa, aparecem como acabamento decorativo das pontas da Corda com 81 Nós. Em linhas gerais a Corda que circunda a Loja termina em duas pontas pendentes à cada lado da porta de entrada. Esta abertura da corda simboliza a Maçonaria como parte evolução da ciência, das artes, da cultura e da humanidade.

Em alguns rituais do REAA estas duas Borlas são também mencionadas como emblemas da Justiça e da Prudência e em outros como da Temperança e da Coragem.

Ocorre, entretanto, que na Maçonaria Anglo-saxônica, a exemplo do Rito de York, não é mencionada nenhuma corda circundando a Loja, contudo há referência às borlas, as quais se colocam nos quatro cantos da Loja. Geralmente elas estão presentes nos quatro cantos do Tapete, naturalmente unidas à Orla Denteada, ou Dentada.

Em linhas gerais, no Rito de York estas quatro Borlas simbolizam a Justiça, a Prudência, a Temperança e a Coragem (virtudes Cardeais), as quais somadas às outras três virtudes, as Teologais (Fé, Esperança e Caridade) compõem a alegoria da Estrela com Sete Pontas que fica no topo de uma Escada que aparece na Tábua de Delinear Inglesa do 1º Grau.

Já o REAA, originário da França, portanto latino, mas com influências históricas hauridas da Maçonaria anglo-saxônica, acabou recebendo, em alguns dos seus painéis e rituais, também os emblemas ingleses das quatro Borlas e da Orla Denteada, o que acabou resultando em um sincretismo de símbolos extraído das duas principais vertentes maçônicas, a inglesa e a francesa

Graças a isso, é que as quatro Borlas inglesas acabariam aparecendo nos cantos de muitos Painéis franceses, como é o caso dos do REAA, que originalmente deveria ter, na sua estrutura doutrinária, apenas duas borlas - as pendentes da Corda com 81 Nós - mas que por algumas circunstâncias acabou recebendo, no seu corolário simbólico, mais quatro Borlas, enxertadas do Rito de York.

Assim, a boca se entorta conforme o hábito do cachimbo.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABRIL/2025

domingo, 27 de abril de 2025

POSIÇÃO DO MESTRE DE CERIMÔNIAS - INGRESSO DO PRÉSTITO

Em 26.08.2024 o Respeitável Irmão João Jonas da Costa Junior, Loja Estrela do Rio Formoso, 3036, REAA, GOB-MS, Oriente de Bonito, Estado do Mato Grosso do Sul, faz a seguinte pergunta:

 

POSIÇÃO DO MESTRE DE CERIMÔNIAS

 

Preciso de sua orientação, pois não encontrei respostas na literatura, e consultando IIr, as respostas não são unânimes. Na entrada do cortejo, o Mestre de Cerimônias aguarda fora do Templo, ou entra e aguarda ao norte, na entrada do templo, em frente ao Cobridor Interno, para conduzir o Venerável Mestre? Pergunto, pois estou como Mestre de Cerimônias em minha loja, e alguns dizem que devo aguardar dentro, outros dizem que é fora, e as lojas da região trabalham com as duas situações. Qual a forma correta?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Inicialmente, vale a pena mencionar que se o M de CCer tivesse que ingressar e
se colocar no Norte para dirigir a entrada do préstito, ou conduzir o Venerável Mestre, certamente este procedimento estaria escrito no ritual.

Assim, o mais comum e apropriado no REAA é que o M de CCer, depois de bater à porta e o Cobr Int abri-la, se coloque próximo, ainda no Átrio, e dali dirija o ingresso do préstito. Por último, à frente do Venerável Mestre, o M de CCer o conduz ao seu lugar no Oriente.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

ABR/2025